Conhecida como BCG, a imunização, que pode deixar uma pequena cicatriz no braço, protege contra a tuberculose
A maioria das
pessoas tem uma marquinha, em geral no braço direito, desde a infância. Esse
“carimbo” mostra que a pessoa foi imunizada com a BCG (Bacillus
Calmette-Guérin) nos primeiros dias de vida. A aplicação serve para proteger o
ser humano da tuberculose e alguns casos de meningite. O imunizante é
encontrado na rede privada e no Sistema Único de Saúde (SUS).
“A vacina BCG serve
para defender o nosso organismo contra uma bactéria que gera a doença
infecciosa que é a tuberculose, que pode desenvolver em qualquer lugar do
organismo. O mais comum é acontecer no pulmão, mas existem formas graves de
manifestação, como a meningite tuberculosa e tuberculose miliar”, explica a pediatra da Maternidade Brasília Sandi
Sato.
A pequena
cicatriz que fica é fruto da reação inflamatória do organismo à bactéria
inativada contida na vacina, a Mycobacterium bovis. Essa bactéria é a que causa
a tuberculose. Entretanto, algumas pessoas não possuem a marca e isso não quer
dizer que não tenham sido imunizadas. Na verdade, com o avanço da tecnologia na
medicina, hoje é possível encontrar vacinas que não provocam a reação.
A pediatra ainda
destaca que a imunização com a BCG deve ser feita nos primeiros dias de vida.
Em alguns casos, a vacina pode ser aplicada até os cinco anos. Entretanto, a
recomendação deve vir de um médico especialista. De acordo com Sandi Sato, mais de 40 mil mortes no mundo são
evitadas por meio da vacinação contra a tuberculose.
Vacinação
em dia
Para a pediatra e
Diretora Médica do laboratório Cedic Cedilab Natasha Slhessarenko, é muito
importante manter uma carteira de vacinação completa para proteger contra
diversas doenças. Muitas delas estão disponíveis na rede pública de saúde, como
a própria BCG, mas é possível encontrar nos laboratórios privados várias opções
para complementar a proteção.
“Existem
vacinas que não estão disponíveis pelo SUS, como a meningocócica B, que previne
contra alguns tipos de meningite e infecções generalizadas”, conta Natasha
Slhessarenko. “Outro exemplo, é a pneumo 23, que tem indicações precisas para
proteger contra certos tipos de pneumonia em idosos ou pessoas com complicações
secundárias. Mesmo as vacinas anuais contra a gripe possuem diferenças nas
doses da rede pública e da privada: enquanto na pública ela costuma proteger
contra 3 cepas da doença, na rede privada está disponível uma versão mais
completa, que protege contra 4 cepas da gripe”, finaliza.
Maternidade Brasília
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