Índice dos
entrevistados que querem que o próximo presidente seja um nome novo na política
caiu de 52% para 44% entre dezembro de 2017 e julho de 2018
Metade dos brasileiros (50%) prefere que o próximo
presidente do país seja político há muitos anos. Em dezembro de 2017, quando
outro levantamento semelhante foi feito, esse índice era de 39%. Na época, a
maioria dos entrevistados (52%) preferia um nome novo. Em novo estudo realizado
pela Ipsos, entre 1º e 15 de julho de 2018, o desejo por um “outsider” caiu
para 44%. Foram entrevistadas 1.200 pessoas em 72 municípios das cinco regiões
do país. A margem de erro é de três pontos percentuais.
“Até recentemente, havia uma demanda por nomes de
fora da política, mas essa oferta não se concretizou, de modo que o eleitor
passa a olhar as atuais opções de maneira mais pragamática”, analisa Danilo
Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.
A pesquisa também questionou os eleitores se eles
preferiam um presidente “experiente” ou “íntegro e ético”. A opção pela
experiência subiu de 31% para 41%, enquanto a escolha por integridade caiu de
65% para 56%. É desejado pela maioria dos entrevistados (55%) que o novo
presidente tenha capacidade de combater a corrupção, enquanto 43% preferem
alguém que tenha capacidade de gerar mais empregos. As opiniões estão divididas
entre ter um político de partido tradicional na presidência (preferência de
48%) ou ter um político de um partido novo (44%).
Avaliação dos políticos
A Ipsos também avaliou a imagem de políticos e personalidades
do Judiciário. A desaprovação dos políticos permanece alta, com pouca variação.
O presidente Michel Temer lidera o ranking com 94% de avaliação negativa,
seguido por Fernando Henrique Cardoso (73% – queda de 5 pontos percentuais em
relação ao mês anterior), Geraldo Alckmin (68%) e, empatados, Ciro Gomes e
Marina Silva (ambos com 63%).
A avaliação negativa de outros pré-candidatos à
presidência também é alta. O deputado Jair Bolsonaro é desaprovado por seis
(60%) em cada dez brasileiros, índice próximo ao de Henrique Meirelles (58% de
rejeição). Lula tem 53% de desaprovação e Manuela D’Ávila, 47%. Guilherme
Boulos e João Amoêdo aparecem empatados com 44% de avaliação negativa.
“Além de a campanha ainda não ter começado no rádio
e na TV, o mau humor geral mantém esses indicadores de desaprovação num nível
bem alto. Não significa dizer que nomes desaprovados não tenham potencial
eleitoral. Dado que as opções são essas, é bem possível que o eleitor acabe
optando por nomes que ele desaprove ou vote branco/nulo, o que deve crescer
neste ano, bem como o índice de abstenção”, comenta Cersosimo.
O diretor da Ipsos avalia que, talvez mais do que
nunca, o voto “útil” ou um voto “tático” em uma opção considerada menos pior
(que é um conceito muito subjetivo) acabe sendo muito comum em 2018, o que
levará o eleitor a votar em candidatos que ele desaprova.
Não houve grande variação da aprovação positiva.
Com 45% de aprovação, Lula segue como o nome mais bem avaliado entre as 18
personalidades que integram o estudo. Marina Silva tem 27% de avaliação
positiva e Bolsonaro, 23%. Ciro Gomes e Alckmin estão empatados com 19%
aprovação. Completam a lista dos prováveis presidenciáveis, Manuela D’Ávila,
com 6% de avaliação positiva, Boulos, com 3%, e Amoêdo, com 2%.
Os dados do levantamento fazem parte
do Barômetro Político, pesquisa que integra o estudo Pulso Brasil,
realizado mensalmente pela Ipsos.
Ipsos
https://youtu.be/gSWOO5KunKI e
Ipsos Brasil – https://youtu.be/eEm9dve420s
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