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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Desafios socioambientais para o final da segunda década do século XXI




Há aproximadamente 54 anos, com a publicação do livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) da bióloga Rachel Carson, teve início a compreensão de que os danos ambientais, responsáveis por silenciar o canto dos pássaros, estavam diretamente ligados à ação humana na modificação do ambiente em benefício próprio.

Meio século depois, mesmo com todo o impacto que a publicação teve e ainda tem nas discussões ambientais, percebemos nitidamente os grandes desafios que precisam ser vencidos em busca de um modo de vida sustentável.

A visão de que o ser humano detém um poder supremo em relação ao meio natural contribui significativamente para que a degradação se mantenha em níveis alarmantes. Um primeiro obstáculo a um modo de vida menos impactante está na construção de uma forma de vida que entenda o homem como mais um integrante da natureza, que desempenha papéis complexos assim como todas as outras espécies que habitam o planeta. A visão egocêntrica de que somos seres mais evoluídos e, portanto, temos a “permissão” para retirar tudo que precisamos do meio natural para nos satisfazer, está nos levando a uma realidade preocupante e que compromete diretamente a manutenção da nossa espécie.

Atualmente, a sociedade vive um período de transformações oriundas do esgotamento do modelo de desenvolvimento economicista que visa especialmente os aspectos econômicos, em vez da tríade social, econômica e ambiental, tal como preconiza o desenvolvimento sustentável.

O termo sustentabilidade apresenta a capacidade de se sustentar, ou seja, de se manter ao longo do tempo, já que uma atividade sustentável se caracteriza por ser mantida infinitamente. Em outras palavras, a exploração de um recurso natural de maneira sustentável possibilitará o seu uso indefinidamente, não se esgotando nunca.

Algumas décadas atrás, grande parte dos economistas não apresentava uma preocupação com o meio ambiente e a utilização dos recursos naturais de forma sustentável, pois se acreditava que o progresso tecnológico poderia deter os danos ambientais. Porém, com o agravamento dos fenômenos naturais como tornados e furacões, surgiu a consciência de que os problemas ambientais atingiram um determinado grau de tensão que representavam um verdadeiro risco à sobrevivência da humanidade, caso não fossem tomadas atitudes imediatas.




André Maciel Pelanda – Tutor Central dos cursos da área ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter
Augusto Lima da Silveira – Coordenador de Pós Graduação na área Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter
Rodrigo Berté – Diretor da Escola Superior de Saúde, Meio Ambiente, Sustentabilidade e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter

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