Ortopedista do Hospital Mater Dei Premium Goiânia destaca os tipos de lesões mais comuns e as medidas preventivas essenciais.
Acidentes domésticos representam um desafio significativo
para a saúde ortopédica de pessoas de todas as idades, sendo as quedas as
principais causas de preocupação. Com o envelhecimento da população e o cuidado
crescente com a segurança infantil, os acidentes domésticos emergem como uma
questão de saúde pública urgente.
Dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, 70% das
quedas em idosos ocorrem dentro de casa, afetando especialmente aqueles com
mais de 65 anos. O receio é ainda maior entre os mais idosos, onde a
mortalidade associada a quedas pode ser até seis vezes maior.
Além disso, o registro de óbitos por acidentes domésticos em
crianças, especialmente na faixa etária de 0 a 4 anos, levanta alarmes sobre a
segurança nos lares brasileiros. Os números refletem uma realidade preocupante,
que demanda ações preventivas e medidas eficazes para garantir a segurança e o
bem-estar de idosos e crianças em seus ambientes.
Segundo o Dr. Alano Queiroz, ortopedista do Hospital Mater
Dei Premium Goiânia, fraturas ósseas, entorses e luxações são as lesões mais
frequentes decorrentes de acidentes domésticos, especialmente quedas. Ele
ressalta que a gravidade dessas lesões varia, sendo as fraturas de quadril,
punho e tornozelo as mais comuns. Para essas lesões, o tratamento pode envolver
desde imobilização até cirurgia, com prognósticos variados, mas geralmente
positivos, com o devido acompanhamento médico. “Já as entorses muitas vezes
necessitam de repouso e fisioterapia e possuem bom prognóstico. O impacto na
qualidade de vida dos pacientes depende da gravidade do traumatismo, mas a
maioria das lesões ortopédicas pode ser tratada com sucesso, permitindo uma
recuperação adequada com o acompanhamento médico apropriado”.
O ortopedista destaca a importância de identificar e mitigar
os fatores de risco em ambientes domésticos. Tapetes escorregadios, falta de corrimãos
e iluminação inadequada são alguns dos perigos potenciais. Ele sugere medidas
preventivas, como instalação de corrimãos, uso de tapetes antiderrapantes e
organização segura de objetos, para reduzir esses riscos. Além disso, a prática
regular de atividades físicas para fortalecer a musculatura é fundamental para
prevenir quedas.
De acordo com o profissional, em idosos, as lesões
ortopédicas mais frequentes decorrentes de quedas são fraturas de quadril,
punho, colo de fêmur e vértebras. “O processo de recuperação e reabilitação
geralmente envolve avaliação multidisciplinar, incluindo cirurgia, quando
necessário, seguida de cuidados pós-operatórios, fisioterapia e acompanhamento
médico regular. Nos casos de fraturas de quadril, por exemplo, a reabilitação
visa restaurar a mobilidade, prevenir complicações, como trombose venosa
profunda, e promover a independência funcional. A recuperação em idosos pode
ser mais desafiadora devido a possíveis comorbidades e fragilidade, requerendo
uma abordagem cuidadosa e personalizada para garantir a melhor evolução
possível”, afirma Alano.
Já em crianças, o médico afirma que as consequências das
quedas incluem fraturas de membros superiores e inferiores, especialmente do
punho, antebraço e tornozelo. “O tratamento geralmente envolve
imobilização adequada, seja com gesso ou talas, para permitir a cicatrização
óssea adequada. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para
realinhar os ossos ou fixar a fratura. Além disso, a fisioterapia é
frequentemente recomendada para promover a recuperação funcional e prevenir
sequelas a longo prazo, como rigidez articular ou fraqueza muscular”, explica
Alano, que faz um alerta: “é crucial educar os pais sobre ações de prevenção,
como manter áreas seguras para brincar e supervisionar as atividades das
crianças, a fim de reduzir o risco de quedas e lesões ortopédicas”.
O Dr. Alano enfatiza a importância da conscientização da
população sobre os riscos de acidentes domésticos e a adoção de medidas
preventivas. “Muitas lesões ortopédicas resultam de quedas em casa que podem
ser evitadas com medidas simples, como manter os ambientes organizados,
garantir a iluminação adequada, instalar corrimãos em escadas e barras de apoio
em banheiros, e remover tapetes soltos que possam causar tropeços”.
Ele destaca também as práticas seguras ao realizar
atividades físicas, usando equipamentos de proteção corretos, como capacetes,
joelheiras e cotoveleiras. “A prevenção primária, por meio da educação e da
adoção de medidas preventivas, pode reduzir significativamente a incidência de
lesões ortopédicas, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os custos
associados ao tratamento dessas lesões", afirma o ortopedista.
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