Especialista cria Matriz de Foco para ajudar nas
metas do próximo ano
O
romper do novo ano é uma ótima oportunidade para avaliar objetivos e desafios
que queremos . Mas como chegar lá? O professor de MBA da Fundação Getúlio
Vargas, Luciano Salamacha dá a dica : PLENEJE !
Salamacha
explica que neurocietificamente planejar é criar foco. Planejar é a
formalização de um objetivo. E para isso é preciso um esquema detalhado do que
se deseja. Para pessoas que se auto cobram ele é um contrato de sucesso.
Formalizar um plano é criar um pacto pessoal. Se não planejar, aquilo que
imaginou pode se tornar mutante em função com a conveniência. Planejar é ter
certeza que se quer aquele objetivo. Segundo o professor, é chegar na resposta
a partir do resultado final e ver se todo o esforço valerá a pena para obtenção
do meio. E explica “A resposta sempre parte do resultado final. Um erro, é
definir o caminho a seguir sem saber onde vai chegar. Isso é dar mais
importância ao meio que o fim. “
Salamacha
explica que para se fazer o planejamento a pessoa deve fazer a pergunta
essencial: Serei feliz em obter isso ? Preciso disso para ser feliz ? A partir
dessas duas respostas a meta pode ser traçada. O plano pessoal, explica o
professor “ é entrar em contato consigo mesmo para saber, de forma honesta, o
que é importante para a sua vida “.
O
planejamento, segundo o especialista envolve uma entrada, um input ( o desejo
), e uma saída, output, ( o resultado ) que deve ser no fim de tudo isso: a
felicidade, seja em qual esfera for a resposta não é social, é individual.
Somente a pessoa sabe que a fonte da felicidade é só dela. È uma questão de não
racionalizar o objeto. E cada pessoa tem um gosto, um envolvimento e a
formalização é incrivelmente individualizada.
O
professor, especialista em planejamento e estratégias de grandes empresas nacionais
e estrangeiras, desenvolveu uma fórmula chamada de Matriz de Foco, para
orientar em como fazer um plano pessoal e profissional. O planejamento pode
envolver estudos, saúde, viagem, relacionamentos , trabalho e um mergulho de
autoconhecimento.
Como
fazer a Matriz de Foco
Faça
um quadrado num papel, num programa de computador, num cartão, no celular, algo
que você possa constantemente pesquisar. Na primeira linha coloque os
objetivos individuais e na segunda, os coletivos. A medida que preenche o quadrante
com a meta do próximo ano, ela deve responder as perguntas no 1 e 2. Quem será
afetado por isso? Quem será o beneficiário ou não disso ? Nas duas perguntas a
resposta deve ser: EU.
Na
linha 1 - quadrado 1 – Individual/ Pessoal .
Somente
a pessoa é impactada e o esforço depende única e exclusivamente
dela. Adquirir um bem como a compra de um carro, uma casa, uma joia, uma
máquina, uma roupa etc. Ou o aprendizado de um instrumento musical, uma língua
estrangeira, um curso de meditação ou fazer terapia.
Linha
1 – quadrado 2 - Individual/ Profissional.
Idem
ao quadrado 1, mas com foco no trabalho. A meta pode ser a conclusão de um
mestrado uma faculdade, ou um hábito que possa melhorar a vida profissional,
como o compromisso de não atrasar no trabalho ou a entrega de resultados, por
exemplo . O pilar nesses dois quadrados do planejamento é só para a pessoa
e não depende de mais ninguém. Por fim, complete o planejamento com os
quadrantes 3 e 4 . Na segunda linha a pergunta é quem será o beneficiário de tudo
isso? A resposta será eu e o outro.
Linha
2 - quadrado 3 – Coletivo/Pessoal
Neste
quadrante o esforço quanto o resultado depende e impacta outras pessoas do
círculo de relacionamento pessoal como amigos, família, vizinhos, etc.Por
exemplo, uma viagem em família, ou encontros mensais com amigos de infância,
envolvimento em projetos sociais, como trabalho voluntário, um hábito
ecológico, por exemplo como não consumir tanto plástico, etc. São objetivos que
vão influenciar a coletividade.
Linha
2 – quadrado 4 – Coletivo/Profissional
Idem
ao quadrante 3, porém o impacto é nos colegas de trabalho, clientes,
fornecedores, etc. Exemplos como melhorar a relação com a equipe de trabalho,
mobilizar minha equipe para projetos de qualidade de vida na empresa. Mudar a postura
para ter mais reconhecimento da equipe junto a chefia. Ajudar um colega que tem
dificuldade em algum setor, criar um esquema novo para um problema recorrente
que incomoda muita gente no ambiente corporativo.
Salamacha
explica que durante o planejamento pode surgir um dilema. Os fins justificam os
meios? Vale tudo para chegar ao meu objetivo? Se a pessoa está tão preocupada
com os meios, é porque ela está levando em consideração o julgamento de
terceiros sobre essa ação. Mesmo sendo o objetivo a compra de um produto, como
um carro, certamente as decisões serão primeira de ordem emocional e, na
sequência, material. Tudo o que se consome tem a influência do que fomos e o
que somos.
O
especialista em planejamento explica que uma das coisas que mais prejudicam o
cumprimento do plano é a falta de decisão. Por exemplo: Eu quero comprar um
carro novo. O julgamento dos outros sobre a decisão influencia, as vezes
negativamente, mas a pergunta que se deve fazer é: prejudico, ou levo prejuízo
a alguém com o meu objeto de desejo? Aí a pessoa pode entrar em um looping.
“Pode parecer arrogante ou fútil dar importância a compra de um bem para ser
feliz Mas se isso é importante para a pessoa e não lesa ninguém , que mal há?
“, pondera o professor. A importância das coisas é uma questão que se mede por
uma régua muito pessoal. Não é uma questão de racionalizar um sentimento ou um
gosto. Pode ser o sonho de vida que envolve sentimentos muitas vezes que vêm da
infância, de frustrações ou desejos mantidos por anos, etc. Salamacha diz
também que o planejamento pode mudar, mas há de se estudar o impacto disso no
que foi realizado até o momento e no que virá a partir da mudança de rumo.
Então,
mãos a obra no quadro da sua vida.
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