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terça-feira, 31 de julho de 2018

Salas de cirurgia são um terreno fértil para olho seco


 O objetivo do estudo mexicano foi determinar a prevalência e a gravidade da síndrome do olho seco em um grupo de residentes de diferentes especialidades cirúrgicas



O olho seco afeta cerca de 10-20% da população, e a maioria das pessoas com a doença tem mais de 50 anos.

Mas se você trabalha em um ambiente estéril e seco, como uma sala de cirurgia, corre um risco ainda maior - de até 56%, de acordo com uma nova pesquisa que avaliou a prevalência do olho seco em residentes cirúrgicos com uma idade média de apenas 27,8 anos.

“Os oftalmologistas há muito sabem que atividades que diminuem a  taxa de intermitência normal de piscadas podem aumentar a prevalência da síndrome do olho seco. Por exemplo, longas horas gastas em um computador, é um fator de risco bem estabelecido para o olho seco”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Mas o uso de dispositivos digitais não é a única atividade que reduz a taxa de intermitência, levando ao olho seco. “Um estudo, realizado no Western National Medical Center, descobriu que os residentes de especialidades cirúrgicas estão igualmente expostos aos fatores de risco, incluindo a diminuição da taxa de intermitência, que causa danos à superfície do olho”, afirma a oftalmologista Sandra Alice Falvo, que integra o corpo clínico do IMO.

De acordo com o estudo, as salas de operação são ambientes de ventilação fechados nos quais os cirurgiões e outros membros da equipe realizam atividades que exigem concentração e fixação intensas em detalhes, como o uso de um microscópio.

“A presença de residentes cirúrgicos na sala de operação torna-os suscetíveis ao desenvolvimento do olho seco, devido às condições ambientais a que estão expostos, o que causa desconforto ocular. Essa condição afeta a qualidade de vida e o desempenho dos residentes, devido aos sintomas irritativos, à modificação da função visual e aos efeitos sobre a saúde geral e o bem-estar”, explica Sandra Falvo.





IMO, Instituto de Moléstias Oculares.


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