Itens importados tendem a ser
mais caros que os nacionais
Com
o início do ano, um dos principais gastos é com a compra do material escolar
para os filhos. Listas extensas, com diversos detalhes e quantidades, preocupam
os pais com o alto investimento necessário para adquirir os itens
solicitados.
Segundo
o economista e professor dos cursos de Administração de Empresas e Ciências
Contábeis da Universidade UNG, Carlos Darienzo, os materiais escolares importados
tendem a ser mais caros que os nacionais. "A desvalorização do real faz
com que o importador brasileiro tenha que desembolsar mais dinheiro para pagar
suas compras. Além disso, há os custos da logística de transportes e
distribuição", explica.
É
preciso considerar que material escolar é um produto sazonal, ou seja, é mais
demandado no início do ano letivo. Portanto, os preços costumam ser
inflacionados nesse período. As diferenças entre valores de um mesmo produto
podem variar em até 200% e há casos em que as diferenças alcançam 1000%.
Isso
acontece porque o comércio varejista tem dificuldade em formular preços com
base nos custos de aquisição e taxas de lucros esperadas, trata-se de um
problema técnico. As condições de negociações feitas pelos comerciantes com
seus fornecedores atacadistas também influenciam nos preços finais. Os produtos
com logomarcas famosas, principalmente bolsas e cadernos, precisam de licenças
dos detentores de suas marcas, que recebem royalties, aumentando o valor
final.
Se
o orçamento familiar estiver comprometido neste início de ano, é recomendável
negociar com as escolas as prioridades de materiais que serão utilizados apenas
no primeiro semestre letivo. Assim, será possível fracionar as compras ao longo
do tempo. Os responsáveis devem ter ciência que não devem comprar produtos de
higiene e limpeza ou arcar com custos de energia elétrica e água das
instituições de ensino, pois esses itens estão contemplados no pagamento das
mensalidades escolares, obviamente, no caso de escolas particulares. Sobretudo,
as escolas não podem determinar marcas ou lojas específicas para compra, a não
ser que a escola tenha produzido seu próprio material. Em caso de dúvidas,
deve-se consultar o PROCON da sua cidade.
Outra dica é que os responsáveis dos alunos de uma mesma
turma podem se unir para comprar em conjunto, ou seja, em maior quantidade,
trazendo a possibilidade de descontos significativos nos preços. Também é
possível fazer uso de clubes de trocas de livros comuns aos estudantes, modalidade
de economia tem expandido em anos recentes. Nesses clubes, trocam-se, além de
livros, mochilas, lápis de cores, réguas, colas e tesouras. Os pais devem fazer
um orçamento do material a ser comprado, ou seja, pesquisar nas lojas, comparar
os preços e decidir pelas melhores opções. O uso da internet para pesquisas de
preços e compras não deve ser descartado, porém, se efetuada alguma compra,
deve-se considerar o custo do frete.
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