Saiba tudo sobre o complexo trabalho de criação de fotos e vídeos para as lojas virtuais
O
e-commerce nunca foi tão procurado, mas junto da crescente demanda por consumo
o desafio de manter uma vitrine virtual atraente e competitiva também aumentou.
Se antes os consumidores esperavam nada menos que boas imagens, vídeos
demonstrativos e textos afiados na descrição dos produtos, hoje, os varejistas
precisam ser também muito ágeis. “Há uma inteligência de mercado necessária
para planejar, produzir e postar centenas de imagens de produtos dentro do
prazo da loja virtual e da necessidade do mercado. Cada fotografia, vídeo ou conteúdo
descritivo tem a missão de tirar as dúvidas dos compradores, como um vendedor
faria na loja física. Agora, cumprir essa tarefa atendendo ao senso de urgência
da venda online, em grande escala e de forma eficiente para o caixa da operação
é a maior dificuldade do lojista”, conta Carolina Soares, Co-Fundadora da Fotopontocom,
produtora de imagens especializada em e-commerce.
Por
trás do que vemos ao navegar pelas ofertas, há um processo complexo e cuidadoso
de produção de imagens que poucos conhecem e que você vai saber em detalhes
agora. Se o seu negócio está entrando no mundo digital, entenda como funciona
cada fase desses bastidores e a sua importância para liquidar o inventário da
loja online.
As
etapas de produção
A
jornada da imagem começa na pré-produção, quando produtora e varejista desenham
o briefing,
ou seja, o escopo e detalhamento do trabalho. Nessa hora, são definidos os
produtos a serem fotografados, os formatos que vão ser usados e os elementos
necessários para o shooting. De forma bem resumida, seria
mais ou menos assim: serão fotografadas 200 camisas, nos formatos moda (quando
a peça aparece no modelo) e still (quando o item aparece sozinho na
imagem) com fundo ambientado e entrega programada para três semanas. A partir
daí, a produtora assume a liderança. Os preparativos vão desde a contratação de
staff especializado ao aluguel de espaço, acervo e cenário, de acordo com a
necessidade.
Em
seguida, é o momento de receber as peças, o primeiro ponto crítico para a
maioria dos lojistas. Carolina Soares explica o porquê: “quando se lida com
alto volume é muito comum que as empresas se percam no processo por falta de
mecanismos de controle. Por exemplo, de 200 itens separados, apenas 170 chegam
à produtora e só 150 são fotografados. A solução que encontramos para essa dor
foi desenvolvermos um sistema em que registramos o item na chegada, rastreamos
o avanço em cada etapa e fazemos o fechamento na conclusão do projeto, sempre
usando o código de barras da peça. Esse tipo de processo aumenta a
produtividade e reduz perdas e retrabalho”.
Na
sequência do recebimento dos lotes de produtos, vem a preparação que inclui
passagem, no caso de roupas, enchimento, para bolsas e sapatos, e qualquer
montagem necessária para deixar o item pronto para o clique. No momento do shooting,
cada peça percorre os circuitos definidos no briefing, de acordo com os formatos que
serão produzidos: foto still, no modelo, 360º, vídeo, entre outros. Essa etapa
exige bastante expertise profissional para otimizar o trabalho, já que cada
produto deve ser capturado diversas vezes, considerando os ângulos e detalhes
da peça que o consumidor espera ver na loja virtual. Sem um método
sistematizado, o lojista pode ter dois problemas à frente: chegar na fase de
edição e perceber que imagens necessárias não foram feitas ou levar tempo
demais na captura, perdendo o prazo final.
No
próximo passo, a equipe de edição entra em atividade. Uma produtora que atua
com varejistas de grande porte chega a produzir mais de 50 mil imagens por mês.
Por isso, a edição é estratégica. Nessa fase, são feitos todos os ajustes
necessários para o controle de qualidade do resultado. Em seguida, a equipe de
fechamento vai gerar os formatos que o lojista precisa, salvando as imagens
finais nas dimensões certas para o e-commerce, os diferentes marketplaces ou
mesmo as redes sociais. Em alguns projetos as produtoras também se encarregam
do planejamento de conteúdo e do cadastro do produto, fechando a cadeia de uma
ponta a outra.
Carolina
Soares ressalta que imagem e texto precisam estar alinhados para a estratégia
ser bem sucedida, ou seja, gerar a conversão em vendas que o lojista espera.
Segundo a executiva, “tornar a cadeia mais fluida impacta significativamente no
orçamento da empresa. Muitas marcas têm terceirizado toda a sua produção de
foto e vídeo, para reduzir os gastos e ter escala na produção das imagens do
e-commerce. Essa troca de custo fixo por variável pode gerar uma economia de
até 30% nessa parte da operação”.
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