Considerada a segunda maior causa de
cegueira no mundo, perdendo somente para a catarata, o glaucoma é
considerado um dos distúrbios mais traiçoeiros da oftalmologia, por afetar a
visão lentamente e raramente apresentar sintomas. Para ressaltar a gravidade da
doença e mostrar a importância da prevenção, dia 26 de maio,
comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
“O glaucoma é uma doença
causada pela lesão do nervo óptico relacionada à pressão ocular alta, onde há
perda de fibras nervosas”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da
Clínica de Olhos Dr. João Eugenio. O nervo óptico, por sua vez, é um feixe de
fibras que leva a percepção visual, captada pelo olho na retina, até uma região
no cérebro responsável pela formação da imagem.
Segundo o médico, o glaucoma costuma afetar pessoas acima de 35 anos. Geralmente o quadro é crônico e assintomático. “Às vezes o paciente só percebe a perda de visão quando mais de 90% das fibras já estão comprometidas. É uma doença que evolui muito rapidamente e pode causar cegueira irreversível”, esclarece o oftalmologista. Em alguns casos, a doença se manifesta subitamente e de forma aguda. Nesse caso, pode vir acompanhada de dor intensa, náuseas, vômitos, hiperemia (vermelhidão), lacrimejamento, e baixa de visão.
A doença é detectada por meio de exame clínico oftalmológico completo, com avaliação do nervo óptico, e exames complementares como campo visual, tonometria, paquimetria e OCT (tomografia do nervo óptico). Havendo o diagnóstico precoce, o tratamento torna-se mais eficiente.
O glaucoma pode ser primário ou secundário a outras doenças (tumores de retina, trauma, síndromes congênitas, uso de corticoide, entre outras). O tipo primário se divide ainda em glaucoma de ângulo aberto e glaucoma de ângulo fechado.
Segundo o médico, o glaucoma costuma afetar pessoas acima de 35 anos. Geralmente o quadro é crônico e assintomático. “Às vezes o paciente só percebe a perda de visão quando mais de 90% das fibras já estão comprometidas. É uma doença que evolui muito rapidamente e pode causar cegueira irreversível”, esclarece o oftalmologista. Em alguns casos, a doença se manifesta subitamente e de forma aguda. Nesse caso, pode vir acompanhada de dor intensa, náuseas, vômitos, hiperemia (vermelhidão), lacrimejamento, e baixa de visão.
A doença é detectada por meio de exame clínico oftalmológico completo, com avaliação do nervo óptico, e exames complementares como campo visual, tonometria, paquimetria e OCT (tomografia do nervo óptico). Havendo o diagnóstico precoce, o tratamento torna-se mais eficiente.
O glaucoma pode ser primário ou secundário a outras doenças (tumores de retina, trauma, síndromes congênitas, uso de corticoide, entre outras). O tipo primário se divide ainda em glaucoma de ângulo aberto e glaucoma de ângulo fechado.
Tratamento
Ainda sem cura, o controle do
Glaucoma é realizado principalmente com colírio sob prescrição. Se a doença
progredir ou o paciente deixar de responder ao tratamento com colírio, a única
solução disponível até pouco tempo era uma cirurgia altamente invasiva e de
longa recuperação. Agora, um microimplante tem apresentado resultados eficazes
sem precisar expor a parte interna dos olhos nem dar pontos.
Hilton Medeiros explica que a Cirurgia Minimamente
Invasiva para Glaucoma (Migs) é um avanço para o tratamento da doença.
"Fazemos uma pequena incisão de 1,5 mm, encostamos no trabeculado (área de
filtração) uma caneta com iStent (micro implante) e o injetamos. O dispositivo
fica preso, fazendo a comunicação entre o interior dos olhos e o canal de drenagem",
explica o médico.
O microimplante ajuda a restaurar o fluxo do líquido
natural ocular e reduz a pressão interna dos olhos, consequentemente pode
diminuir a necessidade de medicamentos. "Normalmente só o iStent já
resolve o problema e evitamos ter que abrir o olho do paciente para fazer uma
cirurgia altamente invasiva", diz o especialista.
Segundo ele, o
pós-operatório é bastante tranquilo pois, diferentemente da cirurgia
tradicional do glaucoma, nesta técnica não existe cortes na conjuntiva e na
esclera, então não há pontos. "O paciente precisa ficar de repouso apenas
no dia do procedimento. No dia seguinte já pode trabalhar normalmente",
diz Hilton Medeiros, apontando que o perfil de segurança do procedimento é
elevado e que o trauma no tecido-alvo é mínimo.
Sobre o Glaucoma
De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma atinge cerca de 65
milhões de pessoas em todo o mundo. Atualmente, cerca de 8,4 milhões de pessoas
estão cegas devido ao glaucoma. No Brasil, a doença atinge 2 a 3% dos indivíduos
acima de 40 anos, o que corresponde a aproximadamente 1 milhão de pessoas e
estima-se um crescimento de 50% nos próximos cinco anos devido ao
envelhecimento da população brasileira.
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