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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ambientes úmidos são desencadeadores de rinite alérgica



Brasil está no grupo que apresenta maior prevalência da doença

Frio com tempo seco é a combinação do inverno. Mas há cidades no Brasil onde o tempo é muito úmido, condição que pode ser desencadeadora de graves alergias. Belém e Curitiba são algumas dessas localidades.

Vários estudos científicos relacionam a maior chance de desenvolvimento de alergias em pacientes que vivem em ambientes úmidos, os quais contribuem para o desenvolvimento de ácaros e fungos, principais desencadeantes de crises de rinite alérgica.

A especialista e Mestre em Alergia e Presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia Regional Paraná (ASBAI-PR), Dra. Loraine Landgraf, conta que um estudo realizado no Brasil chamado ISAAC (The International Study of Asthma and Allergies in Childhood) mostrou que a prevalência média de sintomas relacionados à rinite alérgica foi de 29,6% entre adolescentes e 25,7% entre crianças na fase escolar. Quanto aos sintomas de asma a prevalência foi de 19% e 24%, respectivamente, entre crianças e adolescentes. 

“O Brasil está no grupo de países que apresentam as maiores taxas de prevalência de asma e rinite alérgica no mundo, sendo a rinite a de maior ocorrência entre as doenças respiratórias crônicas”, explica Dra. Loraine.

Nosso país tem dimensões continentais, por isso possui uma diversificação climática bem ampla. São verificados aqui desde climas muito úmidos e quentes, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semiáridos muito fortes, ou seja, secos, próprios do sertão nordestino.

A presidente da ASBAI-PR preparou algumas dicas que podem contribuir para deixar o ambiente mais seguro na luta contra ácaros e fungos. São elas:
- Verifique se existe alguma situação que favoreça a umidade em casa, tais como infiltrações e vazamentos;

- Conserte vazamentos hidráulicos, evitando a proliferação de fungos;

- Remova o mofo das superfícies visíveis, por exemplo, nos banheiros;

- Utilize capas antialérgicas para colchões, almofadas e travesseiros. Essas capas devem ser impermeáveis, pois evitam a penetração da umidade e, consequentemente, o desenvolvimento de ácaros e fungos. A cada três semanas essas capas devem ser lavadas.

- Retire todos os tapetes e carpetes, principalmente, do quarto de dormir;

- Tome todas as medidas para reduzir a quantidade de poeira, tais como tirar os objetos que facilitam o acúmulo de pó e umidade tais como livros, revistas, bichos de pelúcia, entre outros.

- Tente sempre arejar e deixar ventilando bem os ambientes da casa. Prefira casas bem ensolaradas;

- Evite o uso de cortinas, prefira persianas. No caso de precisar manter as cortinas, essas devem ser leves e lavadas frequentemente.

- Retire as roupas que ficam guardadas por muito tempo, lave-as e coloque-as ao sol antes de usar.

“No caso de sintomas de alergia, procure um médico especialista em alergia e imunologia. Atualmente, existem tratamentos seguros e eficazes que garantem uma boa qualidade de vida para o paciente”, explica Dra. Loraine Landgraf.




ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.
Twitter: @asbai_alergia - Facebook: Asbai Alergia - www.asbai.org.br

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