Um dos eventos de que participei, o
Seminário Datagro ISO-Santander, contou com a participação do Presidente da Associação
Nacional dos Produtores de Biocombustíveis dos EUA, assim como da Associação
Nacional dos Produtores de Milho daquele País. Apresentaram dados de que hoje o
Etanol americano, para ser produzido consome 56% da produção de milho dos EUA,
que é a maior do mundo. Imaginem se não houvesse esse consumo o desequilíbrio
que proporcionaria no mercado desse grão tão importante para a alimentação e
para a renda de inúmeras nações. Nos deram conta de uma grande ofensiva que
fazem para ampliar a produção do etanol naquele País, que surpreendentemente já
é o dobro de todo etanol que o Brasil produz, e da agressividade com que estão
buscando abordar outros Países, quer seja para la produzir o etanol ou para
exportar o etanol americano que, egresso do milho, é muito mais caro e mais
complicado do ponto de vista ambiental. Isso tudo traz uma grande lição para
nós, que é a necessidade de termos mais presença nos Fóruns Internacionais.
Ainda na mesma esteira, na ONU além
de nos reunirmos com a representação brasileira naquele órgão, discutimos com o
Comitê Internacional que esta organizando um grande encontro mundial sobre a
questão de energias renováveis e conseguimos inscrever a experiência do
RenovaBio que está sendo implantado no nosso País como uma referência, para a
criação de estímulos ao fomento, as energias renováveis e aos biocombustíveis.
Foi outra vitória muito importante.
Semana passada, participei em
Brasília do Lançamento do Fórum Parlamentar do Biodiesel, setor importante
também na esteira dos biocombustíveis e conseguimos o anúncio de que se avança
para a mistura de óleos vegetais na proporção de 11% no diesel, o que diminui a
importação de diesel e amplia a produção dos óleos vegetais necessários a essa
mistura, o que significa sustentação aos preços dos grãos e geração de emprego.
Ainda, nesse mesmo compromisso,
teremos no próximo dia 30 na Câmara Federal o início das atividades da Frente Parlamentar pela Valorização do
Setor Sucroenergético, que tenho a responsabilidade de coordenar. Realizaremos um Seminário que terão dois pontos destacados: a questão do
RenovaBio, a sua implantação, a necessidade de cumprir o cronograma e,
rapidamente fazer com que todas as transações do CBio's e a Certificação das
Usinas, estajam preparadas para entrar totalmente em vigor a partir do dia 01
de janeiro de 2020; e discutiremos também, o Rota 2030, Lei onde como muitos se
recordam, conseguimos aprovar uma Emenda para que fosse incluído nesse programa
de melhoria e inovação tecnológica dos motores e veículos produzidos no Brasil,
o híbrido movido a eletricidade e a etanol. Nós discutiremos a nossa visão
sobre a eletrificação, sobre o carro elétrico, que no nosso entender deve ser
sempre usando a energia renovável, o nosso etanol.
E, finalmente, nesse caminho ainda
dos biocombustíveis destacar os avanços que tem tido o biogás.
Biometano gerado a partir de sobra da
cana-de-açúcar abastecerá as cidades paulistas de Presidente Prudente e
Pirapozinho. A previsão é que o abastecimento comece a ser feito até o segundo
semestre de 2020, alavancando o uso desse biocombustível - que será produzido
por meio da biodigestão do bagaço, da vinhaça e da palha da cana.
O investimento na região será de R$
160 milhões. O combustível será produzido na unidade de Narandiba da usina
Cocal, que promete investir R$ 130 milhões no projeto. Os R$ 30 milhões
restantes ficarão com a GasBrasiliano, subsidiária para o governo paulista na
distribuição de gás em diversas cidades do Estado, que deve construir cerca de
65 km de rede de distribuição na região.
É uma notícia a se comemorar porque a
cadeia produtiva da cana como um todo é pujante e gera sustentabilidade não
apenas econômica, mas também social e ambiental. É a hora definitiva do uso dos
biocombustíveis, da transformação da matriz energética brasileira.
Os biocombustíveis são uma realidade
e precisam ter uma participação crescente na nossa matriz de combustíveis. São
amigáveis ao meio ambiente, é o instrumento mais eficaz que temos para estar
sintonizado no combate as mudanças climáticas, são geradores de emprego e
renda, são a nossa alternativa verde e amarelo.
Arnaldo
Jardim - Deputado Federal - Cidadania/SP
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