Embora
os dados indiquem que a população associa tal doença a pouco tempo de vida, os
avanços científicos viabilizaram novos tratamentos que permitem às pacientes
viver mais e com qualidade de vida
Embora quase a totalidade da população brasileira diga conhecer o câncer de mama, os estágios mais avançados ainda são uma incógnita para quase metade desse universo. Quatro entre dez mulheres, e seis entre dez homens, afirmam nunca ter ouvido falar sobre o câncer de mama metastático. Prova disso está no fato de que 46% da sociedade não sabe a diferença entre câncer de mama inicial e avançado. Mesmo conhecendo pouco sobre a doença, a percepção negativa associada ao câncer permanece entre a população brasileira.
Cerca de 60% dos brasileiros acreditam, equivocadamente, que o câncer é a doença que mais mata no País, seguido das enfermidades cardíacas (17%) e HIV (8%). Na realidade, a principal causa de morte no Brasil são as doenças do coração, segundo dados do Ministério da Saúde.
O sentimento de que se trata de uma doença “terminal” é evidenciado pelo fato de que 70% da sociedade a considera uma sentença de morte. Quase metade da população desconhece ou acha que não existe tratamento para o câncer de mama metastático. Entretanto, o povo brasileiro tem esperança de lutar e vencer a batalha contra o tumor. Quando perguntados sobre o tratamento, 84% acreditam que é possível diminuir os sintomas para obter uma melhor qualidade de vida, e 75%, que é viável aumentar o tempo de vida dessas pacientes se tiver acesso as terapias mais adequadas.
A pesquisa revela que 15% das mulheres com idade entre 40 e 69 anos apontam nunca terem feito uma mamografia, independentemente de onde são tratadas. No setor público, 19% das mulheres com idades entre 40 e 69 anos nunca fizeram esse exame, ante 5% das que têm convênio.
Essa é a faixa etária em que é fundamental fazer o exame para viabilizar a detecção precoce. Mas nem sempre é possível fazer esse diagnóstico em fase inicial. Na Europa, cerca de 5% a 10% dos casos são identificados na fase metastática, enquanto no sistema público brasileiro, este número chega a 50%, o que dificulta o tratamento e impacta diretamente no prognóstico da paciente.
A pesquisa faz parte da campanha Por Mais Tempo, realizada pela Femama, pelo Instituto Oncoguia e pela Roche, com objetivo de ampliar o debate sobre câncer de mama metastático na sociedade. A pesquisa entrevistou 2.907 pessoas, homens e mulheres, com idade entre 25 e 49 anos, que não tem ou nunca tiveram câncer, de todas as classes econômicas, no período de março e abril de 2015. Esse universo contempla 174 municípios, representando as cinco regiões geográficas do País.
A campanha Por Mais Tempo - www.pormaistempo.com.br - lança um novo olhar sobre o câncer de mama metastático e amplia o debate sobre a realidade dessas pacientes. A proposta dessa ativação é disseminar o conhecimento acerca dessa doença e discutir a necessidade de acesso igualitário aos tratamentos adequados para essas mulheres. Com o avanço da medicina, hoje há terapias personalizadas e específicas para alguns tipos de câncer de mama metastático que proporcionam mais tempo e qualidade de vida às pacientes. No entanto, o acesso a essas terapias é limitado. A luta é para que todas as mulheres recebam os medicamentos mais adequados e consigam, dessa forma, viver mais e melhor.
Femama – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama –www.femama.org.br.
Instituto Oncoguia -www.oncoguia.org.br.
Roche - roche.com.
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