Segundo
o Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, o teletrabalho, não previsto na
Lei de Estágio, ganhou força e espaço durante a pandemia
O modelo de trabalho que será adotado após a pandemia entra em debate também no Dia do Estagiário, comemorado nesta quarta-feira, 18. O teletrabalho, que foi viabilizado pelo Ministério Público do Trabalho por meio de uma nota técnica em parceria com a COORDINFÂNCIA - publicada em maio de 2020, não está previsto na Lei de Estágio (nº11.788/08).
Enquanto a legislação sugere a supervisão presencial do estudante, o alongamento da pandemia e o teletrabalho provaram que é possível o desenvolvimento do estagiário mesmo à distância. Segundo pesquisa do Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio, encomendada ao IBOPE, 46% dos estagiários passaram a trabalhar remotamente. Enquanto 54% seguiram presencialmente.
Para Luiz Gustavo Coppola, superintendente Nacional de Atendimento do Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE, "é necessário aproveitar todo o potencial e desenvolvimento do programa de estágio no “novo normal” em que as relações de trabalho e estudo a distância se fortaleceram”.
Assim, a instituição
filantrópica sem fins lucrativos tem buscado disseminar conhecimento e
informação a respeito do teletrabalho e incentivo de oportunidades para inclusão
dos jovens, colaborando para o surgimento de novos modelos de trabalho.
Avaliação do estágio
De acordo com o levantamento realizado pelo CIEE, 90% dos estudantes consideram o estágio fundamental para o desenvolvimento profissional. Esse índice é ainda maior na região Norte do País, onde alcança a marca de 93%.
A pesquisa apontou que os
estagiários têm em média 25 anos, 65% são oriundos de instituição de ensino
particular, e a renda familiar está concentrada entre as faixas de dois a três
salários mínimos. Foram ouvidos mais de 6 mil estudantes.
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