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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Câncer de próstata: exame de toque e PSA são altamente recomendados para homens com mais de 50 anos



Especialista diz que, diante de suspeita de câncer, ultrassom transretal, biópsia e até ressonância magnética costumam ser realizados


O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado surgiram mais de 60 mil novos casos da doença. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer chega a 96% e se apoia fortemente no diagnóstico precoce. Daí a importância de campanhas que estimulem homens com mais de 50 anos a fazer anualmente exames de toque e PSA.

Para a investigação de câncer de próstata, o exame de toque não oferece altas taxas de sensibilidade quando realizado isoladamente. Por outro lado, quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de acerto no diagnóstico. Por isso é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratorial. Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata. De acordo com o médico urologista e ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, é fundamental que homens entre 50 e 75 anos se submetam a esse simples rastreamento todos os anos. 

“Pesquisa realizada em nosso serviço mostrou casos de pacientes com exame de toque alterado, ou seja, evidenciando nódulo, mas que apresentavam um PSA dentro dos limites de normalidade. Nestes casos, a ultrassonografia transretal confirmou a presença do nódulo e a biópsia diagnosticou câncer. Isso ressalta a extrema importância do exame de toque. Sabemos que o habitual é ocorrer alteração do PSA, mas há casos em que isso não acontece. Essa pesquisa foi apresentada no Congresso Sul Brasileiro de Urologia no ano passado”, diz Piber.

Conhecer os fatores de risco para o câncer de próstata contribui muito para evitar negligência ou alarmismo, garante o médico. “A maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigação diagnóstica deve acontecer entre 50 e 75 anos. Quando há parentes diretos que já enfrentaram a doença, é recomendado iniciar os exames anuais mais cedo, a partir dos 40 anos. Trata-se também de um tipo de câncer particularmente agressivo para homens obesos ou com uma dieta rica em gorduras”. 

Piber afirma que, quando a análise do sangue detecta alteração importante, normalmente o médico do paciente solicita novos exames de imagem para eventualmente diagnosticar o câncer de próstata em fase inicial, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no começo. “O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidades no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar quando há risco. Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção, ou ainda pelo aumento benigno da glândula prostática. Daí a importância de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, considerando idade, histórico familiar, medicamentos de uso contínuo e até mesmo determinados suplementos que afetam o tamanho da próstata”.

Quando o toque retal e o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Leonardo Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstico preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonância magnética também costuma ser empregada para sabermos a localização exata do tumor, bem como se ele se espalhou pela próstata”.  Independentemente dos exames que serão realizados, o médico chama atenção para o fato de que inicialmente a doença costuma ser assintomática, ou seja, não apresenta sintomas relevantes. Mesmo assim, o paciente pode começar a sentir dificuldade ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalmente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, verificar sangue na urina, e sentir dor persistente nas costas ou nos quadris.

“Em casos mais graves, quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generalizada, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal. Por se tratar de uma doença com ótimo prognóstico quando diagnosticada e tratada logo no início, é importante que os homens levem a sério os exames preventivos, principalmente essa dobradinha entre toque retal e exame de PSA assim que atingem a meia-idade”, adverte o médico especialista.




Fonte: Dr. Leonardo Piber - médico urologista e ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo (www.cdb.com.br ) e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.




Alerta sobre balões cresce 33% e especialista aponta perigos



Foram 295 notificações registradas em 2017 contra 221 em 2016


Os céus do país estão cada vez mais perigosos para o transporte aéreo. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes) registrou aumento de 33% no número de alertas sobre balões nos seis primeiros meses de 2017 em comparação com igual período de 2016. Neste ano, o órgão anotou 295 notificações sobre balões próximos a aeronaves, contra 221 anotações no ano passado.

O período das festividades juninas deve ampliar ainda mais os alertas sobre esses artefatos na rota das aeronaves. “Além da possibilidade de interromper o tráfego aéreo em um aeroporto, causando adiamento de pousos e decolagens, as unidades menores podem não ser detectadas por radares e aumentar ainda mais os riscos de colisão com aeronaves”, alerta Shailon Ian, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e presidente da Vinci Aeronáutica.

O aumento no registro de balões nas rotas provocou prejuízos para o país. O Brasil já foi colocado em uma lista na área de aviação aeronáutica onde figuram países em zona de guerra. O espaço aéreo brasileiro foi classificado pela Federação Internacional de Pilotos Comerciais (Ifalpa, na sigla em inglês) como “criticamente deficiente”. “A imprudência de algumas pessoas pode provocar tragédias no setor aéreo do país”, sentencia o especialista

Para Shailon Ian, o aumento de notificações de balões ajuda os pilotos durante os voos, mas pode provocar impactos nos custos das operações das companhias. Com o crescimento dos riscos, as empresas seguradoras também analisarão o quesito na hora de renovação do contrato. “Mesmo sem registros de incidentes, o consumidor pagará a conta dessas pessoas que provocam um grande risco para a sociedade”, aponta o engenheiro.

Impactos ambientais - De incêndios de grandes proporções em áreas urbanas a queimadas em áreas verdes de difícil combate, a soltura de balões pode provocar prejuízos incalculáveis às pessoas e também ao meio ambiente, à natureza.

O Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), diz que as queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causando o empobrecimento do solo e reduzindo a penetração de água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente. “Além da destruição imediata, o local atingido pelo fogo sofre com outras sérias consequências. O desaparecimento de determinadas espécies, animal ou vegetal, acaba desencadeando outros problemas e ameaça seriamente a nossa biodiversidade”, alerta Puorto.

Proibida desde 1998, a prática de soltar balões é considerada crime ambiental, com pena de até três anos de detenção e pagamento de multa. “No entanto, só a lei não inibe a ação dos baloeiros. Por isso, é importante maior rigor no combate à prática, principalmente por meio de denúncias, até mesmo em casos apenas de suspeita”, defende o Biólogo






Shailon Ian - Formado como engenheiro aeroespacial do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – a escola PREMIER no Brasil para o setor aeroespacial e aeronáutico – Shailon Ian serviu como tenente durante 5 anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e teve a oportunidade de trabalhar em mais de 200 auditorias de aeronaves e empresas em todo o mundo. Depois de deixar a organização, ele atendeu clientes na área privada, trabalhando com todas as marcas e modelos de aeronaves e helicópteros corporativos. Desde 2014 é presidente e fundador da Vinci Aeronáutica.




7 Dicas para manter seu bebê aquecido, seguro e saudável durante o inverno



O inverno mal começou e as dúvidas e preocupações com febre, gripe, resfriado, conjuntivite, dor de garganta e uma série de viroses respiratórias já é rotina para pais e cuidadores. Tudo é intensificado no inverno, e as temperaturas mais baixas geralmente indicam a necessidade de uma supervalorização da fragilidade dos pequenos. O que não deixa de ser verdade, basta observar os prontos-socorros, clínicas e hospitais lotados neste período.

Para dirimir dúvidas e auxiliar a melhor conduta de pais e cuidadores, o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria, especialista pela Unifesp e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, selecionou as principais dúvidas recebidas em seu consultório e lista algumas dicas para ajudar a proteger as crianças no inverno:


1 - Manter o nariz limpo - Bebês com menos de 1 ano de idade tendem a respirar quase que exclusivamente pelo nariz e, por isso, é importante mantê-lo sempre limpo. O uso de soro fisiológico para limpar o nariz do bebê evita a desidratação e a formação de crostas no canal, além de impedir que agentes infecciosos que circulam no ar entrem em contato com a mucosa e o organismo do bebê. 


2 - Banho do bebê no frio - Nos dias mais frios, por mais que queiramos manter os bebês quentinhos, o banho não deve durar mais que 10 minutos e a temperatura da água não pode ultrapassar os 37°C. Tudo isso ajuda a prevenir o resfriamento do corpo, que pode prejudicar a saúde do bebê.

No preparo do banho, pré-aqueça o ambiente, mantenha portas e janelas fechadas, evitando assim a corrente de ar. Deixe a troca de roupa bem próximo para que o bebê não circule pela casa sem estar devidamente agasalhado.

No inverno, o ressecamento da pele é frequente e um dos motivos pode ser a temperatura inadequada do banho. Por isso, mantenha a água em 37°C.


3 - Vestir o bebê para o frio – É importante que os pais fiquem atentos quanto à vestimenta escolhida para o dia, isso porque os pequenos transpiram bastante e a quantidade de roupa pode incomodá-los, tanto por estarem com calor como com frio, devido ao suor que esfriou e molhou as peças. Às vezes, a irritação e o choro sem motivo aparente têm apenas uma causa: o excesso de roupas.  

Na hora de dormir, mesmo sendo genuína a preocupação em agasalhar os filhos para que tenham um sono tranquilo e quentinho, cuidado para não deixar mantas ou gorros próximos ao bebê, evitando que durante a madrugada, caso ele acorde ou role no berço, não se sufoque com estas peças de roupas. 


4 – Vacinação em dia – Nesta época do ano, com poucas chuvas e o ar mais seco, crianças e bebês são alvos comuns de gripes e resfriados. Isso porque o organismo dos pequenos ainda tem um sistema imunológico imaturo, podendo sofrer ataques de agentes infecciosos ao sistema respiratório. Nestas situações, procure sempre um pediatra para uma avaliação mais criteriosa e diagnóstico precoce. Vale lembrar ainda que é imprescindível manter a vacinação em dia, desde o primeiro mês do recém-nascido, para maximizar o potencial protetor para a criança.


5 – Aquecedores e vaporizadores - Quanto ao uso de vaporizadores no quarto, não há problema, pois o aparelho poderá ajudar os pequenos a respirar melhor. Já os aquecedores a óleo, aquecidos por uma resistência elétrica no interior do aparelho para gerar calor, são a melhor opção por disporem de radiadores pelo qual o ar circula e que mantém o ambiente quente sem ressecá-lo.


6 – Manter o quarto arejado - Quando a criança estiver fora do quarto, pais e cuidadores devem abrir as janelas e deixar o ar circular no ambiente, livrando-o de possíveis agentes infecciosos que aítenham se alojado. Na hora de dormir, mantenha tudo fechado novamente.

Mantenha também a limpeza do quarto diariamente. Porém, observe as informações nos rótulos dos produtos utilizados, uma vez que alguns contêm em sua fórmula componentes químicos que podem agredir quimicamente a criança. Na dúvida, fale com seu pediatra.


7 - Higiene das mãos - Lavar bem as mãos das crianças é uma medida muito eficaz para prevenir resfriados e outras viroses respiratórias no inverno. Principalmente para as crianças em idade escolar que ficam em ambientes fechados, o que contribui para a transmissão de doenças por via aérea e também por agentes transmissores que ficam nas superfícies. Como prevenção, a higienização das mãos deve ser feita ao chegar da rua, da escola, antes das refeições, após ir ao banheiro ou quando tossir e espirrar.

O hábito de lavar as mãos começa na infância e, educadas corretamente, se estenderá por toda vida. Para a higienização correta das mãos basta usar sabonete comum, esfregando todos os dedos e fazendo movimentos de fricção entre eles. Pode-se também usar álcool em gel. Toda criança leva as mãos à boca e ao nariz constantemente, permitindo muitas vezes a autoinoculação do vírus. Do mesmo modo, é importantíssimo que pais e cuidadores tenham o mesmo hábito e atenção na lavagem frequente das mãos.

De modo geral, o pediatra Sylvio Renan esclarece que a intensificação dos cuidados no inverno deve ser seguida durante todo o ano, sempre com atenção redobrada na higiene, alimentação adequada (no mínimo, até os 6 meses de idade o único alimento de que o bebê necessita é o leite materno) e vacinação em dia das crianças. Tudo isso favorece uma melhor qualidade de vida, de forma saudável e confortável para cuidadores, pais e crianças.






Fonte: Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros - Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC, com especializações e títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric Service da University of California (UCLA, Los Angeles, EUA). Atuou por quase 30 anos no Pronto Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo, cargo que deixou para se dedicar ao seu consultório, a MBA Pediatria, e à literatura médica para leigos. É autor dos livros "Seu bebê em perguntas e respostas - Do nascimento aos 12 meses" e “Pediatria Hoje”.





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