A melhoria no diagnóstico e rapidez no início do
tratamento fez com que a taxa de mortalidade pela síndrome da imunodeficiência
humana (aids) diminuísse no Brasil, passando de 5,7 a cada 100 mil habitantes
em 2014 para 4,8 óbitos dentro da mesma faixa em 2017, segundo o boletim
epidemiológico divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde. Porém segundo o
Ministério da Saúde, São Paulo figura entre os estados com maior número de
casos de HIV no Brasil. O agente causador da aids é o vírus da imunodeficiência
humana (HIV). Esse vírus é capaz de infectar células e levar o sistema
imunológico ao colapso. O HIV faz com que o organismo fique vulnerável a outros
agentes infecciosos, chamados de “oportunistas”.
"Apesar de HIV e aids serem comumente
relacionados, são duas coisas diferentes. A aids é a síndrome de
imunodeficiência desencadeada a partir da infecção pelo HIV. Hoje em dia
com o emprego do tratamento antirretroviral muitos pacientes apesar de
possuírem o HIV não chegarão a desenvolver um estado de imunodeficiência",
explica o médico virologista do DB Molecular, Dr. Mario Janini.
Um alerta para os jovens
Entre 2006 e 2015, o número de jovens entre 15 e 19
anos com a doença mais do que triplicou no Brasil, passando de 2,4 a 6,7 casos
a cada 100 mil habitantes. Já entre adultos, de 20 a 24 anos, a taxa dobrou de
15,9 para 33,1 casos dentro da mesma faixa. “É um número preocupante, mesmo
tendo em vista a quantidade de informações existentes sobre o assunto, deveria
haver mais esforços visando a prevenção da infecção viral. Não existe cura para
as infecções pelo o HIV e sem tratamento os pacientes evoluem para um estado de
imunodeficiência podendo chegar até mesmo a morte”, alerta o médico.
Exames laboratoriais empregando técnicas de
biologia molecular podem ser realizados para identificar o HIV e monitorar a
evolução da doença e a resposta ao tratamento. “Possuímos testes capazes de
detectar e quantificar o HIV a partir de amostras clínicas. Além disso, podemos
realizar a genotipagem viral, que é um exame realizado para a detecção de
mutações no genoma do HIV, que conferem resistência aos medicamentos utilizados
no tratamento", comenta o especialista em biologia molecular, Nelson
Gaburo, gerente geral do DB Molecular.
Entre os exames oferecidos para o diagnóstico e
monitoramento das infecções pelo HIV estão o HIVPC, teste qualitativo utilizado
para detectar a presença do HIV, o HIVQT, que é um exame quantitativo que
avalia o número de cópias do genoma viral presente no plasma do indivíduo
infectado, e o HIVGE, que identifica mutações de resistência contra
medicamentos indicados no tratamento. “Por meio de abordagens moleculares, é
possível identificar o HIV, quantificar sua carga e definir qual será o
tratamento adequado”, completa Gaburo.
DB Molecular
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