Mitos e verdades sobre a vacinação da gestante
A gravidez é um
período único na vida da mulher, acompanhado por cuidados especiais com a
saúde, visando o bem-estar de ambos, gestante e bebê.1 12
Aproveitando o Dia da Gestante, comemorado neste domingo, dia 15 de agosto, o
Dr. Emersom Mesquita (CRM 5281409-1 RJ), infectologista e gerente médico de
vacinas da GSK, esclarece diversos mitos e verdades sobre a vacinação durante a
gravidez. Confira abaixo.
- Vacinas não devem
ser aplicadas durante a gestação.
MITO.
"No Brasil, ao
longo do pré-natal, são recomendadas quatro vacinas: a influenza (contra
gripe); a dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche; a dT que
imuniza contra difteria e tétano e a vacina contra hepatite B. Todas são
oferecidas gratuitamente nos postos de saúde municipais, pelo Programa Nacional
de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Algumas delas devem ser repetidas
a cada nova gestação, como a dTpa. Já a vacina de gripe deve ser tomada
anualmente durante as campanhas do Ministério da Saúde, e a hepatite B deve ser
aplicada em toda gestante que não tenha sido vacinada previamente" 2,
esclarece o Dr. Emersom.
- A vacinação da
gestante também é importante para a proteção do bebê.
VERDADE.
"Isso é verdade.
Por exemplo, a coqueluche é uma doença altamente contagiosa que pode evoluir
com formas graves especialmente entre lactentes menores, que ainda não
iniciaram a vacinação de rotina aos 2 meses de idade. Assim, a imunização
materna com dTpa, ao transferir anticorpos protetores para o bebê, ajuda a
preencher esta lacuna de proteção" 1 2 6 13,
explica o Dr. Emersom.
- As vacinas
recomendadas na gestação não são seguras para mãe nem para o bebê.
MITO.
"A imunização
materna possui um largo histórico no Brasil e no mundo, sendo reconhecida pela
OMS como uma prioridade. Além disso, as vacinas recomendadas durante a gestação
são inativadas, ou seja, são compostas por microrganismos sem capacidade de
gerar a doença. Finalmente, toda vacina, para ser licenciada e comercializada
no Brasil, passa por um rigoroso processo de avaliação realizado pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)", e mesmo após a
comercialização, esses produtos são estreitamente monitorados pelos
laboratórios produtores e pelas agências reguladoras" 2 6
14, esclarece o especialista.
- Uma das vacinas
recomendadas é a dTpa, que protege contra a coqueluche, mas a doença não é
grave.
MITO.
"A coqueluche é
uma importante causa de mortalidade infantil. A maioria dos casos e óbitos se
concentra em crianças menores de um ano de idade. É uma infecção altamente
contagiosa, também conhecida como "tosse comprida" por causa do seu
principal sintoma, a tosse seca em sequência. Quanto mais novo é o bebê, mais
grave se torna a doença. O bebê está mais vulnerável até atingir os seis meses
de idade, quando poderá completar o esquema primário de vacinação. Justamente
pela gravidade acentuada em recém-nascidos, a vacina Tríplice Bacteriana
acelular (dTpa) integra o calendário de vacinação da gestante, como a forma de
prevenção da coqueluche nos primeiros meses de vida" 2 3
4 5, explica o especialista.
- Se engravidar de
novo, é preciso se vacinar novamente contra coqueluche.
VERDADE.
"Estudos
demonstram que os anticorpos da gestante que recebe uma dose da vacina dTpa a
partir da 20ª semana de gravidez exercem importante ação protetora sobre o
bebê, até pelo menos os 3 meses de idade. Com a vacina, o corpo da gestante
começa a produzir anticorpos que serão transferidos para o bebê através da
placenta. Já numa futura gravidez, os níveis de anticorpos podem não permanecer
altos o suficiente para fornecer um nível adequado de proteção, mesmo se as
gestações forem próximas. Por isso, é importante que a mãe se vacine com a dTpa
a cada gestação" 2 6 7, esclarece Dr.
Emersom.
- Para as mulheres
que pretendem engravidar a atualização da caderneta de vacinação também é
importante.
VERDADE.
"Para quem
planeja engravidar, também é importante atualizar a caderneta vacinal. Algumas
vacinas, como as vacinas contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola e HPV, por
exemplo, não são recomendadas durante a gestação e, por isso, devem ser
administradas antes da gravidez ou no puerpério (que são os 45 dias após o
parto), mesmo que a mãe esteja amamentando." 2 6
8 9 15 16, conta o médico.
- Além da mãe, o pai
e as outras pessoas que irão conviver com o bebê também precisam estar com a
vacinação em dia.
VERDADE.
"Isso é
verdade. Sabemos que uma das principais formas de transmissão de agentes
infecciosos, como a coqueluche por exemplo, ao lactente é através dos
contatantes próximos, sejam familiares ou não familiares. Por isso, ao garantir
que todas as pessoas que irão conviver com o bebê estejam com a imunização em
dia, formamos uma rede de proteção ao lactente. A recomendação é que isso seja
feito antes do nascimento do bebê, o quanto antes, para que todos já estejam
protegidos no momento do nascimento" 3 7 9,
alerta o Dr. Emersom.
- Em tempos de
COVID-19, as medidas de prevenção devem ser redobradas para as gestantes e
recém-nascidos.
VERDADE.
"A vacinação é
uma das principais medidas de prevenção contra doenças infecciosas e é um
serviço essencial, ou seja, deve ser mantida mesmo durante pandemias. Além da
vacinação, outras medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento
social, lavagem de mãos e uso de álcool em gel devem ser seguidas, conforme a
recomendação das autoridades sanitárias. Essas medidas ajudam na prevenção de
diversas doenças como a coqueluche e a gripe, por exemplo, que são transmitidas
da mesma forma, através de gotículas contaminadas ao tossir, espirrar ou até
mesmo falar. Além disso, pela vulnerabilidade do sistema imunológico do bebê, é
recomendado não beijar o bebê no rosto e nas mãos; lavar as mãos corretamente
antes de pegar o bebê; e evitar contato com pessoas doentes" 3 10
11 17 18 19, informa o médico.
Material dirigido ao
público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
GSK
Referências
1
CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.
Vaccine Safety for Moms-To-Be. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-safety.html
. Acesso em: 22 jul. 2021.
2 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da
gestante. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/junho/09/calendario-de-vacinacao-2020_gestantes.pdf
. Acesso em: 28 jul. 2021.
3 PORTAL FAMÍLIA SBIM. Doenças. Coqueluche
(pertussis). Disponível em: https://familia.sbim.org.br/doencas/coqueluche-pertussis
. Acesso em: 22 jul. 2021.
4 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico da
coqueluche no Brasil de 2018 a 2019. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/October/13/BR-Informe-Coqueluche-2018-2019.pdf
. Acesso em: 28 jul. 2021.
5 HONG,
J. Update on pertussis and pertussis immunization. Korean Journal of
Pediatrics, 53(5): 629-633, 2010.
6 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinação
gestante: sucesso de proteção para mãe e filho. 2018. Disponível em: https://vacinasparagravidas.com.br/public/docs/guia-da-vacinacao.pdf
. Acesso em: 22 jul. 2021.
7
CENTERS FOR DESEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.
Vaccines & Pregnancy: Top 7 Things You Need to Know. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/pregnant-women/need-to-know.html
. Acesso em: 22 jul. 2021.
8
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home.
Vaccines Before Pregnancy. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-before.html
. Acesso em: 22 jul. 2021.
9 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário
de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade
Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2021/2022 (atualizado até 10/05/2021).
Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-0-100.pdf
. Acesso em: 22 jul. 2021
10
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key facts about Influenza (Flu).
Disponível em: https://www.cdc.gov/flu/keyfacts.htm
. Acesso em: 22 jul. 2021.
11
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping Cough).
Prevention. 2020. Disponível em: https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html
. Acesso em: 22 jul. 2021.
12 MINISTÉRIO DA SAÚDE. A importância do Pré-Natal.
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/importancia-do-pre-natal/.
Acesso em: 28 de jul. 2021.
13 BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário nacional
de vacinação da criança. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/junho/09/calendario-de-vacinacao-2020_crianca.pdf
. Acesso em: 28 jul. 2021.
14. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO,
2021. 206p. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/SeyrieZ-ZProgramaZVacinalZdasZMulheresZ-Z2021Z-Zweb.pdf
. Acesso em 04. ago. 2021
15 SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário
de vacinação SBIm gestante 2021/2022. Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf
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16
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines during and after
pregnancy. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pregnancy/vacc-during-after.html
. Acesso em: 28 jul. 2021.
17 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coronavírus. Como se
proteger? Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-se-proteger.
Acesso em: 28 jul. 2021
18 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coronavírus. Como é
transmitido? Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/como-e-transmitido
. Acesso em: 28 jul. 2021.
19 AMERICAN THORACIC SOCIETY. What is
pertussis (Whooping cough)?. Disponível em: https://www.thoracic.org/patients/patient-resources/resources/pertussis.pdf
. Acesso em: 04 ago. 2021.
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