Segundo pesquisa, muitos procuram ter bons gestos, porém há quem diga
agir mal pela falta de exemplos
Um dos pontos com maior relevância atualmente
diz respeito aos princípios morais. Seja na administração do país pelos
governantes, na gestão de uma empresa ou mesmo na rotina diária, ter um
comportamento íntegro é cada vez mais cobrado. Pensando nisso, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios realizou um
estudo com a pergunta chave: “você tem uma postura sempre ética?”. O resultado
revelou uma vontade de mudança pelas novas gerações.
A abordagem ocorreu em nível
nacional, entre 29 de abril e 10 de maio de 2019. O levantamento foi feito com
29.356 jovens entre 15 e 28 anos. Para a analista de treinamento, Lizandra
Bastos, se dispor a opinar em uma enquete sobre o tema é trazer um pouco da
referência de bem ou mal. “Essas pessoas sabem como os impactos de suas
escolhas podem reverter para seus semelhantes e para si. Compreender esses
preceitos implica na responsabilidade de colaborar com o contexto no qual se
está inserido”, afirma.
Assim, diante do questionamento, a
maioria, ou seja 62,25% ou 18.273 participantes afirmaram: “procuro me
diferenciar pelos meus bons gestos e ações”. De acordo com a especialista,
podemos considerar como uma atitude positiva o respeito pelo próximo e por suas
diferenças, o comprometimento e o bom relacionamento com todos. “Esse tipo de
conduta proporciona destaque no mercado. Muitas vezes, os profissionais se
preocupam com formações e conhecimentos técnicos, enquanto questões
comportamentais são deixadas de lado. Por isso, vale a pena ter iniciativas
empáticas sempre”, indica.
Outros 28,61% (8.398) enfatizaram:
“claro! Em 100% do tempo”. O posicionamento é possível se analisarmos a ética
como um conjunto de princípios e valores, os quais são construídos ao longo de
nossa experiência de vida. “Contudo, nem sempre a sua visão sobre essa prática
é considerada a mesma pelos demais. Existe uma linha tênue entre o individual e
o coletivo e os dois aspectos podem não ser congruentes”, afirma. Por isso, é
impossível definir universalmente o certo ou errado em um mundo tão volátil e
inconstante. “Logo, atribuímos como sério quem é capaz de entender e aceitar os
preceitos alheios e os acordos sociais inerentes as suas circunstâncias. Isso
sem perder de vista sua integridade e percepções”, conclui.
Já 8,30% (2.438) disseram: “depende
do meio onde estou”. De fato somos influenciados pelos diferentes ambientes e
pessoas com quem vivemos e, diante disso, mudamos nossa reação em vários
aspectos. “Porém, somos dotados de pensamento crítico e, mesmo com algumas
limitações, podemos refletir sobre as práticas do nosso núcleo. Então, se algo
não parece correto cada um pode e deve refletir, censurar e discutir sobre tais
atos, não importa se todos estão fazendo”, orienta Lizandra.
Ainda assim, 0,62% (181) pontuaram:
“é muito difícil, pois ninguém age assim no dia a dia” e 0,22% (66)
ressaltaram: “gostaria muito, mas sou brasileiro e não tenho bons exemplos”. A
dica para esses é adotar para si próprio o modelo da moral com a qual gostaria
de conviver. “A falta de figuras inspiradoras não é um fator determinante. Ser
brasileiro então, muito menos. É possível buscar referências nos pais, em um
professor, gestor ou colega. Afinal, esse é um dos passos fundamentais para uma
existência mais feliz e justa”, pontua.
É importante lembrar: cada vez mais o
mercado valoriza o comportamento ético dos talentos. “Portanto, se torna
imprescindível alinhar a conduta, sempre levando em consideração quem está ao
redor e as regras explícitas dos locais”, finaliza a analista.
Fonte: Lizandra Bastos, analista de treinamento
do Nube
www.nube.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário