Dados mostram que
micro e pequenas empresas tiveram mais confiança do consumidor
Desde o primeiro semestre de 2020, o brasileiro se
viu obrigado a alterar seus hábitos por conta da pandemia do novo coronavírus.
As atividades que, até então, eram realizadas presencialmente, passaram a
acontecer no meio digital.
Além dos compradores que já tinham costume de
adquirir produtos e serviços na internet, o isolamento trouxe um novo
contingente de consumidores para a web. Levantamento da Criteo divulgado em
dezembro de 2020 mostrou que 56% dos consumidores brasileiros compraram no
e-commerce pela primeira vez na pandemia. Destes, 94% pretendem manter o hábito
de comprar nas lojas online mesmo em um período pós-pandemia.
Com tanta gente buscando alternativas de consumo de
produtos e serviços essenciais e também de outros tipos de itens, algumas
formas de alcançar o público se popularizaram. O WhatsApp, aplicativo de
conversas instantâneas, foi o destaque nesse quesito. Uma pesquisa realizada pela
empresa de análise de dados Decode mostrou que pequenas e microempresas
potencializaram o uso do WhatsApp como canal de venda ou
atendimento/relacionamento e que isso trouxe impactos positivos para os
negócios e para os consumidores. O uso do aplicativo cresceu 97% até julho de
2020, segundo análise da Decode.
O estudo levantou que o setor de roupas e
acessórios foi o que mais adotou a plataforma (41% do total). 71% dos
consumidores classificaram como positiva a relação entre cliente e marca, e
entre os principais pontos positivos destacados estão a agilidade no
atendimento (50%) e mais proximidade com as empresas (38%).
“Adotamos o atendimento por WhatsApp para agilizar
o processo de compra dos nossos clientes. Além disso, nosso canal no aplicativo
também é usado para oferecer rapidez na solução de dúvidas”, explica a CEO da
Ninadora, curadoria de roupas infantis novas e seminovas, Viviane Klimeika.
Segundo Viviane, o uso do WhatsApp permite um atendimento mais personalizado e
humanizado, o que é essencial para o nicho em que atua.
Apesar do segmento de roupas e acessórios ter sido
maioria neste “boom” do WhatsApp para micro e pequenas empresas, outros nichos
também veem vantagens. “Pelo aplicativo, conseguimos entender as necessidades
de cada cliente e potencial cliente, proporcionando uma experiência mais
assertiva e positiva”, conta a CEO da Temma, agência de Relações Públicas e
Marketing Digital, Stefani Soares.
Ainda segundo a pesquisa, a tendência para o futuro
é o surgimento de novos recursos e usabilidades na plataforma, a demanda por
meio de pagamento direto no app e ferramentas de automatização de mensagens
mais elaboradas, otimizando a experiência de compra.
Ninadora
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