Especialista
do Lavoisier Medicina Diagnóstica alerta gestantes para os cuidados necessários
em caso de confirmação da doença
Se
a gravidez por si só já traz inúmeras dúvidas e preocupações à futura mamãe,
imagina quando ela é diagnosticada com dengue. Em meio ao surto da doença em
todo o país, cresceram também os casos de gestantes infectadas pelo aedes aegypti. Segundo o
Dr. Jurandir Passos, especialista em ginecologia, obstetrícia e medicina fetal
que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina
Diagnóstica,
as grávidas precisam redobrar os cuidados quando diagnosticadas com dengue.
“A
imunidade da gestante é naturalmente mais baixa, já que seu sistema imunológico
sofre diversas modificações ao longo dos nove meses, e isso pode favorecer o
desenvolvimento de complicações”, afirma o especialista. Além disso, o
diagnóstico pode ser retardado, já que em alguns casos é confundido com
sintomas típicos da gestação, como perda sanguínea vaginal, que pode ser um
sinal de evolução da dengue para o quadro hemorrágico.
Nos
casos em que a dengue evolui para a forma hemorrágica, o número de plaquetas da
gestante diminui, e os riscos de hemorragia aumentam. Esse quadro estimula
deslocamentos placentários e hemorragias, que se não controlados podem levar à
interrupção da gravidez. “No entanto, vale ressaltar que a evolução da doença
acontece da mesma forma de uma pessoa não grávida, podendo ou não evoluir para
o quadro hemorrágico”, destaca o médico.
O
início e o fim da gestação são os períodos que merecem maior atenção quando há
confirmação da doença. Isso por que, nos primeiros três meses os riscos de
aborto são maiores do que quando comparado a gestantes não infectadas. Já no
final da gravidez, a evolução para a forma hemorrágica é mais comum, além de
haver riscos de parto prematuro.
Tratamento
Segundo
o Dr. Jurandir, o tratamento é sintomático, ou seja, algumas medicações podem
ser administradas para aliviar os incômodos, mas elas devem ser indicadas pelo
médico para evitar complicações. Além disso, a hidratação é fundamental, bem
como o repouso. Os sintomas podem continuar por até dez dias, mas a recuperação
total leva entre duas e quatro semanas.
“É
importante lembrar que mesmo após a total recuperação, a prevenção contra a
doença deve se manter nos meses seguintes da gestação. Isso porque, embora a
gestante tenha ficado imune ao tipo de dengue que a pegou, ainda há outros três
que podem infectá-la”, alerta o especialista.
Para
se prevenir, a grávida pode usar repelentes naturais, como a citronela, e os
industrializados. A preferência é pelos produtos à base de dietiltoluamida
(DEET), com concentração entre 10% e 50%. Eles são considerados seguros, e
aliados à eliminação dos focos dos mosquitos, podem diminuir a exposição e
riscos de infecção da doença.
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