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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Consulta Pública ajudará a definir a implementação de tratamento com Imunobiológico para Asma alérgica grave pelo SUS

A cada 18 horas, uma pessoa morre da doença no Brasil¹


Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a asma atinge cerca de 235 milhões de pessoas em todo o planeta. Só no Brasil, a doença afeta aproximadamente 20% das crianças e adolescentes.²

De acordo com o médico Pedro Bianchi, presidente regional da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) de São Paulo, tosse, falta de ar, chiado no peito e despertar noturno são alguns dos sintomas da asma. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e uma das grandes causadoras de mortes no Brasil.

De acordo com pesquisa do Datasus, realizada em agosto de 2018, uma pessoa morre a cada 18 horas em decorrência da asma no País¹. "Todas estas mortes são evitáveis. Os pacientes de asma devem deixar de lado o conformismo com a sua doença e irem em busca de uma vida normal. Para isso, é preciso consultar um alergologista ou pneumologista para saber quais medicamentos é necessário tomar", acrescenta.

A asma pode ser classificada como leve, moderada e grave. E sua gravidade é definida de acordo com a carga medicamentosa que a pessoa precisa usar para controlar a doença e, para isso, é preciso que se estabeleça uma comunicação clara e assertiva entre médico e paciente.

A asma grave afeta entre 5% e 10% da comunidade asmática e pode levar a procura 15 vezes maior aos prontos-socorros do que nas outras categorias, além de 20 vezes mais casos de hospitalização³. A asma é considerada grave quando requer doses altas de corticoide inalatório e broncodilatadores de longa ação (LABA), ou corticoide sistêmico. Também é grave a asma que permanece não controlada apesar dos tratamentos indicados pelo especialista: o paciente continua com sintomas, tem exacerbações, hospitalizações, necessita uso de corticoide sistêmico (mais que três vezes por ano) e tem função pulmonar anormal.

Pacientes que fazem o tratamento de forma correta devem levar uma vida normal. Por isso, é importante que o paciente relate sempre se está com sintomas de asma e como eles estão afetando sua vida. O especialista buscará a exclusão de diversos fatores que podem confundir a real causa dos sintomas do paciente para ter certeza de que é realmente necessário fazer ajuste no tratamento da doença.

"Muitos pacientes acreditam que, por terem asma, é normal sentir sintomas, mesmo fazendo o tratamento. Acreditam também que a doença prejudica a prática de alguns esportes, como a corrida. Mas isso não é verdade. Quem está realizando o tratamento de forma correta deve viver uma vida completamente normal", afirma o imunologista Pedro Bianchi.

É importante ressaltar que os pacientes que não aderem corretamente ao tratamento apresentam maior risco de crises de asma. Infelizmente algumas crises podem ser fatais. 

Os imunobiológicos são medicamentos de última geração e são aliados no combate à Asma grave, apresentando bons resultados no tratamento da doença. 

Entre os dias 30 de agosto e 18 de setembro estará aberta uma consulta pública para saber a opinião da população a respeito da incorporação de um medicamento biológico para o tratamento da asma grave no SUS, o Omalizumabe. Se a consulta pública tiver uma boa participação popular, os pacientes com asma grave poderão ser beneficiados e terem acesso a esse medicamento. (conitec.gov.br/consultas-publicas).


Sua asma está controlada?

Como disse Bianchi, asma controlada é sinônimo de vida normal, sem nenhum sintoma característico da doença. No entanto, muitas vezes é difícil que o paciente identifique a ausência ou não de indícios como os da asma. Para ajudar nesta percepção, a Iniciativa Global Contra a Asma (GINA) desenvolveu um simples questionário com quatro perguntas que devem ser respondidas com "sim" ou "não". Se a resposta para qualquer uma delas for a primeira alternativa, significa que a pessoa não está com a doença controlada4,5. Neste caso, é muito importante buscar um pneumologista ou alergologista para ajudar a controlar a doença.

O questionário pode ser acessado aqui.





1. Datasus – Agosto 2018.
2. Organização Mundial de Saúde, 2017.
3. Jardim Jr. Pharmacological Economics and Asthma Treatment. J Bras Pneumol 2007; 3:31
4. Site do National Heart, Lung, and Blood Institure (NHLBI) do National Institutes of Health. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/asthma#Diagnosis. Último acesso em novembro de 2018.
5. Site do National Heart, Lung, and Blood Institure (NHLBI) do National Institutes of Health. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/asthma#Signs,-Symptoms,-and-Complications. Último acesso em novembro de 2018.

Dia do Profissional de Educação Física


No dia 1º de setembro é comemorado o dia do profissional que promove a saúde e a qualidade de vida da população, o profissional de educação física. A data coincide com o dia em que a profissão foi regulamentada, em 1998, com a Lei 9696/98, na qual foram criados os Conselhos Estaduais e Federal de Educação Física. Neste dia destaca-se a importância da profissão que colabora na preparação de habilidades físicas e mentais de crianças e adultos.

As áreas de atuação são diversas, desde escolas, academias, clubes, hospitais a órgãos governamentais. O acompanhamento de um profissional de educação física durante a realização de exercícios é de primordial importância, seja no âmbito escolar ou voltado para o treinamento esportivo. Para atuar na área, é necessário ter curso superior e estar devidamente registrado no conselho profissional da categoria, pois a falta de registro configura em exercício ilegal da profissão.

Atualmente, o curso de graduação em educação física é dividido em duas modalidades: licenciatura e bacharelado. Os licenciados têm sua formação voltada para trabalhar na educação básica com aulas de educação física em escolas. Por sua vez, o bacharel atua com treinamento esportivo, reabilitação, recreação, academias e clubes esportivos.

Independentemente do campo de trabalho do licenciado ou bacharel, engana-se quem pensa que o curso de graduação consiste exclusivamente de disciplinas voltadas ao esporte. Os cursos são compostos também de disciplinas biológicas, tais como anatomia e fisiologia, bem como de sociologia do esporte, políticas públicas e gestão esportiva.

A comemoração do Dia do Profissional de Educação Física é uma grande conquista para a categoria. Demonstra a valorização de um profissional que zela pelo bem-estar e a saúde de seus alunos, contribuindo assim para uma sociedade mais forte, não só em condições físicas, mas também mentais. Um corpo são reflete positivamente em mentes melhor preparadas para o enfrentamento do cotidiano e vice-versa, contribuindo para o melhoramento da sociedade de um modo geral.




Profa. Esp. Evelyne Correia - professora dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

Luta contra sintomas da Esclerose Múltipla conta com aliados


A espasticidade é um dos sintomas mais comuns entre os afetados por essa doença que, apesar de não ter cura, conta com novos tratamentos sintomáticos


Dia 30 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), que é uma condição que afeta o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal, causando inflamação e destruição da camada protetora das fibras nervosas. Em geral, essa condição atinge pessoas de 20 a 40 anos e é mais comum na população dos países nórdicos e nas mulheres1. O histórico familiar também aumenta as chances de aparecimento da doença.

A EM faz com que as células saudáveis do corpo sejam confundidas com invasores, desta forma o sistema imunológico age para eliminá-las. Apesar de ser uma doença autoimune e sem cura, existem tratamentos para melhorar a rotina dos pacientes que conviverão com os sintomas decorrentes desse problema por toda a vida.


Sintomas

Os sintomas mais comuns são disfunções sensoriais e motoras, tais como espasmos musculares, fraqueza crônica e paralisia nas pernas, aparecendo em 40 e 39% dos casos, respectivamente2, além de visão turva, falta de equilíbrio e problemas de cognição.  Estes também podem variar, uma vez que nem todas as pessoas apresentam os mesmos sintomas, o que dificulta o diagnóstico preciso de forma rápida.

Já a espasticidade – contração involuntária e excessiva dos músculos– é o problema mais comum entre os diagnosticados com EM. Sabe-se que no Brasil existem cerca de 35 mil pessoas diagnosticadas com a doença, e 84% dessas poderão sofrer com a espasticidade, o que acarreta em grandes reduções da mobilidade3

A EM tem efeitos devastadores em todas as áreas da vida dos pacientes, principalmente por ser uma doença agressiva que, em seus casos mais complexos, impede relações sociais e tira a independência de quem é diagnosticado. Centros urbanos não adaptados e uma sociedade não preparada para lidar com estas limitações dificultam ainda mais a vida dos pacientes.


Tratamento 

Apesar da EM não ter cura, existem tratamentos que evitam a progressão da doença por meio do controle das crises. Tudo é feito com acompanhamento constante e varia em cada caso e estágio em que a enfermidade se encontra. Consultas regulares ao médico neurologista é rotina frequente na vida dos pacientes.

Os tratamentos contra a espasticidade incluem o uso de bloqueadores nervosos, toxina botulínica e sedativos, sejam injetados diretamente no músculo ou por medicação oral. Os pacientes que não demonstram estabilidade da espasticidade podem ser submetidos à novos tratamentos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o primeiro medicamento à base de canabinoides (derivado da Cannabis Sativa) contra a espasticidade. Indicado como tratamento para melhoria dos sintomas de pacientes adultos com espasticidade devido à esclerose múltipla (EM) que não responderam adequadamente a outra medicação antiespástica.




Ipsen 





Referências  
1.   ABEM. O mapa da esclerose múltipla. Disponível em: <http://abem.org.br/o-mapa-da-esclerose-multipla> Acesso em: 24/07/2019.
2.   Disponível em Associação Brasileira de Esclerose Múltipla Website. Acesso em 05/05/2018.
3.   Rizzo MA, et al. Prevalence and treatment of spasticity reported by multiple sclerosis patients. Multiple Sclerosis 2004;10:589/595.


Cientistas descobrem moléculas que ajudam a espalhar o câncer de pâncreas rapidamente


 Estudo busca forma de conter os níveis da perlecan no organismo



Os resultados do estudo realizado pelo Instituto Garvan de Pesquisa Médica da Austrália foram publicados recentemente na revista Nature Communications e abordados e na revista Cosmos e no site ScienceDaily. A pesquisa mostra como as células agressivas do câncer de pâncreas se espalham para as outras partes do corpo. Os especialistas descobriram que uma molécula denominada perlecan contribui para a proliferação do câncer e dificulta a ação da quimioterapia.

O câncer de pâncreas é um dos tumores mais letais, sendo a terceira causa de morte nos EUA e a sétima no Brasil. A sobrevida não chega a 5% dos casos, segundo dados da American Cancer Society. O gastrocirurgião Marcos Belotto, do Hospital Sírio Libanês, destaca que "o diagnóstico da grande maioria dos casos de tumor no pâncreas é feito tardiamente e por isso se torna inoperável, além de ser um dos tumores mais agressivos e com poucos resultados positivos aos tratamentos".

Os pesquisadores observaram que, em camundongos, alguns tumores pancreáticos produzem uma quantidade acima do normal da molécula perlecan que remodela o ambiente fazendo uma reeducação das células vizinhas, assim as células cancerígenas se alastram mais facilmente e ficam protegidas contra tratamentos quimioterápicos.

A descoberta pode fornecer um caminho promissor para as opções de tratamento mais efetivos contra o câncer de pâncreas e outros tipos de doenças. Os cientistas acreditam que esta abordagem para redução dos níveis de perlecan irá melhorar a eficiência da quimioterapia e poderá ajudar a reduzir a progressão e a disseminação do tumor.





Fonte: Dr. Marcos Belotto - especialista em gastro-oncologia. Atua como médico chefe da cirurgia e médico do Núcleo de Fígado do Hospital Sírio-Libanês, além de ter sua própria clínica e ser professor na Santa Casa.

Cirurgia bariátrica não pode ser entendida como uma questão estética, diz especialista


 Dados revelam crescimento dos números de procedimentos para redução de estômago no Brasil


Uma pesquisa recém divulgada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) apontam para o crescimento no volume de intervenções realizadas no Brasil: houve um salto de 85% na quantidade de procedimentos feitos entre 2011 e 2018. Ao todo, a entidade estima que nos 7 anos contabilizados, 424.682 realizaram a chamada redução de estômago. Ainda de acordo SBCBM, no Brasil estima-se que 13,6 milhões de pessoas têm o perfil para se submeter ao procedimento.

Essa realidade é reforçada por dados do Ministério da Saúde: uma em cada cinco brasileiros está acima do peso. Atualmente, a obesidade é uma das condições de saúde mais presentes na população e está relacionada tanto a fatores genéticos quanto hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação desequilibrada e sedentarismo.

De acordo com o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, contudo é preciso alertar a população sobre os critérios que tornam uma pessoa elegível à intervenção. Um dos fatores limitantes e essenciais para a realização da cirurgia está relacionado ao perfil de paciente.

"A redução de estômago é recomendada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 40, ou maior que 35, desde que possuam um conjunto de doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão e dislipidemias (anomalias dos lipídios no sangue). Além disso, a cirurgia também é recomendada para pacientes com o IMC maior que 30 com diabetes de difícil controle", explica o médico.


Saúde x Estética

A imagem mais esbelta e a busca por padrões de medida tidos como os ideais salta aos olhos de quem desconhece o tema a fundo. Nas mídias sociais, páginas de pessoas que obtiveram rápida perda de peso ressaltam o apelo visual como principal fator de referência sobre o tema. No entanto, o Dr. Thales alerta que é preciso cautela para que a redução de estômago não seja encarada como uma mera cirurgia estética.

"Conceitualmente, a beleza deve ser o último fator para o paciente procurar a cirurgia bariátrica. Por conta de todos os riscos presentes no diagnóstico, a qualidade de vida deve ser priorizada", explica o médico.

Caso o paciente opte por realizar a redução de estômago, é necessário reforçar que a cirurgia não é a única ação a ser tomada para o início de uma vida mais saudável. O paciente deve buscar acompanhamento de uma equipe multidisciplinar que vai além do cirurgião e inclua ainda cardiologista, nutricionista, endocrinologista, fisioterapeuta, pneumologista e psicólogo. Desta forma, o apoio pré e pós o procedimento cirúrgico estará garantido.


Médico epidemiologista da FGV EMAp explica a importância da vacinação


O pesquisador e médico epidemiologista Claudio Struchiner, da FGV EMAp, avisa que a recusa à vacinação, no Brasil e em vários outros países, abre caminho para epidemias e pandemias, como a do sarampo. Segundo o pesquisador, esse fenômeno cresce no país devido a argumentações religiosas e a uma onda de fake news, classificada pelo especialista como "epidemia de desinformação". Entretanto, outros fatores além da desinformação também mostram-se relacionados à recusa à vacinação.

"Um contingente populacional tem se recusado a se vacinar porque acredita que isso pode causar algum mal. No entanto, mesmo em imunizações onde o cidadão recebe o vírus vivo atenuado, o risco de ocorrer doenças é raríssimo. Neste caso, só pessoas com doenças autoimunes e aquelas que apresentam alergias aos componentes da vacina não devem receber a vacinação", explica Claudio Struchiner.

O especialista ressalta que um número significativo de doenças pode ser controlado por meio de vacinas. Segundo Struchiner, o caso mais emblemático é o da gripe Influenza. "A multiplicação viral na ausência da vacinação possibilita mutações e alterações do vírus. Esta condição aumenta as chances de que surjam novas manifestações da doença, incluindo suas formas mais graves", esclarece o pesquisador e médico epidemiologista da FGV EMAp.

Claudio Struchiner observa que uma característica do vírus influenza é a sua alta taxa de mutação. De acordo com o especialista, a cada ciclo/nova estação do ano o vírus se modifica em relação às anteriores. "Por esse motivo, antes de cada estação, coletamos os vírus circulantes, os identificamos e usamos as informações detectadas para a fabricação da vacina", assegura Struchiner.

O médico epidemiologista, no entanto, reconhece que não é possível conseguir a cobertura completa contra todos os variantes virais. "A vacina tem em sua constituição os variantes mais frequentes. No entanto, ainda existe um limite para o número total de variantes na composição vacinal, limitação esta que tem diminuído com o tempo ", observa Struchiner.

EMDR, método criado para tratar veteranos de guerra, pode evitar o suicídio


Abordagem criada para tratar traumas nos EUA já é difundida no Brasil e pode ser a chave para suicidas


Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio em algum lugar do mundo. Mais de 800 mil pessoas se matam todos os anos. O suicídio foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016. "Para cada morte, há ainda um número maior de pessoas que tentam o suicídio e a tentativa prévia é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral", diz Sirley Bittu, psicóloga e vice-presidente da Associação Brasileira de EMDR, que difunde pelo Brasil a abordagem criada nos anos 90 nos EUA e recomendada pela Organização Mundial da Saúde para tratamento de traumas. "O EMDR como forma de prevenir as tentativas de suicídio já se mostrou eficaz também", afirma Sirley.

O EMDR é uma forma de psicoterapia eficaz na prevenção do suicídio, pois permite ao paciente identificar, elaborar e superar traumas e eventos adversos que contribuem para uma visão pessimista e sem esperança da própria vida. Quando uma situação traumática acontece, a pessoa fica presa no momento do evento, flashbacks, pesadelos e insônias são sintomas frequentes, que denunciam a dificuldade de elaborar a situação vivenciada. Com o EMDR o paciente é ajudado a integrar essa memória à sua biografia, tornando-se parte de sua história e não mais de seu presente.

Com o EMDR é possível desenvolver e ampliar a capacidade de tolerância emocional e consequente resiliência, ajudando a desenvolver adultos, crianças e jovens mais saudáveis com capacidade de se auto acalmar, lidar com suas emoções, ter uma perspectiva positiva, interagir e se vincular corretamente e se tornar um membro produtivo da sociedade.

Vários suicídios ocorrem de forma impulsiva em momento de crise, como um colapso na capacidade de lidar com os estresses da vida – como términos de relacionamento, doenças, dores crônicas, problemas financeiros e lutos. Além disso, o enfrentamento de conflitos, desastres, violência física ou emocional, abusos e um senso de isolamento estão fortemente associados com o comportamento suicida. As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis que sofrem discriminação e pessoas privadas de liberdade.

A resiliência emocional, ou capacidade de lidar com eventos e situações adversas é decorrente dos recursos internos que o indivíduo possui. Esses recursos são construídos pelas experiências positivas, relacionamentos, respaldo e apoio emocional. A segurança interna e autoestima, nascem desse processo. A ansiedade demasiada, o descontrole emocional, o entendimento de que não há mais saída, surge quando a pessoa se sente ameaçada, sem recursos e não consegue vislumbrar uma resolução possível para a dificuldade que está enfrentando. "Somos o resultado de nossa história e da nossa capacidade de lidar com ela. Entendemos o Suicídio como sinal de um sofrimento interno insuportável que leva o indivíduo a tentar diminuir a própria dor, paradoxalmente, acabando com a própria vida", explica Sirley.


Como funciona o EMDR:

O tratamento com EMDR – que só pode ser aplicado por psicólogos e médicos com formação específica em psicoterapia EMDR - age rápido, em apenas algumas sessões e utiliza um protocolo de oito fases que deve ser seguido à risca para que o paciente tenha acesso a todos os pilares da memória que são necessários para reprocessar os traumas (imagens, crenças negativas, emoções e sensações corporais). Ao se aplicar o estímulo visual, auditivo e/ou tátil no tratamento de EMDR, que promove a dessensibilização e reprocessamento das experiências negativas, se instiga a rede onde ficou presa a lembrança, permitindo a busca de informações em outras redes neurológicas onde a vítima pode encontrar o que precisa para compreender o que aconteceu naquele momento traumático.

"Cada série de movimentos continua soltando a informação perturbadora e acelera essa informação através de um caminho adaptativo até que os pensamentos, sentimentos, imagens e emoções tenham se dissipado e são espontaneamente substituídos por uma atitude positiva.", explica Sirley. "Quando a pessoa passa pelo processo terapêutico, adquire uma consciência emocional e consegue direcionar sua vida para resgates significativos da vida."


Sobre a Associação Brasileira de EMDR

Fundada em 2008, a Associação Brasileira de EMDR é composta por psicólogos e médicos com formação em EMDR e tem seus treinadores e facilitadores de treinamentos reconhecidos pelo EMDR Institute (EUA) e EMDRIA (EUA). As Empresas vinculadas à Associação, EMDR Treinamento e Consultoria, dirigida pela ProfªDra Esly Carvalho, a Empresa Espaço da Mente, dirigida pelo Prof. Dr. André Monteiro e a Empresa Equilíbrio Mente Corpo, dirigida pela ProfªDrªAna Lúcia Castello promovem cursos homologados em todo o país para formação nesta metodologia e a Associação Brasileira de EMDR tem procurado difundir o EMDR em todo o Brasil. Procure um profissional www.emdr.org.br

Paternidade tardia também é um risco: contagem e qualidade dos espermatozoides diminui com o tempo

Essa é uma das conclusões de estudo apresentado em encontro da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, na Áustria. Taxa de gravidez reduz com avanço da idade paterna

O debate sobre maternidade tardia há tempos extrapolou a comunidade médica e faz parte das discussões cotidianas. Os avanços científicos permitiram adiar o sonho de ser mãe, mas sem deixar de lado as questões que envolvem a maternidade em idade mais avançada.

E quanto à paternidade tardia?

Até então acreditava-se que para os homens não haveria consequências no adiamento da decisão de ter filhos. Entretanto, a ciência tem demonstrado que as células reprodutoras masculinas também são afetadas pelo avanço da idade.

Esse foi um dos pontos destacados em estudo apresentado em junho no encontro anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia, em Viena, na Áustria. Uma das conclusões foi que a contagem e qualidade dos espermatozoides diminui com o tempo – em especial a partir dos 51 anos. O trabalho foi conduzido pelo Instituto de Saúde da Mulher da University College London, na Inglaterra, realizado com tratamentos de fertilização in vitro e demonstrou que a taxa de gravidez diminuiu com o aumento da idade paterna.

“Há tempos a mulher que busca a maternidade preocupa-se com o avanço da idade e esse estudo é um alerta também para os homens que adiam a paternidade”, avisa a médica e ginecologista especializada em reprodução humana Silvana Chedid, que participou do encontro internacional. Ela comenta que no grupo de homens até 35 anos as taxas de gravidez são de 49,9%, passando para 30,5% nos homens com mais de 51 anos. “Acima dessa idade, somente 42% dos homens tinham contagem de espermatozoide dentro da faixa considerada saudável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com mais de 39 milhões no volume total ejaculado”. Entre os mais jovens, o índice é de cerca de 61%.


Desinformação e vergonha permeiam relação dos jovens com a depressão


Pesquisa nacional realizada pelo IBOPE Conecta aponta que tabus sobre a doença persistem sobretudo entre os mais novos e os homens, afastando muitos pacientes do tratamento


Os jovens brasileiros sabem pouco sobre a depressão, sentem vergonha de falar sobre o assunto e não estão convencidos sobre a importância do tratamento. Essas são algumas das conclusões da pesquisa Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a Saúde Mental, aplicada pelo IBOPE Conecta a 2 mil brasileiros, a partir dos 13 anos de idade, em diferentes regiões metropolitanas do País: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Fortaleza. Em São Paulo, a amostra de entrevistados foi colhida na capital.

O levantamento faz parte de uma ampla investigação sobre o cenário da depressão no Brasil. E a resposta a essa realidade, permeada por mitos e desinformação sobre a doença, é o lançamento da campanha "Na Direção da Vida – Depressão sem Tabu", conduzida pela Upjohn – divisão focada em doenças crônicas não-transmissíveis – e pela área de Medicina Interna da Pfizer. A iniciativa tem o apoio da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA) e conta com a participação do Centro de Valorização da Vida (CVV).

"Verificar o quanto existe de desconhecimento e vergonha sobre a depressão entre os jovens brasileiros é muito preocupante porque a doença representa um dos diagnósticos mais frequentes entre as pessoas que tiram a própria vida. E temos visto, nos últimos anos, o quanto as taxas de suicídio estão aumentando justamente na população mais jovem", afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.

Os mitos associados à origem da depressão são, de fato, muito mais evidentes nas faixas etárias mais jovens contempladas pela pesquisa. Mais de um a cada quatro entrevistados do grupo de 18 a 24 anos (26%) considera, por exemplo, que se trata de uma "doença da alma". Por outro lado, a porcentagem de pessoas que compartilham dessa percepção cai para 15% entre aqueles com 55 anos ou mais de idade.

Apesar de entenderem que a depressão tem tratamento (71%), a faixa etária dos 18 aos 24 anos é a que expressa a menor confiança. Quase um terço desses jovens (29%) não está totalmente convencido de que a depressão é uma doença como qualquer outra, que pode ser tratada com sucesso. Já entre os entrevistados mais velhos, com 55 anos ou mais, esse porcentual cai para 18%. O dado de São Paulo também chama a atenção: 26% dos internautas paulistanos têm dúvidas ou desacreditam na chance de tratar a doença com sucesso.

Quando se analisa o panorama entre os entrevistados ainda mais jovens, de 13 a 17 anos, a situação também é preocupante. Mais de um a cada cinco (23%) acredita, por exemplo, que não existem sintomas físicos na depressão porque ela seria "apenas um momento de tristeza" e não uma doença. "Essa percepção equivocada reforça a importância de um amplo trabalho de conscientização no Brasil. Posicionar a depressão como doença, para a qual existe tratamento, é importante porque ajuda a encorajar o paciente e legitima a sua busca por ajuda", explica Elizabeth Bilevicius, líder médica da Upjohn, divisão da Pfizer focada em doenças crônicas não transmissíveis.


Jovens: vergonha e silêncio

A desinformação sobre a depressão alimenta o estigma e a vergonha que o paciente sente. Não por acaso, os jovens demonstram constrangimento para falar do assunto na escola ou trabalho e, até mesmo, com pessoas do convívio próximo: 39% dos adolescentes de 13 a 17 anos dizem que não se sentiriam à vontade para dividir o problema com a família caso recebessem um diagnóstico de depressão, um porcentual bastante acima da taxa média verificada na amostra total de entrevistados, que foi de 22%, como indica a tabela abaixo:


Se você recebesse um diagnóstico de depressão, se sentiria à vontade para falar sobre isso com a sua família?

IDADE
TOTAL
13-17
18-24
25-34
35-54
55 OU MAIS
Sim
78%
61%
75%
70%
85%
89%
Não
22%
39%
25%
30%
15%
11%


Entre os jovens de 18 a 24 anos, o silêncio sobre a depressão também é uma defesa para a falta de confiança que eles sentem em seu entorno social: a maioria dos entrevistados dessa faixa etária, ou 56% do grupo, declara que também não se sentiria à vontade para contar sobre um diagnóstico de depressão no trabalho ou na escola, um porcentual que cai para 28% entre a população de 55 anos ou mais de idade. Considerando a amostra total da pesquisa, 44% dos entrevistados expressam esse mesmo comportamento.


Se você recebesse um diagnóstico de depressão, você se sentiria à vontade para falar sobre isso no seu trabalho e/ou escola?
IDADE
TOTAL
13-17
18-24
25-34
35-54
55 OU MAIS
Sim
56%
51%
44%
51%
60%
72%
Não
44%
49%
56%
49%
40%
28%


O principal motivo que levaria o grupo de 18 a 24 anos a esconder a doença no ambiente profissional seria a percepção de que seus colegas não costumam levar a depressão a sério e, portanto, poderiam não acreditar que a pessoa está realmente doente. Já em São Paulo, 40% dos entrevistados dizem que a principal motivação para essa omissão seria o fato de sentirem vergonha de admitir um eventual diagnóstico de depressão.

Ainda em relação aos entrevistados de São Paulo, mais de um em cada cinco (23%) afirma que, caso tivesse de visitar um psiquiatra, iria à consulta sem contar a ninguém. Esse porcentual chega a 25% entre aqueles de 25 a 34 anos. Além disso, 12% dos entrevistados do grupo mais jovem, de 13 a 17 anos, dizem que não iriam ao psiquiatra nem mesmo se recebessem o encaminhamento de um outro médico. No grupo de 25 a 34 anos, 31% daqueles que não iriam ao psiquiatra mesmo com uma recomendação acreditam que esse profissional trata doenças mais graves e que a depressão não seria algo tão sério.

Se você respondeu que não iria ao psiquiatra mesmo com um encaminhamento médico qual seria o motivo para essa decisão?


IDADE
TOTAL
13-17
18-24
25-34
35-54
55 OU +
Prefiro tentar outros tipos de apoio, como falar com meus amigos
40%
70%
21%
38%
39%
47%
Tenho receio que o médico me receite remédios fortes
21%
-
26%
15%
29%
11%
Acho que o psiquiatra trata doenças mentais mais graves e depressão não é algo tão sério
21%
-
16%
31%
21%
26%
Não quero ser vista como uma pessoa desequilibrada
15%
-
16%
15%
20%
5%
Tenho vergonha
6%
-
21%
-
5%
-
Nenhuma das anteriores
31%
30%
47%
23%
25%
37%


Os adolescentes de 13 a 17 anos também são os que se mostram mais resistentes diante do tratamento para a depressão: 34% desses entrevistados dizem que não tomariam antidepressivos mesmo que o médico as prescrevesse. 
E 23% dos participantes de 18 a 24 anos teriam essa mesma atitude. "Essa resistência está associada a um profundo desconhecimento sobre os antidepressivos mais modernos. Vale lembrar que estamos falando de uma doença de elevado potencial incapacitante, que pode ser associada a um desfecho trágico, que é o suicídio, mas que pode e deve ser tratada", destaca Márjori.


Homens: tabus e desinformação

Se entre os jovens ouvidos pela pesquisa a vergonha diante da depressão se destaca, os homens formam um outro público que merece mais atenção porque, entre eles, os tabus ligados à doença ganham força. Quando perguntados sobre a relação da depressão com a falta de fé, por exemplo, 30% dos homens ou indicam que essa associação é verdadeira ou afirmam que não sabem avaliar sua veracidade. Entre as mulheres, por outro lado, esse porcentual cai para 17%. Esse mito, em particular, também se destaca entre os entrevistados mais velhos, assim como é mais evidente entre os participantes de Fortaleza.

A maioria dos homens também não está convencida de que ter uma atitude positiva e alegria de viver não são suficientes para vencer a depressão. Questionados sobre isso, 55% dos entrevistados do sexo masculino ou acreditam que essas atitudes bastam ou não sabem opinar. Menos da metade, ou 46% da amostra, tem a informação de que se trata de um mito. Além disso, para quase um terço desses entrevistados não está claro que a depressão não é mero sinal de fraqueza ou pouca força de vontade: 29% deles ou acreditam nesse mito ou, pelo menos, estão em dúvida sobre essa afirmação.

Assim como as mulheres, os homens também acreditam que é possível superar a depressão. Mas o suporte médico é menos valorizado por eles: quando perguntados sobre as formas mais importantes de vencer a doença, o acompanhamento médico aparece em terceiro lugar, ao passo que essa estratégia surge na segunda posição para o público feminino. Para ambos, o acompanhamento psicológico é o fator mais citado e, entre os homens, a prática regular de exercícios físicos se destaca também, em segundo lugar.

Questionados especificamente sobre o tratamento medicamentoso, os homens também se mostram mais resistentes do que as entrevistadas. Pelo menos um a cada cinco (21% da amostra) diz que não tomaria antidepressivos mesmo que o médico prescrevesse, um porcentual que cai para 16% entre as mulheres. "Esse é um sinal de alerta muito importante se considerarmos que os homens compreendem a maior parte dos casos de suicídio e a maioria dessas vítimas sofria de transtornos mentais, como a depressão", reforça Márjori.


Antidepressivos: um amplo desconhecimento

Mais do que indicar a presença de muitos mitos associados à depressão no Brasil, a pesquisa revela um forte desconhecimento a respeito dos antidepressivos. Só 29% dos jovens de 18 a 24 anos discordam, por exemplo, da falsa afirmação de que os medicamentos mais modernos seriam menos eficazes, uma vez que tendem a provocar menos efeitos colaterais. A maioria, ou 61% desse grupo, não sabe opinar sobre esse assunto.

Entre os adolescentes de 13 a 17 anos, grande parte também não está convencida da eficácia dos antidepressivos. Metade deles fica em dúvida quando está diante da seguinte sentença falsa: "a maioria dos antidepressivos não funciona". Os mais velhos estão melhor informados sobre essa questão e 58% das pessoas do grupo de 55 anos ou mais discordam dessa frase.

Ainda em relação aos atributos dos antidepressivos, um em cada quatro entrevistados está convencido de que esses medicamentos poderiam "viciar o organismo". Apenas 41% das pessoas da amostra geral da pesquisa discordam dessa informação. Em São Paulo, 59% dos participantes ou acreditam que essa afirmação é verdadeira ou não sabem responder.

Outros mitos populares, como a ideia de que todos os antidepressivos provocam ganho de peso, também aparecem no levantamento. Considerando a amostra total de entrevistados, 55% das pessoas ou concordam com essa afirmação ou não sabem avaliar se ela é verdadeira. Da mesma forma, para 61% dos participantes não está claro se todos os medicamentos usados no tratamento da depressão podem provocar a queda da libido. Só 14% dos ouvidos discordam da ideia de que os antidepressivos poderiam atrapalhar a concentração.

"Na verdade, tanto a falta de concentração como a queda da libido podem ser sintomas do próprio quadro depressivo. Assim, ajustar a medicação adequada para o perfil de cada pessoa é um caminho importante para auxiliar a restabelecer a funcionalidade desse paciente", destaca Elizabeth.


Suicídio e o papel do psiquiatra

Os resultados da pesquisa indicam que a figura do psiquiatra começa a ganhar força nas faixas etárias mais maduras, acima de 35 anos. O público mais velho também tende a ter mais informações sobre os antidepressivos. Entre as pessoas com 55 anos ou mais, buscar um psiquiatra seria a primeira medida a tomar diante de um quadro de depressão grave, incapacitante. Em todas as outras faixas etárias, porém, é o auxílio psicológico que aparece em primeiro lugar. Em São Paulo, contudo, as pessoas disseram que inicialmente conversariam com um familiar: o psiquiatra aparece em terceira posição, depois do psicólogo.

Quando a pergunta é sobre o profissional mais indicado para tratar a depressão, mais uma vez a figura do psicólogo aparece, mencionado por 57% da amostra geral e por 80% dos jovens de 13 a 17 anos. Na comparação entre as regiões pesquisadas, apenas em Porto Alegre (RS) a menção ao psiquiatra prevalece. "As pessoas tendem a subestimar a depressão, como se ela fosse menos importante ou grave que outros transtornos mentais. Por isso, existe naturalmente uma resistência e um estigma associado à consulta com o psiquiatra", comenta Márjori. "Certamente o psicólogo tem um papel muito importante no acompanhamento do paciente com depressão, mas o psiquiatra é o profissional habilitado a estabelecer o diagnóstico e tratamento medicamentoso adequados".

Entre os participantes mais velhos, porém, o psiquiatra é destaque quando os entrevistados são convidados a pensar sobre como agiriam diante de alguém que estivesse convencido de que a vida não vale a pena e pensasse na morte como uma solução. Buscar o suporte desse profissional especializado seria a primeira recomendação do grupo com 55 anos ou mais para essa pessoa. A maioria da amostra, contudo, responde que se oferecia para conversar sem julgar. Por outro lado, 28% dos homens diriam para o indivíduo "não pensar em bobagens". Em Fortaleza, quase uma a cada quatro (23%)recomendaria que a pessoa buscasse uma religião.

A dificuldade em lidar com a temática do suicídio também se evidencia em diferentes pontos da pesquisa. Para 22% dos entrevistados, o assunto ainda é um tabu no Brasil e as pessoas deveriam falar mais abertamente sobre essa questão. Mais de 4 a cada 10 participantes afirmam que já conheceram alguém que tirou a própria vida e o porcentual chega a 51% em Belo Horizonte. "Esses dados apontam o quanto ainda existe espaço para fortalecer essa discussão junto à população, como forma de estimular uma conversa franca sobre a saúde mental com toda a sociedade", completa Márjori.


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