Dados
da Organização Mundial de Saúde indicam que entre 60 e 80% das pessoas não
praticam nenhum tipo de atividade física
Em comemoração ao Dia do
Ortopedista, celebrado em 19 de setembro, o Dr. Thiago Bernardo de Carvalho de
Almeida, ortopedista e médico do esporte do Hospital IFOR, da Rede D’Or São
Luiz, recomenda atividade física como medicamento para prevenção, tratamento e
melhoria na qualidade de vida das pessoas, independente de sua idade ou
condição clínica.
Hoje em dia, nos
consultórios de ortopedia, é muito comum pacientes procurarem o ortopedista por
conta de alguma lesão, seja por uma queda, por ser atleta de final de semana ou
por um treino feito de maneira errada. O ideal é que procurassem um
especialista antes de começar a praticar qualquer esporte, para uma avaliação e
orientação prévia. Porém o praticante de esportes nos dias de hoje fazem ao
contrário, só vão ao especialista por conta de uma lesão. “A falta de
orientação profissional faz com quem muitos atletas se lesionem ao aumentar a
carga ou se aventurar em uma nova atividade sem qualquer orientação”, explica
Thiago.
Quando isso acontece, os
médicos indicam uma readequação da atividade, mostrando ao paciente que quase
sempre é possível praticar atividade física em qualquer condição clínica, desde
que ela seja individualizada e tenha acompanhamento de especialistas. O esporte
pode ser considerado o medicamento mais democrático disponível na natureza,
pois pode ser praticado por qualquer pessoa, independente de sua condição
clínica.
“Tentamos adaptar o
tratamento das doenças com a prática esportiva.
Costumamos indicar outra
atividade para este paciente”, orienta.
Apesar de o senso comum
nos dar a impressão de que muita gente pratica esporte, dados da Organização
Mundial de Saúde indicam que entre 60 e 80% das pessoas ainda são sedentários.
“Em uma situação hipotética, o esporte pode ser comparado a um remédio que não
vende em farmácia, mas é capaz de reduzir 50% dos seus problemas cardíacos, 50%
das chances de diabetes, melhorar a atividade muscular, senso de humor, chances
de depressão, estresse e outros benefícios”, explica o especialista.
Em idosos, por exemplo,
existe a comprovação científica de que eles podem obter ganhos de massa
muscular, flexibilidade, mobilidade, melhoria na parte psicológica e
psiquiátrica, além da prevenção de doenças.
Para o idoso começar a
praticar esporte, pensando em alguém que nunca praticou nenhuma atividade
física, por exemplo, o Dr. Thiago recomenda uma visita ao o especialista, mas
não apenas para uma avaliação dos indicadores de saúde, mas uma adaptação às
atividades que ele goste, sempre pensando em prevenção de doenças e melhoria na
qualidade de vida. “Em alguns casos, o idoso pode ter algum tipo de doença ou
lesão que precisa de alguma investigação e necessite ser orientada nesse
sentido”.
Além disso, o especialista
recomenda acompanhamento com equipe multidisciplinar, composta por
especialistas, como educador físico, nutricionista, psicólogos, que o ajudarão
a dar uma visão 360º do treinamento.
Já para as crianças, o Dr.
Thiago explica que a atividade física funciona como um fator determinante para
a prevenção de doenças e aumento da longevidade. A criança também deve ser
vista de maneira individualizada, uma vez que não se adapta a qualquer atividade
física. O esporte é capaz de mudar a personalidade de uma criança. A criança
tímida vai ficando um pouco mais solta. A que é muito solta começa a perceber
que as outras precisam também ser ouvidas.
“O importante é manter a
criança em atividade, por isso a importância de a criança poder escolher qual
atividade praticar”, orienta.
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