Para a médica nutróloga Dra. Ana
Luisa Vilela, entender o que causa o crescimento descontrolado das células do
endométrio – e o processo inflamatório decorrente disto - é o ponto principal
para determinar um tratamento eficiente e mapear as formas de prevenção da
doença.
“A alimentação tem influência menor quando a doença já está mais avançada, mas pode ajudar no início do desenvolvimento da doença, já que a endometriose é um processo inflamatório e há uma lista grande de alimentos que intensificam ou previnem esse mau”, diz a medica.
Os perigosos
Os alimentos gordurosos, frituras e os processados, que são muito ricos em gorduras do tipo ômega-6 (como o ácido araquidônico) podem sim colaborarem para a inflamação e resultam em desequilíbrio. “Quando há consumo excessivo de gorduras pró-inflamatórias pode, ao mesmo tempo, acontecer a deficiência das gorduras benéficas - e esse é um grande perigo”, alerta Dra Ana.
As salvações
“Por isso, os alimentos que possuem capacidade de reduzir a inflamação e aumentar a imunidade precisam ser incluídos na dieta. São eles os ricos em ômega 3, como a sardinha, atum, salmão, castanhas e amêndoas, as hortaliças, carnes magras, ovos, queijo cottage, azeite de oliva, feijões e frutas como caju, goiaba, limão e abacate - todos capazes de reduzir a resposta inflamatória”, afirma a especialista.
O equilíbrio
A partir de uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e carne magra, é possível também diminuir a gordura corporal, que está ligada à produção periférica do estrogênio. “Isso porque as células do tecido adiposo produzem estrogênio e, quanto mais células de gordura, mais hormônio será produzido e pode causar não só a endometriose, como também outras inúmeras doenças que estão diretamente ligadas ao aumento dos quilos na balança e ao sobrepeso de modo geral”, finaliza a médica.
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