Hoje em dia muitas pessoas estão
optando por se tornarem empreendedores
Segundo
pesquisas recentes realizadas pelo IBGE, o desemprego ainda atinge cerca de
12,7 milhões de pessoas. Estudiosos apresentam como diminuir essa condição e
políticos constantemente prometem mudar essa realidade. Mas, há quem trabalhe
sem carteira assinada. Com o aumento do desemprego muitas pessoas acabaram
vendo a chance de empreender: montaram um pequeno negócio e acabaram se dando
muito bem.
O
emprego tradicional tem diversas vantagens, como por exemplo: estabilidade de
ganhos; benefícios; ter um RH que se preocupa com seu desenvolvimento;
interações sociais e vínculos afetivos; férias garantidas legalmente; horas de
trabalho restritas pela legislação, sem contar que o ambiente corporativo
permite pequenos erros. Já como dono do seu próprio negócio, o
microempreendedor vive no risco, uma vez que um pequeno erro pode gerar a
quebra de um contrato que manteria a empresa por mais tempo no mercado. Os
estragos podem ser avassaladores e não há a figura de um gestor para partilhar
a responsabilidade.
Mesmo
com todos os riscos é interessante observar como há um movimento crescente de
trabalhadores que deixam seus “bons empregos” para empreender. De acordo com
pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) em
2017, a cada três jovens de 25 a 30 anos, dois querem montar algo para si.
Segundo a especialista em Personal Branding Paula Boarin, diversos motivos
levam uma pessoa a sair do conforto e segurança de uma empresa para ser um
empreendedor.
De
acordo com a profissional, os três motivos para uma pessoa se demitir da
carreira tradicional são:
1.Busca
pela realização pessoal: Ficar à disposição da empresa por 13 horas diárias
(contando o tempo de deslocamento) não é algo confortável. Mesmo sendo
excelentes empresas, você tem que se adequar ao corporativismo. E as pessoas
tem valores e crenças que não conseguem encaixar naqueles ambientes, o que gera
frequentemente a sensação de frustração.
2.Acumular
patrimônio não é mais o foco: Evoluímos graças ao esforço das gerações passadas
(pirâmide de Maslow) e vimos o quanto isso custou aos nossos pais. Hoje a
maioria das pessoas acredita que vale a pena viver com menos e viver melhor,
mais feliz. Por outro lado, o salário limita os ganhos; empreendendo, os
ganhos são teoricamente infinitos.
3.Flexibilidade:
Muitos empregados podem contar nos dedos quantas vezes tiveram coragem de ir ao
médico em horário de trabalho. Estranhamente as coisas funcionam em horário
comercial, justamente esse em que se trabalha. Assim, também vai-se ficando sem
pausa para almoço, porque é preciso encaixar as demandas no dia a dia e, às
vezes, só esse espaço é que sobra. É fato que empreender demanda mais horas de
serviço, mas também permite trabalhar em horários em que se é mais produtivo,
resolver pequenos problemas e ter uma rotina um pouco mais livre para escolher.
Com
as políticas modernas o trabalho se tornou uma necessidade na vida de todos.
Para Paula não basta apenas estar empregado e conseguindo pagar dívidas, para
ela é necessário que a pessoa esteja feliz com aquilo que realiza e da forma
que realiza. E comenta como alguém que já fez essa mudança: “Penso que se
estou feliz com meu trabalho, consequentemente conecto-me mais com as minhas
reais necessidades, há menos necessidade de consumir ou ir conjuntamente ao
efeito manada. Hoje sou totalmente realizada, empreendo há quase quatro anos,
grande parte dessa jornada trabalhando também como CLT, 2018 foi o ano dessa
transformação na carreira de forma voluntária.”
Para
ser um bom empreendedor e ter sucesso, é preciso ter perfil para aceitar o
risco, se planejar e sempre buscar inovar em seu mercado.
Paula Boarin - Coach e Trainer
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