Especialidade vem
ganhando espaço por tornar a mulher protagonista do seu parto
Exercícios da Fisioterapia Pélvica
Divulgação
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A Fisioterapia Pélvica Funcional, especialidade
reconhecida mundialmente na prevenção e tratamento de disfunções
cinético-funcionais intercorrentes na pelve humana, reúne técnicas, movimentos
e exercícios especializados para a saúde da mulher e do homem, focados nos sistemas
urinário, gastrointestinal e reprodutor, que ocasionam desconforto e riscos de
doenças na região. Hoje, é frequentemente recomendada por ginecologistas e
obstetras no acompanhamento da gestação ao pós-parto, como complemento do
pré-natal e boa saúde da mãe e do bebê.
De acordo com as fisioterapeutas Thalita Freitas e
Alessandra Sônego, especializadas na Saúde da Mulher e Obstetrícia pelo
HC-FMUSP, o trabalho da região pélvica propõe uma série de benefícios, como
prevenir e corrigir alterações posturais anormais, tratar possíveis dores
ocasionadas pelo aumento de peso, controlar a ansiedade, melhorar a respiração,
aumentar a elasticidade vaginal, tornando assim a mulher protagonista do seu
parto. “A pelve da mulher sofre grande ação de hormônios durante a gestação,
que a deixam mais flexível para favorecer a descida do bebê. Ela ganha força
muscular, que reduz as chances de perda involuntária de urina, o aparecimento
do prolapso genital, e a recuperação e regeneração são mais rápidas no
pós-parto. Além disso, os exercícios fisioterapêuticos chegam a reduzir até 50%
o tempo do trabalho de parto”, relevam.
A mobilidade materna durante o trabalho de parto e
as posições adotadas no momento do nascimento, técnicas utilizadas pela
fisioterapia pélvica, desempenham um papel importante no nível de conforto da
mãe, e também possui influência em quão rápido e eficaz o trabalho de parto irá
progredir. “O posicionamento correto da mãe pode acelerar o trabalho de parto e
reduzir o desconforto das contrações, pois favorece a descida do bebê,
diminuindo a pressão em áreas específicas e o esforço muscular desnecessário. A
maioria das posições pode ser aplicada na sala de parto com ou sem o uso de
acessórios, como uma bola terapêutica. Além disso, o leito pode ser adaptado à
uma posição que facilite a saída do bebê”, explica Thalita.
Mesmo que a gestante tenha alguma complicação no
período expulsivo, indicando uma cesariana, o trabalho realizado anteriormente
não é perdido, pois ajuda na consciência corporal e na reocupação
pós-operatória. “A rápida recuperação no pós-parto depende dos bons hábitos que
a gestante cultivou ao longo da gravidez, e isso inclui o acompanhamento
especializado. Os músculos têm memória, e isso quer dizer que o trabalho
durante a gestação irá se reabilitar corretamente, incluindo a parede
abdominal, para que evite disfunções como, por exemplo, uma diástase”, diz
Alessandra.
A fisioterapia pode ser retomada logo após o parto,
para garantir que a musculatura se regenere e que a cicatrização ocorra de maneira
adequada, levando em consideração todas as intervenções e o quadro clínico da
paciente.
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