Os sonhos podem te ajudar no caminho do autoconhecimento e
revelam traços da nossa personalidade; a psicóloga junguiana Katyanne Segalla explica principais dúvidas
Os
sonhos sempre foram motivos de dúvidas e mistérios. A ciência atualmente
explica que eles se tratam de experiências de imaginação criadas pelo cérebro
quando estamos principalmente na fase REM (rapid eye moviments) ou MOR
(Movimento Ocular Rápido), período mais profundo do sono. As pessoas que foram
acordadas após esse ciclo, que ocorrem a cada 90 minutos, geralmente relatam
lembrar-se dos sonhos. Na visão da psicologia analítica, os sonhos são
considerados uma ferramenta do inconsciente para passar uma mensagem.
“Na
psicologia analítica, podemos dizer que os sonhos são representações do
inconsciente a respeito da nossa situação psíquica”, explica a psicóloga junguiana Katyanne Segalla. Carl Gustav
Jung era médico e psiquiatra suíço, ele fundou a psicologia analítica junguiana
no início do século XX. Essa linha teórica estuda o consciente, inconsciente e
leva em consideração a mitologia, simbologia dos atos e o passado de cada
indivíduo.
Segundo
a psicóloga, o sonho é um ótimo instrumento de autoconhecimento, mas que deve
ser analisado com cuidado para evitar significados incorretos. Entre as dúvidas
mais comuns, estão:
O
mesmo significado vale para todo mundo?
MITO.
Quem nunca buscou em sites ou em livros o significado de algum sonho
específico? A psicóloga Katyanne afirma que não há problema em procurar uma
interpretação comum, mas sempre com ressalvas. “Parte dos nossos sonhos podem
até ter o mesmo significado, mas o que mais conta é o significado pessoal. Se
uma pessoa sonha com uma cobra, na hora de analisar, é preciso considerar o que
esse animal representa para ela”, afirma.
É
possível não sonhar?
MITO.
Apesar de muitas pessoas alegarem que não sonham, o que de fato acontece é que
elas esquecem o conteúdo do sonho ao acordar. Isso ocorre porque ao despertar,
a consciência volta a tomar conta e os sonhos retornam para o inconsciente. “Um
bom exercício para lembrarmos do sonho é anotar assim que acordar, mesmo que
apenas fragmentos. Dessa forma, o inconsciente percebe que você está olhando
para ele e passa a produzir mais imagens”, sugere a especialista.
Pesadelos
sempre representam coisas ruins?
MITO.
Os pesadelos nem sempre representam coisas negativas. Segundo a teoria
junguiana, eles surgem para colocar em evidência algo que está sendo
negligenciado quando o indivíduo está acordado, como uma forma de dar um
“susto” para que ele olhe para aquele aspecto.
Nesse
caso, vale ressaltar a importância de contar com um especialista adequado para
ajudar a interpretar corretamente os significados e auxiliar nesse processo de
compreensão de quais aspectos que estão sendo deixados de lado.
Katyanne
Segalla - Psicóloga clínica, psicoterapeuta, pós-graduada em psicoterapia
junguiana. Especialista em temas sobre comportamento, relacionamento e saúde
emocional. Realiza atendimento de crianças, adolescentes, adultos e idosos.
CRP:06/126673 (https://www.facebook.com/psievida)
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