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terça-feira, 28 de junho de 2016

Mitos e verdades sobre alergias a animais de estimação





 Pelo fato de conviverem com as pessoas de maneira mais próxima, dentro das casas, os cães e gatos acabam sendo conhecidos como potenciais causadores de alergia. A concepção é um mito, pois qualquer animal de pelo ou pena - cavalos, pássaros, hamsters – pode gerar reações em indivíduos suscetíveis.  De acordo com o alergista Diener Frozi, a questão é cercada por crenças populares que nem sempre são confirmadas pela medicina. 

“Os animais que possuem pelo mais curto não provocam menos alergia. A questão está ligada também à descamação da pele, urina e até mesmo saliva do pet”, esclarece o médico.  Até mesmo as fezes secas de passarinho causam alergias, pois podem conter fungos. Dessa forma, às vezes o alérgico pode desenvolver crises apenas ao frequentar um lugar com os animais, como a casa de amigos. 

Muitas famílias acreditam que precisam se desfazer do cão ou gato após a descoberta da alergia. Antes de tomar qualquer atitude, no entanto, é importante confirmar o diagnóstico por meio de exames específicos. “Muitas vezes, uma criança que convive com animais pode apresentar quadro alérgico por outras razões, como ácaros, fungos, poeira e mudanças bruscas de temperatura. Sem investigar a fundo a natureza da reação, os pais poderiam acabar a afastando do bichinho sem necessidade e causando piora no quadro em razão do aspecto emocional”, destaca Frozi.  

Ao chegar ao consultório médico, o paciente deve passar por análise minuciosa, que vai indicar os principais hábitos e condições em que surgem as crises alérgicas. A partir da avaliação da história clínica, o alergista solicita exames confirmatórios para avaliar o grau de sensibilização: testes de puntura, conhecidos também como “prick test”, realizados no antebraço do paciente, identificam alergias respiratórias e alimentares, bem como o exame de sangue para dosagem de imunoglobulina E, anticorpo específico para cada substância suspeita.  “Com isso, é possível orientar o tratamento e até mesmo as vacinas mais adequadas, no caso de imunoterapia”, explica o doutor. 

Responsável pelo projeto “Viva Sem Alergia”, em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, o especialista esclarece que a melhor postura para alérgicos que convivem com animais é sempre limpar o ambiente diariamente. “O recomendado é evitar que o cão suba em estofados e camas e retirar tapetes, carpetes e outros objetos que possam acumular pó. O banho semanal ou quinzenal já é suficiente para manter o animal limpo. Mais do que isso pode ser prejudicial para eles”. 


Sobre o Viva Sem Alergia
O projeto social Viva Sem Alergia atende pacientes da Baixada Fluminense, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com objetivo de tratamento, controle e prevenção de alergias e doenças imunológicas. Na unidade de saúde localizada em Duque de Caxias, os pacientes realizam exames gratuitamente, como o teste cutâneo para detectar os alérgenos aos quais são mais suscetíveis. Em caso de diagnóstico confirmado de asma, o tratamento é iniciado com kits alérgicos com broncodilatadores em forma de sprays inalatórios, as conhecidas “bombinhas”, distribuídas sem custo. A oferta é possível graças a parcerias com instituições como a Cruz Vermelha de São Gonçalo. 


Viva Sem Alergia
Rua Conde de Porto Alegre, nº 119, Edifício Uba - 8º andar
Jardim Vinte e Cinco de Agosto - Duque de Caxias (RJ)
Funcionamento: segunda a sexta, das 8h30 às 17h; sábados, das 8h às 12h.
Agendamento de consultas: 21-3848-5389  

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