Respeito, educação e empatia são essenciais para a
redução de acidentes e vítimas
O
trânsito é um espaço democrático, compartilhado entre pedestres, ciclistas,
passageiros e condutores. Para um país do tamanho – e dos números - do Brasil,
o desafio de organizá-lo pode ser ainda maior. São 54,7 milhões de carros, 22,3
milhões de motocicletas, 2,7 milhões de caminhões, 627 mil ônibus e 70 milhões
de bicicletas, além dos mais de 208 milhões de habitantes. Parece difícil? Pode
ser; mas não impossível. E cada um desses atores do cotidiano das ruas tem
papel importante e essencial para que o trânsito seja mais seguro e mais humano
para todos.
Levantamento do Ministério da Saúde divulgado em
2018, aponta que foram registradas 37.345 mortes no trânsito em 2016 (último
ano com dados disponibilizados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério
da Saúde). O número é 14,8% menor do que o registrado em 2014, quando ocorreram
43.870 óbitos nas ruas e estradas brasileiras. Entretanto, ainda estamos longe
da meta do país que, seguindo orientações da ONU em 2011, se comprometeu
a reduzir em 50% do número de mortes no trânsito em dez anos. Isso significa
não ultrapassar 19 mil vítimas fatais por ano até 2020.
A chefe de divisão da Escola Pública de Trânsito do
Detran do Paraná, Noedy Bertazzi, destaca que a educação é a mola propulsora
para promover a mudança cultural e comportamental no trânsito, “Educação,
humanização no trânsito e o respeito às leis são fundamentais para garantir
segurança no exercício pleno do direito de ir e vir. Cidadania ativa é aquela
que exige a participação efetiva de todos em favor do bem comum. As ruas e
rodovias são espaços públicos, democráticos e compartilhados, por isso é tão
necessário ampliarmos a forma de ver as cidades, estabelecermos um novo olhar,
a fim de transformarmos esses espaços em locais com mais qualidade de vida para
as pessoas”.
Segundo o último relatório da Organização Mundial
da Saúde (OMS), divulgado no ano passado, as dez nações que mais matam no
trânsito são África do Sul, Brasil, China, Egito, Estados Unidos, Índia,
Indonésia, Irã, México e Rússia. O Brasil ocupa a triste quinta colocação nesse
ranking. Juntos, esses países representam 62% das 1,2 milhão de mortes no
trânsito no planeta.
Para Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em
trânsito da Perkons, além da educação, a empatia tem papel preponderante para
redução de vítimas no trânsito. “Cada indivíduo tem papel relevante e
fundamental na obtenção de um trânsito mais seguro. É necessário que
todos se percebam como protagonistas dessa mudança, entendendo definitivamente
que atitudes individuais impactam no coletivo”.
Confira abaixo algumas dicas e regras de
comportamento para que cada um dos atores do trânsito contribua para ruas mais
humanas e mais seguras.
Pedestres
Ficar
atento ao trânsito e a sinalização.
Olhar
para os dois lados mesmo em vias de sentido único.
Sempre
atravessar na faixa de segurança.
Atravessar
sempre em linha reta.
Utilizar
passarelas e passagens subterrâneas, quando houver.
Procurar
caminhar distante do meio-fio.
Ficar
atento nos cruzamentos e locais com entrada e saída de veículos.
Atravessar
as ruas de mãos dadas com as crianças.
Não
caminhar usando o celular. A atenção deve estar sempre no trânsito.
Ciclistas
Usar equipamentos de
segurança.
Preferir ciclovias e
ciclofaixas.
Andar próximo ao meio-fio do
lado direito e no mesmo sentido dos veículos quando não existir outra opção,
Ficar atento às conversões e
ao tráfego de veículos e pedestres.
Sinalizar sempre que existir a
intenção de realizar uma manobra.
Nunca pedalar em calçadas;
elas são exclusivas para pedestres.
Motociclistas
Manter a manutenção da
motocicleta em dia.
Conferir periodicamente a
validade do capacete.
Usar roupas que chamem
atenção.
Manter distância de segurança
dos demais veículos.
Passageiros
Evitar atravessar a rua por
trás do veículo que está parado.
Não jogar lixo pela janela.
Sempre usar cinto de
segurança, no caso dos carros, e capacete, no caso das motociclistas.
Desembarcar sempre pela
calçada.
Motoristas
Ser prudente e exercer a
direção defensiva.
Não usar o celular enquanto
dirige.
Respeitar a sinalização.
Não parar em fila dupla nem
sobre a faixa de pedestres.
Manter a manutenção do veículo
em dia.
Usar sempre a seta.
Respeitar as vagas
preferenciais.
Assessoria de
Imprensa Perkons
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