Acompanhamento por
um médico angiologista ou cirurgião vascular é a melhor forma de prevenir o
avanço das varizes dos membros inferiores
As temidas varizes são cada vez mais comuns a
partir dos 30 anos de idade. O quadro, que muitas vezes
é considerado um problema estético, deve ser acompanhado e tratado
pela especialidade de Angiologia ou de Cirurgia Vascular, para evitar complicações,
como trombose, manchas nas pernas, edema, inchaço e o surgimento de
feridas.
De acordo com o cirurgião vascular e membro do
Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia
Vascular (SBACV), Dr. Breno Caiafa, as varizes são quatro vezes mais
frequentes nas mulheres que nos homens. A predisposição genética, assim como a
obesidade, sedentarismo, histórico de trombose, traumas, uso de
anticoncepcionais e a longa permanência em pé, comum em algumas profissões,
aumentam as chances do desenvolvimento da doença.
São diversos
os métodos para tratamento das varizes. O mais tradicional
é a escleroterapia, popularmente conhecida como aplicação nos vasinhos.
O procedimento consiste na injeção de substâncias que as destroem e
as fazem sumir. Outra opção é o laser transdérmico, que veio para somar com a
terapêutica anterior. “É uma técnica que é realizada no próprio consultório e
necessita de repetições de acordo com cada caso, e pode ser necessárias algumas
sessões para realizar o tratamento”, esclarece o especialista.
A cirurgia, em alguns casos, é uma das formas de
prevenir o avanço das varizes. Para tal, é indispensável a avaliação
de um especialista. “A necessidade de um procedimento cirúrgico deve ser
indicada pelo cirurgião vascular, médico capacitado para esse tipo
de intervenção. Inicia-se com uma consulta onde, por meio do histórico
clínico e exame físico, se avalia a necessidade de realização de exames
complementares, tal como o Ecodoppler Colorido Venoso dos membros
inferiores”, explica Dr. Caiafa. Atualmente, o procedimento é minimamente
invasivo e o tempo de internação é de apenas um dia. Em casos de varizes
pequenas, o procedimento pode ser feito no ambulatório.
Por fim, para as varizes mais calibrosas,
ou seja, maiores e com comprometimento da veia safena, a ablação por cateteres
pode ser a melhor indicação. “Um pequeno tubo, cateter, é inserido dentro da
safena por meio de punção ou pequena dissecção, que pode ser destruída por
calor, laser endovenoso ou por radiofrequência”, afirma o especialista.
Independente da técnica aplicada, é importante
destacar que a retirada ou destruição da veia varicosa não traz nenhum tipo de
problema para a saúde das pernas, uma vez que ela já não funcionava
corretamente. O fluxo de sangue é automaticamente desviado para outros vasos
sanguíneos.
Após o procedimento para o tratamento das varizes,
é preciso que o paciente dê conforto às pernas. Além das medicações
prescritas pelo médico, o uso de meia elástica, repouso e elevação dos membros
podem auxiliar na recuperação. O profissional ainda poderá indicar
drenagem linfática.
A SBACV tem como missão levar informação
de qualidade sobre saúde vascular para a população. Para buscar um especialista
associado da entidade, por região, basta acessar o link.
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