A realidade atual é que o leitor consome conteúdo
nas mídias impressa, áudio e digital por meio dos dispositivos livro, revista, notebook,
tablet, smartphone e e-reader. A tendência é que haja uma
complementaridade entre as mídias e não uma substituição de uma por outra.
Por exemplo, há ótimas editoras no país que
oferecem ao leitor o livro impresso integrado a um site com uma variedade de
conteúdos extras, como vídeos, planilhas, simuladores, jogos, textos
complementares, cases etc, ou seja, trazem ao leitor um projeto de
conhecimento/entretenimento no qual duas mídias estão integradas em plena
harmonia.
Além disso, é crescente o número de editoras que
oferecem a versão digital do próprio livro. O e-book é um novo mercado para as
editoras. O número de editoras que disponibilizam a versão digital de seu
catálogo é crescente.
O livro digital e o livro impresso conviverão por
muito tempo e a tendência é que o consumo de um impulsione a venda do outro.
Aliás, não acredito que o livro impresso desapareça.
O que poderá acontecer, após vários anos ou mesmo
décadas, é a venda do livro digital superar a do impresso em receita. Levará um
bom tempo para isso acontecer por algumas razões:
- O
livro impresso apresenta um formato universal cuja experiência de leitura
é agradável e funcional – em qualquer lugar do mundo, o livro impresso é
igual, você pode dobrar as páginas, fazer anotações, guardá-lo em sua
mochila/bolsa e carregá-lo com facilidade e segurança;
- Não
temos ainda um formato universal e uma experiência de consumo agradável
para o livro digital. O conteúdo digital em texto ainda é estático e pouco
interativo com outros formatos em áudio e vídeo;
- Com
o crescimento da expectativa de vida, temos várias gerações vivas que
interagem com o conteúdo de diferentes formas. Há gerações que preferem o
livro impresso pelo seu aspecto tangível;
- O
preço dos e-readers, tablets e smartphones é ainda pouco
acessível aos brasileiros, a tecnologia de luminosidade para leitura
nesses dispositivos precisa melhorar e a infraestrutura de banda larga no
país é deficiente, com um acesso à web lento e caro.
Acredito que em alguns anos o livro digital será
completamente diferente do de hoje. Ele proporcionará ao leitor uma experiência
muito interessante de interação com o conteúdo em vários formatos (texto,
áudio, vídeo, animações) e em tempo real.
Além disso, o leitor assumirá o papel de "prosumer",
sendo ao mesmo tempo um coprodutor e consumidor do conteúdo. Portanto, para as
editoras, o livro digital é um novo mercado que ajudará a fortalecer o hábito
de leitura no país.
Eduardo Villela - book advisor e, por meio de
assessoria personalizada, ajuda pessoas a escreverem e publicar suas obras.
Mais informações em www.eduvillela.com
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