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Fogos de artifício colocam pets em risco, pois
os bichinhos podem entrar em pânico e tentar escapar do local a qualquer custo;
especialista em comportamento animal dá dicas para minimizar o problema
Com
a chegada das comemorações de final de ano, é quase impossível encontrar um
lugar em que não existam pessoas soltando fogos de
artifício como uma maneira de celebrar. Mas os que acabam se prejudicando são
os pets, pois a audição dos animais é bem mais aguçada que a dos humanos, e
muitos costumam sofrer com medo excessivo do barulho dos fogos.
O
adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, proprietário
da ComportPet,
explica que os cães entram em um estado de estresse intenso com o som
alto dos fogos, ficando desesperados e podendo
tentar fugir por janelas, sacadas ou portões, o que coloca a segurança
deles em risco. Por isso, os fogos de
artifício são um perigo em potencial muito grande para muitos cachorros.
"Nessas
horas, nem todos sabem como agir para tentar acalmar os bichinhos e, por falta
de informação, podem acabar até mesmo agravando o estresse do animal. É
fundamental que os tutores estejam preparados para proteger seu cão da
exposição ao barulho dos fogos", completa.
Confira
as dicas do especialista:
Aprenda
a condicionar seu cão com antecedência
É
importante condicionar o cão ao som alto dos fogos diariamente,
assim o estresse do animal com o ruído será cada vez menor. Além disso, o
treinamento deve ser diário e durar cerca de 20 minutos. Uma boa estratégia é
fazer com que o cão se alimente ouvindo o som defogos.
Assim, irá associar à alimentação, a uma coisa positiva. O tutor deve ligar o
som e em seguida oferece alimentação para o pet.
"Este
treinamento pode ser feito em casos de filhotes e de animais que não apresentam
um nível de estresse tão alto com o barulho. Toda vez que o dono ligar o som,
ele ganhará comida. Também é possível associar o som irritante a petiscos e
brinquedos. Quanto mais for feita essa associação, mais rapidamente esse cão
irá perder esse medo", aponta.
Coloque
música para trazer tranquilidade
Fazer
uso de outros sons para abafar o barulho intenso vindo dos fogos ajuda
para que o animal fique menos conectado ao som principal. "Se possível,
abafe ao máximo o barulho dos fogos, fechando
portas e janelas. Depois, coloque uma música tranquila, que ajudará a
proporcionar um ambiente mais calmo. O uso de florais também é indicado para manter
o cão mais relaxado e com menos medo", indica Cleber.
Proporcione
um espaço adequado
Geralmente, em casos de estresse, os pets costumam procurar um local para se esconder, por isso é importante criar um ambiente só para ele, que seja seguro e que não possibilite fugas.
"Deixe
seu cão em um quarto tranquilo e onde fique isolado do barulho, com tela de
proteção na janela. Ligue um som relaxante dentro do quarto, para abafar o som
alto dos fogos que está vindo de fora. Dessa
forma, o cão se sentirá mais confortável", diz.
Dar
carinho sem sempre é a melhor saída
Um
erro comum dos tutores é colocar o cãozinho no colo ou fazer carinho para
tentar "distraí-lo" do ruído. "Não é recomendado dar carinho ao
animal, pois se o dono agir dessa forma, estará ensinando o cão que, cada vez
que ele sente medo, ganha carinho. Por isso, a melhor forma é deixar o cão
seguro, quieto em um quarto separado", explica Santos.
Evite
deixar o cão sozinho
Deixar
o bichinho sozinho em casa nos momentos em que o barulho dos fogos tende a ser intenso - como, por exemplo durante a
00h da noite de Réveillon- irá deixá-lo ainda mais estressado. "Quando o
cão fica com muito medo, pode entrar em pânico e tentar fugir. Caso o tutor
precise se ausentar, o ideal é recorrer a um hotel para cães, que tenha uma
equipe especializada para dar suporte aos animais", recomenda.
Cleber
Santos - Especialista
em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos, quando
cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou para
grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de todo o
Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios e
especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos,
Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet, centro que
oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de hotelaria e
creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias
alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do
Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de
pets de famosos, entre eles o DJ Alok.
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