A doença afeta o sistema nervoso central do corpo e é
diagnosticada por exame de ressonância magnética
A esclerose múltipla, (abreviada como EM), é uma doença
neurológica, autoimune e, infelizmente, crônica. A doença provoca lesões
cerebrais e na medula espinhal, e a causa ainda é indefinida e multifatorial.
Em alguns casos, a evolução pode ocasionar perda cognitiva e o aumento da
dependência de terceiros.
Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), a EM
é uma doença que afeta principalmente jovens adultos, em especial mulheres
entre os 20 e 40 anos de idade. Sendo recorrente em pessoas com a pele
branca.
Conforme dados do último Atlas da Esclerose Múltipla, divulgado
pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla, estima-se que cerca de 35
mil pessoas tenham EM somente no Brasil, sendo no mundo cerca de 2,3 milhões de
pessoas portadoras da doença. Número expressivo que alerta para a importância
do diagnóstico precoce em casos de sintomas aparentes.
O médico Cássio Jovem, que integra o corpo clínico do Exame,
Laboratório da Dasa, explica que a doença é diagnosticada por meio da avaliação
clínica de um médico neurologista, com o auxílio de exames laboratoriais, como
o fluído cérebro espinhal, realizado com a coleta do líquido por meio de punção
na região lombar, e também por métodos de imagem. “Os exames de imagem exercem
um papel fundamental tanto para o diagnóstico, quanto no acompanhamento
evolutivo da doença e seu tratamento”. Destaca o médico.
Ressonância magnética
De acordo com o especialista Cássio Jovem, o exame é realizado em
aparelhos novos e modernos de ressonância magnética (RM) de 1.5T ou 3.0T. “O
paciente fica deitado cerca de 20 minutos no interior da máquina e, durante
este tempo são realizadas as sequências de imagem e administrado o contraste”.
O exame por imagem é considerado seguro, indolor, e indispensável para a
precisão do resultado.
Na esclerose múltipla, o padrão ouro recomendado é a ressonância
magnética, embora outros estudos de imagem possam ser recomendados em situações
específicas dependendo do caso.
Cássio Jovem detalha que os aparelhos de Ressonância
Magnética de 3.0T possibilitam adquirir imagens com maior resolução e
menor tempo, facilitando a visualizar lesões ou alterações antes não
identificadas, tudo de maneira confortável. “O exame realizado pelo aparelho de
3.0 tesla possibilita também a utilização de novas técnicas de imagem de
vanguarda em neurorradiologia, como a quantificação volumétrica encefálica,
aplicação de tratografia, estudos perfusionais e a avaliação funcional
encefálica”, destaca.
Preparação antes do exame
Recomenda-se o jejum nas horas prévias ao exame, e tanto para
exames radiológicos quanto laboratoriais, uma boa noite de sono. É necessário
também evitar a ingestão de álcool na véspera. Estas ações auxiliam na
tranquilidade e principalmente no conforto do paciente ao realizar o exame.
Sintomas
Os sintomas da doença variam de acordo com o local acometido no
sistema nervoso central, mas no geral, ocorrem queixas motoras, visuais, fadiga
e alterações cognitivas como percepção e raciocínio, e incômodos sensitivos
(sensação de frio, calor, adormecimento, pressão, formigamento e agulhadas pelo
corpo).
Tratamento
Por ser uma doença de acompanhamento permanente, recomenda-se o
tratamento com a participação multidisciplinar de médicos, fisioterapeutas,
psicólogo e em grupos de apoio para lidar melhor com as questões emocionais que
a doença pode acarretar.
Exame
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