De item de luxo para essencial.
Além de um ambiente para discussão, as redes sociais fazem parte do dia a dia
dos brasileiros, das empresas e, agora, dos candidatos à prefeitura e câmara
dos vereadores. Isto porque a Lei nº 13.165/2015, conhecida como Reforma
Eleitoral 2015, promoveu importantes alterações nas regras das eleições deste
ano. Entre elas, mudanças nos prazos para as convenções partidárias, filiação,
financiamento eleitoral por pessoas jurídicas e a redução do tempo de campanha
eleitoral, fundamental para que os inúmeros candidatos e partidos possam se
destacar e serem lembrados pelo eleitor.
De 90 para 45 dias, este será o tempo
de campanha eleitoral dos candidatos. Já nas propagandas de rádio e TV, o tempo
passou de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto, no primeiro turno.
Assim, a campanha terá dois blocos no rádio e dois na televisão com 10 minutos
cada. Além dos blocos, os partidos terão direito a 70 minutos diários em
inserções, que serão distribuídos entre os candidatos a prefeito (60%) e
vereadores (40%). Em 2016, essas inserções somente poderão ser de 30 ou 60
segundos cada uma.
Sendo assim, podemos esperar que as
redes sociais serão o novo palanque político dessas eleições, assim como foi em
2014 na votação presidencial. O espaço digital será como vitrine
político-partidária de cada candidato. Hoje, são 110 milhões de brasileiros com
acesso à internet em qualquer ambiente, segundo a Nielsen. Só pelo smartphone,
são quase 80 milhões de pessoas com acesso a internet e entre os 20 aplicativos
mais utilizados, seis deles são de mídias sociais. Ou seja, esse novo
comportamento interfere diretamente no cotidiano das pessoas e, consequentemente,
no relacionamento entre políticos e eleitores.
E não irei longe para justificar este
notório engajamento das pessoas nas redes sociais. No dia 13 de março de 2016 –
quando milhares de pessoas foram às ruas –, com o Scup, ferramenta de
monitoramento, foi possível coletar mais de 1 milhão de posts no Twitter e no
Instagram sobre as manifestações contra o governo. As hashtags #ForaPT e
#ForaDilma tiveram adesão de 27% dos internautas, enquanto 5% aderiram a
hashtag #MarchaDasCoxinhas. No Instagram, 98% das menções foram favoráveis à
manifestação, no Twitter 136k das menções citaram a Operação Lava Jato,
resultando na coleta de 85% das menções nas ferramentas.
Diferentemente das demais eleições,
neste ano, quem quiser vencer essa disputa, ao que tudo indica, terá de fazer
uma campanha focada em propostas. E não adianta apenas o horário do programa
político. Muito menos acreditar que ter site e canal em redes sociais é estar
fazendo Marketing Político Digital. Precisará de muito mais. Afinal, o eleitor
mudou e a comunicação também. Será preciso repensar o jeito de se fazer
campanha política na web. É necessário tirar o foco das ofensas e difamações. É
preciso aprender a gerar conteúdo relevante. É vital gerar conteúdo,
relacionar-se com os eleitores e inspirar ideias.
E o sucesso será do candidato que
atender às necessidades da comunidade, principalmente onde ela não está sendo
ouvida, e abordar questões que não estavam sendo tratadas. Apenas com o
monitorando das redes sociais será possível traçar estratégias de
relacionamento entre a opinião pública, eleitores e políticos. Quem o fizer
primeiro, se aproximará do eleitorado e sairá na frente.
Monica Lobenschuss - fundadora da
Social Lounge, primeira rede de franquias de mídias sociais do Brasil.
www.sociallounge.com.br
@SocialLoungeF
/SocialLoungeFranquia
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