Como ser mais produtivo? Como inspirar a
produtividade de uma equipe? Essas são perguntas recorrentes que se tornam mais
patentes em períodos de desaceleração econômica. Principalmente para os
brasileiros, já que nossa produtividade é considerada baixa: produzimos apenas
¼ do que um trabalhador nos Estados Unidos ou, em média, US$ 16,80 por hora, o
que o coloca na 50ª posição em uma lista que inclui 68 países (dados da
consultoria internacional Conference Board e da Fundação Getúlio Vargas
respectivamente).
A quantidade de feriados atrapalha nossa
produtividade?
Em uma análise mais rasa, podemos pensar: “mas
também, com todos os feriados e emendas de feriados que temos no Brasil, fica
difícil de produzir”. Qual não foi minha surpresa, quando descobri que, na
Alemanha, país modelo em produtividade e o quinto desse ranking (FGV), os
empregados são quase quatro vezes mais produtivos do que os brasileiros
(produzem US$ 64,40/hora), e trabalham, em média, 340 horas menos por ano que o
trabalhador no Brasil.
Repito: 340 horas a MENOS!
Comunicação é tudo!
Como gestor, acredito que, para as empresas
brasileiras melhorarem o índice de produtividade de seus colaboradores, é
preciso investir em treinamento contínuo e tecnologia. Há muitos procedimentos
em que as equipes agem como ilhas, onde cada uma trabalha em seus sistemas de
informação e têm processos alinhados com as suas necessidades. Muitas vezes,
falta integração para que o trabalho em equipe não se resuma a apenas um setor
específico, mas seja aplicado na empresa como um todo.
Por isso, a adoção de ferramentas de gestão para
todos os departamentos apoiadores dos processos secundários, como Recursos
Humanos, Financeiro e Facilities, pode ajudar na melhoria da produtividade.
Elas integram os serviços, além de desburocratizar processos e manter um padrão
a ser seguido por todos.
Quem nunca começou em um novo emprego, mas teve que
aguardar dias, semanas ou até meses para receber todo o equipamento, acessos e
treinamento para poder ser 100% produtivo? Isso pode ser evitado com a
melhoraria da comunicação entre os departamentos por meio de um sistema
único de Gestão de Serviços, que seja capaz de facilitar a entrega de tudo o
que for necessário no primeiro dia, mantendo todos os envolvidos alinhados
sobre o andamento de cada caso.
Desburocratização
Outro fator que resulta em baixa produtividade
está, em muitos casos, na falta de confiança que gera a burocracia. Tudo
precisa estar documentado, assinado e carimbado, de preferência por vários
setores, para poder ir em frente, fazendo com que um colaborador controle o
trabalho do outro para evitar erros.
Também neste caso, um canal único de atendimento
pode ser um aliado, pois faz com que o profissional não precise acionar cada
departamento. Uma vez realizada uma solicitação, o procedimento é igual
independentemente da equipe de apoio. Além de transpor a burocracia, pode
ajudar na melhora da satisfação do colaborador, principalmente se o sistema
oferece uma base de conhecimento de qualidade sobre todos os departamentos.
Mudança de Mindset
A melhora na eficiência do profissional brasileiro ainda
é um desafio. É preciso, inclusive, mudar a cultura de hierarquia das empresas
e integrar departamentos para reduzir o tempo de tomada de decisão. Tudo isso
tem potencial para impactar positivamente na produtividade e, consequentemente,
nos resultados das companhias.
É normal que pessoas sejam resistentes às mudanças
que as tirem da zona de conforto, mas através de um bom processo que una
tecnologia, métodos e pessoas é possível tornar essa jornada mais natural. A
aceitação é ainda maior quando os resultados aparecem, uma vez que todos
gostariam de ser mais produtivos seja para evoluir profissionalmente ou para
chegar mais cedo em casa.
Tiago Krommendijk - diretor de operações da TOPdesk Brasil, encarregado por alinhar estratégias de expansão e investimento da companhia, além de parcerias com outras sedes da TOPdesk ao redor do mundo. Formado em sociologia pela Wageningen University & Research, na Holanda, atua pela empresa desde 2007 e foi o responsável por sua idealização no Brasil em 2013. Fez parte de companhias como TAM e CPT (Organização Não Governamental).
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