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quinta-feira, 30 de maio de 2019

MAIO ROXO: ENTENDA QUAIS SÃO, COMO IDENTIFICAR E TRATAR AS PRINCIPAIS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

Em mês de conscientização, Federação Brasileira de Gastroenterologia alerta para a importância de diagnosticar precocemente as DII 

 
Dores abdominais, diarreia, fezes contendo muco (catarro) e sangue podem ser sinais das chamadas Doenças Inflamatórias Intestinas, conhecidas também pela sigla DII.

Neste mês, marcado pela conscientização dessas doenças, a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) traz dicas para esclarecer alguns dos seus aspectos e enfatiza a importância de se obter um diagnóstico precoce a fim de alcançar um melhor resultado com seu tratamento.



O que são as DII?

As Doenças Inflamatórias Intestinais são enfermidades crônicas que inflamam os intestinos em intensidades variadas. Quando atingem o órgão, causam úlceras, que são ferimentos, superficiais ou profundos na parede intestinal doente.

Estima-se que essas doenças atinjam cerca de 5 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo dados da World IBD Day 2019. Apesar, dessa grande incidência ainda não são totalmente esclarecidos os motivos para o seu desenvolvimento e persistência, considerando-se fatores genéticos, da imunidade e ambientais para justificar o seu surgimento.



Quais as enfermidades mais comuns?

As principais são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.

A Doença de Crohn pode atingir o sistema digestivo da boca até o ânus, afetando predominantemente a parte final do intestino delgado e intestino grosso (cólon). Todas as camadas da parede intestinal doente estão envolvidas quando ocorre a inflamação, ocorrendo, nesta doença, a presença de áreas sadias entre aquelas inflamadas. Podem comprometer vários segmentos concomitantemente.

No caso da Retocolite Ulcerativa, desenvolvem-se inflamações e ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada mais superficial, ou seja, a mucosa.
Por apresentarem um comportamento muito semelhante, as duas doenças são agrupadas na categoria de DII. Além disso, essas enfermidades podem ter intensidade e duração variáveis, com períodos em que os sintomas somem e depois retornam.



O diagnóstico

O diagnóstico é obtido por meio de diversas formas, envolvendo, em sua maioria, a realização de exames como a colonoscopia, de sangue e fezes, tomografia ou ressonância magnética do abdome.

Buscar a avaliação de um médico especialista desde os primeiros sintomas é essencial. Isso porque a automedicação, bem como o diagnóstico errado, pode retardar a conduta médica mais adequada.



Como é o tratamento?

O tratamento é feito com medicamentos que visam reduzir a inflamação e a resposta do sistema imunológico. Dessa forma, alguns compostos podem ser indicados para as fases em que os sintomas estão mais intensos e outros, por tempo indeterminado, a fim de impedir que a doença volte.

Há, também, a possibilidade de serem necessárias cirurgias para retirada das partes doentes do intestino, o que pode ocorrer quando os medicamentos não surtirem os resultados esperados ou quando houver uma complicação da inflamação.

Por serem doenças crônicas, o que significa que os sintomas podem reaparecer a qualquer momento, o paciente deverá manter sua rotina de consultas e seguir o tratamento medicamentoso prescrito pelo médico, em princípio, por tempo indeterminado.



Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) 

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