O Reiki é uma técnica terapêutica, desenvolvida no Japão, trazida para o Ocidente na década de 1940 e que desde então vem ganhando milhares de adeptos. Aqui, no princípio, por ser algo que não se conhecia muito bem e os cursos terem valores elevados, que não eram acessíveis a população em geral, apenas os terapeutas tinham acesso a suas técnicas e princípios e podiam se tornar reikianos.
A palavra Reiki consiste em dois kanjis (ideogramas
chineses), o Rei que significa “Alma do Universo” e Ki
significando “Energia” . Uma sessão consiste na imposição de mãos de um
Reikiano habilitado sobre o paciente, o terapeuta de Reiki é um veículo para
que o universo trabalhe a favor do paciente, com intuito de restaurar o
equilíbrio físico, regularizar as funções vitais e equilibrar o campo mental e
emocional.
Com o conhecimento sobre o Reiki cada vez mais
difundido, a terapia vem conquistando adeptos de todas as idades, culturas,
crenças e sexos. A técnica pode ser usada para tratamento de doenças agudas (as
que ocorrem num período determinado, como um acidente), como covid-19, gripes e
estresse pontual, por exemplo; em doenças crônicas (doenças de longa duração e
de progressão lenta), como os transtornos mentais, obesidade, depressão,
ansiedade, câncer, hepatite, aids, diabetes e hipertensão; ou até mesmo para
melhorar distúrbios e hábitos do dia a dia, como insônia e
relacionamentos.
Numa época em que cada vez se valoriza e se procura
especialistas, como uma técnica é capaz de tratar de tantas coisas e ainda ser
ativa e atual? Na verdade, o Reikiano, ou seja, a pessoa que já cursou algum
nível de Reiki é especialista no toque. Não se trata simplesmente de colocar as
mãos em certas posições do corpo. Existe outras variáveis para que se obtenha
resultados que são: o tempo que a mão fica na parte do corpo, a atenção do
Reikiano e do paciente durante todo esse período. Além disso, as mãos do
terapeuta devem ser sintonizadas por um mestre habilitado.
Devido aos seus bons resultados, o Reiki é
reconhecido como método terapêutico pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e
aplicado no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, por meio da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Apesar disso, há muitos
mitos em relação à terapia. Vou falar de quatro deles.
O primeiro é que ele seria uma filosofia ou
religião. Não é verdade. Não só não é como não está vinculado a qualquer
religião ou corrente filosófica. Outro mito muito difundido é de que a terapia
é uma troca de energia entre paciente e terapeuta. Isso também é falso. Não há
uma doação de energia do terapeuta para o paciente ou vice-versa. A troca energética
que acontece entre as pessoas no cotidiano é a mesma que ocorre numa sessão de
Reiki. O terapeuta é apenas um interruptor que liga a luz para enviar ao
paciente.
O terceiro mito diz que é preciso acreditar no
Reiki para acontecer a cura. Mas não é assim que o Reiki funciona. Não é
necessário acreditar no terapeuta ou no Reiki para que aconteça o tratamento e
a cura. Assim como ninguém precisa acreditar na dipirona para que ela faça
efeito sobre o organismo. O efeito advém da terapia em si.
Por fim há o mito de que numa única sessão já se
consegue a cura do paciente. Isso também não é verdade. Assim como num
tratamento de outro tipo são necessárias algumas sessões, principalmente para
doenças crônicas, no Reiki também. O que se pode perceber é que os sintomas
melhoram numa sessão. Mas uma coisa é o sintoma (alerta da enfermidade) e a
outra é a causa (motivo daquela doença).
Por fim, é importante ressaltar que o Reiki não
existe para tomar lugar de outras terapias ou da medicina tradicional. O seu
objetivo é ser integrado aos outros tratamentos para acalmar, fortalecer e
ajudar na recuperação de alguma enfermidade ou até mesmo como um sistema
preventivo de doenças.
Afinal de contas, o primeiro tratamento para
qualquer doença é a prevenção!
Tatiane Cordeiro - Mestre de Reiki, psicanalista e
terapeuta corporal de técnicas orientais. www.tatianecordeiro.com
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