A coach nutricional Gabi Lodewijks aponta a
relação entre o emocional e a alimentação e como isso nos afeta em relação a
como sentimos e aos nossos hábitos
As nossas emoções têm um efeito poderoso na escolha dos
alimentos e nos nossos hábitos alimentares. A sensação de prazer que certas
comidas proporcionam e a relação emocional das pessoas com a alimentação tem
sido objeto de estudo de especialistas em nutrição, psicólogos e filósofos ao
longo dos anos.
A coach nutricional Gabi Lodewijks aponta que o que
comemos afeta a forma como nos sentimos, assim como o que sentimos afeta nossa
maneira de comer: “nosso paladar é mais sensibilizado quando estamos em contato
com alguma substância que o estimule, por exemplo açúcar, sal e temperos em
geral. Isso provoca reações diferenciadas no organismo, emocionais,
psicológicas e sensoriais”, afirma.
Gabi afirma que os sabores provocam sensações e reações
que são experimentados por cada indivíduo de uma maneira diferente: "de
natureza fisiológica a sensação é diferente, assim como diferenciamos o doce do
salgado. São estímulos químicos diferentes que provocam sensações diferentes.
Quando estamos de frente a um prato de sopa de legumes cada colherada terá um
sabor que possa ser sentido mais intensamente em função da maior quantidade de
sal ou qual legume presente na colherada”.
A relação emocional das pessoas com os alimentos é
profunda e memorialista: "para mim o ato de comer é cultural e simbólico,
e quando feito sozinho é só nutricional. Existem comidas memorialistas e de aconchego
por exemplo, comfort food. O ato de comer tem super a ver com o
emocional. As emoções e os comportamentos afetam as decisões nutricionais, como
a quantidade, tipo de alimento e o número de refeições. Uma pessoa com
depressão pode pular refeições ou eliminar o café da manhã na sua rotina
diária. Como vemos, o vínculo entre emoção e alimentação é um fato concreto”.
A especialista aponta que isso influi diretamente em
questões como controle de peso, ansiedade e depressão: "Abusar do ato
prazeroso de comer pode nos fazer sentir mais cansados e a buscar mais
alimentos constantemente, mas também pode causar sérios problemas de saúde. A
nossa emoção deve nos conscientizar da comida de que precisamos, assim como uma
pessoa com depressão pode pular refeições ou eliminar o café da manhã na sua
rotina diária. Como vemos, o vínculo entre emoção e alimentação é um fato
concreto”, conclui.
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