Ações possibilitaram a aquisição de 254,9 milhões de doses para vacinação. Novos acordos estão em andamento
Para garantir a imunização da
população brasileira contra a Covid-19, o Ministério da Saúde iniciou
tratativas desde junho de 2020 e já disponibilizou cerca de R$ 6 bilhões para
aquisição de vacinas. Com acordos celebrados com os laboratórios
AstraZeneca-Oxford/ Fiocruz e Sinovac/ Butantan, a pasta segue agora em
tratativas com outros laboratórios.
O Brasil também avançou nas
negociações com a Pfizer e a Janssen, assim como com a Precisa / Bharat Biotech
e a União Química / Gamaleya também que dependem agora da disponibilização das
minutas de contrato, custos e calendários de entregas para análise técnica. O
pagamento e a disponibilização dos imunizantes de todos laboratórios estão
condicionados à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
- autorização para uso emergencial e temporário e registro definitivo.
Com a Fundação Butantan, o Ministério
da Saúde negociou a aquisição de 100 milhões de doses de vacina ao custo
unitário de R$ 58,20 a dose. Dessa compra, os 46 milhões iniciais deverão ser
entregues até 30 de abril. Mas, com a iniciativa da pasta em antecipar a opção
pela compra e a contratação dos 54 milhões restantes, acertou-se com a
instituição de que o prazo final do primeiro lote será antecipado. Isso
acelerará a proteção contra a pandemia de parcela significativa dos
brasileiros.
Outras 42,5 milhões de doses foram
garantidas com a adesão brasileira, em setembro, no grupo Covax Facitlity,
coordenado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para aderir a esse
consórcio de compradores de vacinas foram pagos R$ 830 milhões. Esse valor abre
caminho para que o país possa iniciar imediatamente entendimentos com o
AstraZeneca, um dos laboratórios credenciados, e receba parte da compra entre
fevereiro e julho. O custo total das doses previstas chegar até o meio do ano
será acertado durante as tratativas. Até março, já deverão ser disponibilizadas
cerca de 2,5 milhões de doses da vacina AstraZeneca-Oxford.
Financiamento
Quanto ao financiamento da produção
de vacinas contra Covid-19, o Governo Federal formalizou, por intermédio da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma Encomenda Tecnológica (Etec) para o
desenvolvimento da vacina AZD1222/ChAdOx1 no Brasil. Essa vacina foi
desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca.
Nesse processo foram investidos R$ 2 bi.
No âmbito do acordo de Etec, firmado
entre a Fiocruz e a AstraZeneca, está previsto o desenvolvimento, a entrega de
ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado, com escalonamento de 100,4
milhões de doses da vacina e a transferência total de tecnologia com o processo
de produção em escala industrial do IFA, que possibilitará a produção nacional
de mais 110 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no segundo semestre de
2021.
Para permitir a formalização da Etec,
foi editada a Medida Provisória nº 994, de 6 de agosto de 2020, convertida na
Lei nº 14.107, de 2020, que abriu crédito extraordinário em favor do Ministério
da Saúde, no valor de R$ 1.994.960.005,00, a fim de garantir as ações
necessárias à produção e disponibilização da vacina no âmbito da Etec e a
transferência de tecnologia para a Fiocruz.
A Fundação foi responsável pela
entrega de mais 2 milhões de doses da vacina Astrazeneca produzidas pelo Serum
Institute.
Foto:
Paulo Lopes
Ministério
da Saúde
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