Levantamento
inédito do VAGAS.com mostra que 12,5% dos consultados já tiveram ou tem relação
afetuosa com um colega da mesma empresa
Aquele famoso
ditado “onde se ganha o pão, não se come a carne” parece estar um pouco fora de
moda. É o que detecta levantamento inédito realizado pela VAGAS.com, empresa
que desenvolve soluções tecnológicas para recrutamento e seleção. O estudo Relacionamento
Amoroso no Ambiente de Trabalho mostra que 12,5% dos entrevistados
confessaram ter uma relação amorosa no emprego. Desse total, a média de
relacionamentos é de dois por pessoa.
O levantamento
foi realizado de 23 a 31 de maio deste ano por e-mail para uma amostra da base
de currículos cadastrados no portal de carreira VAGAS.com.br. Dos 3015
respondentes, 53% é composto por homens, possuem idade média de 31 anos, nível
superior (56%), e estão desempregados (59,9%).
“Os dados são
curiosos. Não imaginávamos que as pessoas admitiriam ter uma relação no ambiente
de trabalho, quanto mais duas. Com esses números, podemos ver que é cada vez
mais comum as pessoas de uma mesma empresa apostarem num relacionamento, mesmo
que seja passageiro. Elas passam boa parte do tempo no ambiente de trabalho e
isto acaba convergindo para uma relação mais íntima”, explica Rafael Urbano,
coordenador da pesquisa na VAGAS.com.
Do total de
respondentes que admitiram ter uma relação no trabalho (12,5%), 61,9%
confirmaram ter apenas um relacionamento. Aqueles que tiveram dois somam 21,8%.
Três representam 7,8%. Quatro a 13 foram 8,5%.
A pesquisa
também procurou entender desse estrato que admitiu ter uma relação no trabalho,
o que aconteceu com essa pessoa em seu último relacionamento na empresa.
Aqueles que só “ficaram” representaram 31,8%. O namoro foi constatado em 30,8%
dos casos. Para 29%, a última relação acabou em casamento. E com 8,4%,
aconteceram outros fatos, como noivado.
A discrição e
o sigilo não parecem ditar o tom dos relacionamentos nos ambientes
corporativos. Para 40,5% dos respondentes, a relação era de conhecimento de
toda a empresa. Em 37,5% dos casos, poucas pessoas de confiança sabiam. As
situações da qual ninguém sabia representaram 19,1%. Somente o chefe, 2,9%.
É possível que
esses relacionamentos tenham acontecido por essas pessoas trabalharem em áreas
diferentes e possuírem o mesmo nível hierárquico. A pesquisa revela que 65,8%
trabalham em áreas diferentes e 52,4% ocupam o mesmo cargo. Existem ainda 21,9%
se relacionando com alguém com nível hierárquico inferior sem ser o chefe dela,
19,1% tendo uma relação com alguém com cargo superior e também sem ser o gestor
dessa pessoa.
Em 3,7 dos casos, essa pessoa com a qual se relaciona tem um
cargo superior e é sua chefe e, ainda, 2,9% se relacionam com um funcionário de
nível hierárquico inferior, que é seu chefe.
Também
procurou-se saber onde aconteceu o primeiro encontro. De acordo com 88,8%, foi
fora da empresa. Para 5,7%, em uma festa ou evento da companhia. Os 5,5%
restantes admitiram que o encontro aconteceu dentro do trabalho.
O levantamento
quis descobrir onde acontecem esses relacionamentos. Somente fora da empresa
foi a resposta da maioria (82,2%). Para 8,9%, tanto fora quanto dentro da
companhia. Aqueles que só “ficaram uma vez” somaram 7,3%. E 1,6%, os encontros
acontecem somente na empresa.
No estudo foi
avaliado com o entrevistado se a empresa onde ele trabalha tem uma política
sobre relacionamentos no ambiente corporativo. A maioria (56,7%) afirmou que
não há nada nesse sentido. Praticamente um quarto (24,5%) disse que sim. E
18,8% informaram que não sabem.
O
relacionamento pode prejudicar ou contribuir com a carreira de um profissional?
A grande maioria (81,5%) revelou que não interferiu no trabalho ou carreira.
Para 9,4%, foi prejudicial. E em 9,1% dos casos, essa relação contribuiu para a
carreira.
Maioria não
quer misturar vida pessoal e profissional
Na pesquisa
foi questionado à parcela dos que não tiveram um relacionamento no ambiente de
trabalho (87,5%) o porquê dessa opção. A maioria (54,9%) informou que não quer
misturar vida pessoal e profissional. Em 27,7% das respostas, por estar
comprometido. Por não ter a oportunidade/ não se interessar por alguém, 22,9%.
É contra a política da empresa, 5,8%. Medo de represália, 0,6%. A pessoa pela
qual se interessou era o chefe, 0,3%, e a pessoa pela qual se interessou era o
subordinado, 0,2%.
“A
pesquisa desvenda o comportamento do trabalhador e sua relação com o trabalho.
Revela que poucas pessoas têm algum tipo de relacionamento, mas quando o faz,
acaba se envolvendo novamente. Também aborda e mostra onde acontecem esses
encontros, a relação hierárquica e como as empresas lidam com isso. Procuramos
levar o tema à tona para fortalecer e ampliar esse debate junto às empresas e à
sociedade”, finaliza Urbano, da VAGAS.com
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