Época do ano propicia acumulo
de poluentes no ar e dificulta vida de quem convive com a doença
No próximo dia 20 de março,
às 18h58min, se inicia o outono. Gradativamente, as altas temperaturas do verão
brasileiro vão deixando de fazer parte da rotina e abrem espaço para dias mais
amenos do inverno, que se inicia em junho. Porém, essa estação de transição –
como é conhecido tanto o outono, como a primavera – apresenta oscilações de
temperatura bruscas que podem variar entre 12°C a 28°C, e pode prejudicar a
saúde, principalmente quando falamos das doenças pulmonares.
Outra característica dessa
época do ano é a redução das chuvas em grande parte do País, conforme indica o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPA. Para se ter uma noção, para
o período de chuva é estimado 150mm e 400mm, quando no verão, esse número passa
de 600mm nas regiões sudeste, centro-oeste e extremo sul do Amazonas. Essa
redução pode propiciar um acumulo de poluentes no ar, o que é uma notícia ruim
para quem tem asma ou a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
“As partículas de poluição
são extremamente prejudiciais para os pulmões. Para quem já apresenta uma
predisposição a essas doenças ou já sofre com elas, a falta de chuva é sentida
ainda mais. É preciso tomar cuidados e manter a medicação em dia para evitar
crises graves” informa o dr. Alex Macedo, Mestre em Pneumologia pela Unifesp e professor de Pneumologia
da Universidade Metropolitana de Santos.
Em lista divulgada
recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os problemas de
saúde que merecem atenção desde já, a poluição aparece logo em primeiro lugar.
De acordo com eles, nove entre dez pessoas respiram ar poluído no mundo. A
mesma lista mostra que a DPOC e outras doenças crônicas são responsáveis por
70% das mortes globais, sendo que dessas, 15 milhões morrem prematuramente
entre as idades de 30 e 69 anos.
No Brasil, a OMS estima que
7,5 milhões de pessoas são portadoras de DPOC. A doença é caracterizada pela
obstrução do fluxo de ar devido à inflamação dos pulmões decorrente de contato
com gases e partículas nocivas que são encontradas em fumaças como na do
cigarro, químicos, madeira e, claro, poluição. Os sintomas iniciais são a tosse
frequente e o catarro, o que faz com que a doença demore a ser diagnosticada
“Com o tempo, a DPOC irá se
desenvolver em enfisema, obstruindo as paredes dos alvéolos e fazendo com que a
pessoa comece a sentir falta de ar que pode prejudicar as tarefas diárias”
esclarece o médico. Para quem já foi diagnosticado, o primeiro passo, no caso
dos fumantes, é largar o hábito. A doença não tem cura e para melhorar a
qualidade de vida, além do diagnóstico correto, o paciente precisa manter o
tratamento sempre em dia e consultas regulares com pneumologista.
Em casos de crise
infecciosas quando se tem a DPOC, o uso de medicamentos anti-infecciosos como o
moxifloxacino (Avalox, da Bayer) oferece, para 70% dos pacientes, melhora do
quadro em até três dias. Para evitar gripes e resfriados, também comuns nessa
época, recomenda-se evitar ambientes fechados, agasalhar-se bem em dias de frio
mais intenso, usar soro fisiológico para hidratas as narinas.
Bayer: Science For A Better Life (Ciência para uma Vida Melhor)
Nenhum comentário:
Postar um comentário