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segunda-feira, 11 de março de 2019

O desafio da produtividade



Como ser mais produtivo? Como inspirar a produtividade de uma equipe? Essas são perguntas recorrentes que se tornam mais patentes em períodos de desaceleração econômica. Principalmente para os brasileiros, já que nossa produtividade é considerada baixa: produzimos apenas ¼ do que um trabalhador nos Estados Unidos ou, em média, US$ 16,80 por hora, o que o coloca na 50ª posição em uma lista que inclui 68 países (dados da consultoria internacional Conference Board e da Fundação Getúlio Vargas respectivamente).
A quantidade de feriados atrapalha nossa produtividade?

Em uma análise mais rasa, podemos pensar: “mas também, com todos os feriados e emendas de feriados que temos no Brasil, fica difícil de produzir”. Qual não foi minha surpresa, quando descobri que, na Alemanha, país modelo em produtividade e o quinto desse ranking (FGV), os empregados são quase quatro vezes mais produtivos do que os brasileiros (produzem US$ 64,40/hora), e trabalham, em média, 340 horas menos por ano que o trabalhador no Brasil. 

Repito: 340 horas a MENOS!

Comunicação é tudo!

Como gestor, acredito que, para as empresas brasileiras melhorarem o índice de produtividade de seus colaboradores, é preciso investir em treinamento contínuo e tecnologia. Há muitos procedimentos em que as equipes agem como ilhas, onde cada uma trabalha em seus sistemas de informação e têm processos alinhados com as suas necessidades. Muitas vezes, falta integração para que o trabalho em equipe não se resuma a apenas um setor específico, mas seja aplicado na empresa como um todo.

Por isso, a adoção de ferramentas de gestão para todos os departamentos apoiadores dos processos secundários, como Recursos Humanos, Financeiro e Facilities, pode ajudar na melhoria da produtividade. Elas integram os serviços, além de desburocratizar processos e manter um padrão a ser seguido por todos.
Quem nunca começou em um novo emprego, mas teve que aguardar dias, semanas ou até meses para receber todo o equipamento, acessos e treinamento para poder ser 100% produtivo? Isso pode ser evitado com a  melhoraria da comunicação entre os departamentos por meio de um sistema único de Gestão de Serviços, que seja capaz de facilitar a entrega de tudo o que for necessário no primeiro dia, mantendo todos os envolvidos alinhados sobre o andamento de cada caso.


Desburocratização

Outro fator que resulta em baixa produtividade está, em muitos casos, na falta de confiança que gera a burocracia. Tudo precisa estar documentado, assinado e carimbado, de preferência por vários setores, para poder ir em frente, fazendo com que um colaborador controle o trabalho do outro para evitar erros.

Também neste caso, um canal único de atendimento pode ser um aliado, pois faz com que o profissional não precise acionar cada departamento. Uma vez realizada uma solicitação, o procedimento é igual independentemente da equipe de apoio. Além de transpor a burocracia, pode ajudar na melhora da satisfação do colaborador, principalmente se o sistema oferece uma base de conhecimento de qualidade sobre todos os departamentos.

Mudança de Mindset

A melhora na eficiência do profissional brasileiro ainda é um desafio. É preciso, inclusive, mudar a cultura de hierarquia das empresas e integrar departamentos para reduzir o tempo de tomada de decisão. Tudo isso tem potencial para impactar positivamente na produtividade e, consequentemente, nos resultados das companhias.

É normal que pessoas sejam resistentes às mudanças que as tirem da zona de conforto, mas através de um bom processo que una tecnologia, métodos e pessoas é possível tornar essa jornada mais natural. A aceitação é ainda maior quando os resultados aparecem, uma vez que todos gostariam de ser mais produtivos seja para evoluir profissionalmente ou para chegar mais cedo em casa.





Tiago Krommendijk - diretor de operações da TOPdesk Brasil, encarregado por alinhar estratégias de expansão e investimento da companhia, além de parcerias com outras sedes da TOPdesk ao redor do mundo. Formado em sociologia pela Wageningen University & Research, na Holanda, atua pela empresa desde 2007 e foi o responsável por sua idealização no Brasil em 2013. Fez parte de companhias como TAM e CPT (Organização Não Governamental).  

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