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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Quedas domésticas ameaçam idosos e crianças

Ortopedista do Hospital Mater Dei Premium Goiânia destaca os tipos de lesões mais comuns e as medidas preventivas essenciais.

 

Acidentes domésticos representam um desafio significativo para a saúde ortopédica de pessoas de todas as idades, sendo as quedas as principais causas de preocupação. Com o envelhecimento da população e o cuidado crescente com a segurança infantil, os acidentes domésticos emergem como uma questão de saúde pública urgente. 

Dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa, afetando especialmente aqueles com mais de 65 anos. O receio é ainda maior entre os mais idosos, onde a mortalidade associada a quedas pode ser até seis vezes maior. 

Além disso, o registro de óbitos por acidentes domésticos em crianças, especialmente na faixa etária de 0 a 4 anos, levanta alarmes sobre a segurança nos lares brasileiros. Os números refletem uma realidade preocupante, que demanda ações preventivas e medidas eficazes para garantir a segurança e o bem-estar de idosos e crianças em seus ambientes.

Segundo o Dr. Alano Queiroz, ortopedista do Hospital Mater Dei Premium Goiânia, fraturas ósseas, entorses e luxações são as lesões mais frequentes decorrentes de acidentes domésticos, especialmente quedas. Ele ressalta que a gravidade dessas lesões varia, sendo as fraturas de quadril, punho e tornozelo as mais comuns. Para essas lesões, o tratamento pode envolver desde imobilização até cirurgia, com prognósticos variados, mas geralmente positivos, com o devido acompanhamento médico. “Já as entorses muitas vezes necessitam de repouso e fisioterapia e possuem bom prognóstico. O impacto na qualidade de vida dos pacientes depende da gravidade do traumatismo, mas a maioria das lesões ortopédicas pode ser tratada com sucesso, permitindo uma recuperação adequada com o acompanhamento médico apropriado”.

O ortopedista destaca a importância de identificar e mitigar os fatores de risco em ambientes domésticos. Tapetes escorregadios, falta de corrimãos e iluminação inadequada são alguns dos perigos potenciais. Ele sugere medidas preventivas, como instalação de corrimãos, uso de tapetes antiderrapantes e organização segura de objetos, para reduzir esses riscos. Além disso, a prática regular de atividades físicas para fortalecer a musculatura é fundamental para prevenir quedas.

De acordo com o profissional, em idosos, as lesões ortopédicas mais frequentes decorrentes de quedas são fraturas de quadril, punho, colo de fêmur e vértebras. “O processo de recuperação e reabilitação geralmente envolve avaliação multidisciplinar, incluindo cirurgia, quando necessário, seguida de cuidados pós-operatórios, fisioterapia e acompanhamento médico regular. Nos casos de fraturas de quadril, por exemplo, a reabilitação visa restaurar a mobilidade, prevenir complicações, como trombose venosa profunda, e promover a independência funcional. A recuperação em idosos pode ser mais desafiadora devido a possíveis comorbidades e fragilidade, requerendo uma abordagem cuidadosa e personalizada para garantir a melhor evolução possível”, afirma Alano.

Já em crianças, o médico afirma que as consequências das quedas incluem fraturas de membros superiores e inferiores, especialmente do punho, antebraço e tornozelo.  “O tratamento geralmente envolve imobilização adequada, seja com gesso ou talas, para permitir a cicatrização óssea adequada. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para realinhar os ossos ou fixar a fratura. Além disso, a fisioterapia é frequentemente recomendada para promover a recuperação funcional e prevenir sequelas a longo prazo, como rigidez articular ou fraqueza muscular”, explica Alano, que faz um alerta: “é crucial educar os pais sobre ações de prevenção, como manter áreas seguras para brincar e supervisionar as atividades das crianças, a fim de reduzir o risco de quedas e lesões ortopédicas”.

O Dr. Alano enfatiza a importância da conscientização da população sobre os riscos de acidentes domésticos e a adoção de medidas preventivas. “Muitas lesões ortopédicas resultam de quedas em casa que podem ser evitadas com medidas simples, como manter os ambientes organizados, garantir a iluminação adequada, instalar corrimãos em escadas e barras de apoio em banheiros, e remover tapetes soltos que possam causar tropeços”.

Ele destaca também as práticas seguras ao realizar atividades físicas, usando equipamentos de proteção corretos, como capacetes, joelheiras e cotoveleiras. “A prevenção primária, por meio da educação e da adoção de medidas preventivas, pode reduzir significativamente a incidência de lesões ortopédicas, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os custos associados ao tratamento dessas lesões", afirma o ortopedista.


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