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quinta-feira, 28 de março de 2019

4 mitos que atrapalham o tratamento do autismo


 Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) destaca a importância do atendimento precoce do transtorno

Neste Dia Mundial do Autismo (2 de abril) o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) deseja contribuir para desfazer mitos que dificultam a identificação do espectro autista e seu tratamento.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é a deficiência que mais afeta o neurodesenvolvimento em crianças. Os indicadores norte-americanos têm apontado um aumento na prevalência de casos, passando de 1 em cada 166 pessoas em 2002 para 1 em cada 59 pessoas em 2018. “Esses dados refletem a necessidade de se investir não apenas em pesquisas para descobrir suas causas, mas também em tratamentos que reduzam os sintomas”, salienta a psicóloga do CERNE especializada em TEA, Giulianna Kume (CRP 08/17797).
Diante de um transtorno que vem aumentando significativamente, é imprescindível que a sociedade esteja mais informada para identificar precocemente os sintomas e desenvolver mecanismos de intervenção para que autistas possam participar ao máximo da vida em sociedade, possibilitando maior independência e autonomia.
Portanto, vamos desfazer esses 4 mitos:

1)  O comportamento do autista é imutável.
Errado. O TEA é caracterizado por um déficit na comunicação e interação social, além de apresentar comportamentos restritos. Essas dificuldades afetam não apenas a plena participação da pessoa na sociedade, mas sobretudo o processo de aprendizagem. Atualmente, têm sido ofertados diversos tipos de terapias e tratamentos para minimizar o impacto do TEA na vida dos indivíduos.

2)  Não há comprovação científica para o tratamento do autismo.
Errado. A análise do comportamento aplicada (ABA) tem sido a terapia mais indicada e com maior comprovação científica de eficácia no tratamento do TEA. Ela consiste na aplicação dos princípios da Ciência na análise do comportamento em contextos de intervenção social. Utiliza-se de procedimentos para aumentar e refinar o repertório comportamental.

3)  É preciso esperar a criança crescer para iniciar o tratamento.
Errado. Um fator importante no tratamento é a precocidade. Quanto antes for realizado o diagnóstico e a intervenção melhores são os resultados e a resposta da criança. Isso devido ao desenvolvimento neurológico, que permite maior aprendizagem, e aos atrasos menores em relação a indivíduos neurotípicos de mesma idade.

4)  Crianças não respondem tão bem ao tratamento.
Errado. O modelo Denver é uma terapia com embasamento em ABA para intervenção precoce de crianças com TEA. É o tratamento com melhor taxa de resposta para crianças com idade de 12 a 60 meses. Em 2012, foi eleito pela revista TIME uma das 10 maiores descobertas na área médica. Seu maior objetivo é ensinar a criança a partir do fortalecimento da interação social em jogos e brincadeiras, simulando um ambiente muito próximo ao natural.





CERNE - O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica 


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