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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Educação: pandemia compromete mais de 1,5 bilhão de estudantes

Divulgação
No Brasil, pandemia provocou retrocesso no aprendizado de quatro anos em língua portuguesa e de três anos em matemática 

 


A pandemia de Covid-19 provocou intensos impactos em todas as esferas da sociedade. Na área educacional brasileira, a situação tem se revelado bastante delicada. Segundo dados da UNESCO, a chegada do novo coronavírus impactou mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países, o que corresponde a cerca de 91% do total no planeta.

 

Diferentemente da rápida atualização em muitas empresas, que levaram grande parte dos funcionários ao sistema home office, a grande maioria das escolas brasileiras não conta com o suporte necessário para oferecer um ensino remoto de qualidade. Isso porque, até então, as plataformas digitais das escolas eram aproveitadas pela minoria dos estudantes da Educação Básica.

 

Desta forma, não houve tempo hábil para que escolas, coordenações, professores, pais  e alunos pudessem se adaptar às tecnologias, que, embora não sejam tão novas, ainda não estão em prática em todas as regiões do país. Além disso, vale considerar que o ambiente da escola é diferente do estudo em casa, e crianças e jovens não têm a maturidade e autonomia que o ensino a distância exige, especialmente na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

 

Vale ainda destacar que a desigualdade social e a falta de acesso a tecnologias foi outro grande impeditivo, que revelou um abismo entre os alunos que podem dar continuidade ao processo de aprendizagem e outros que sequer têm dispositivo de conexão ou uma rede de internet em casa.

 

Perda de aproveitamento por estudantes brasileiros

 

Devido à pandemia, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) calculou uma perda equivalente a quatro anos – entre 2015 e 2017 – em língua portuguesa e a três anos em matemática (2017), considerando o pior dos cenários em 2020.

 

Com as aulas presenciais interrompidas por cerca de oito meses, um dos períodos mais longos quando comparado a outros países, as consequências desta crise são um cenário de retrocesso no aprendizado. Segundo o Centro de Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e a África Lusófona (Clear), vinculado à Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), os alunos brasileiros deixaram de aprender mais em matemática em comparação com língua portuguesa – fator que pode comprometer o desempenho estudantil em anos futuros. 


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