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Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial é celebrado em 26 de abril e serve de alerta e
conscientização sobre os riscos da pressão alta
“Apesar da alta prevalência na população, a hipertensão pode ser tratada e controlada com medicação adequada e alterações no estilo de vida”
Em setembro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou seu primeiro relatório sobre os efeitos globais da hipertensão arterial, incluindo recomendações sobre como combater essa doença silenciosa e perigosa. Segundo o documento, a condição afeta 1 em cada 3 adultos em todo o mundo – número que dobrou entre 1990 e 2019, passando de 650 milhões para 1,3 bilhão de pessoas. A OMS informa, ainda, que quase metade da população com hipertensão não tem conhecimento de sua condição, o que agrava os riscos.
No Brasil,
de acordo com a edição 2023 do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do
Ministério da Saúde, brasileiros entre 18 e 24 anos e acima de 65 anos são os
mais diagnosticados com hipertensão. O levantamento também constatou uma alta
na prevalência da doença em 2023, tanto na população mais jovem quanto nos
idosos – em comparação à pesquisa de 2021. Dados do Ministério
da Saúde indicam, ainda, que a taxa de mortalidade por
hipertensão arterial no Brasil atingiu o maior valor dos últimos 10 anos.
Para
conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do
tratamento da doença foi instituído, em 2002, o Dia Nacional de Prevenção e
Combate à Hipertensão Arterial. Assim, associações médicas, órgãos
governamentais e entidades da sociedade civil aproveitam a data para alertar
sobre essa doença silenciosa que é responsável por até 80% dos casos de acidente
vascular cerebral (derrame) e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no
País. Além disso, pode causar insuficiência cardíaca, danos renais e muitos
outros problemas de saúde.
A hipertensão é caracterizada pela
elevação sustentada dos níveis de pressão arterial acima de 140×90 mmHg
(milímetro de mercúrio) – conhecido como 14x9. O primeiro número se refere à
pressão máxima (sistólica), que corresponde à contração do coração. O segundo
está relacionado à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
Os sintomas da alta de pressão podem incluir tontura, falta de ar, palpitações,
dor de cabeça frequente e alteração na visão. “Apesar da alta prevalência na
população, a hipertensão pode ser tratada e controlada com medicação adequada e
alterações no estilo de vida, que prioriza a adoção de uma alimentação
equilibrada e a prática de atividade física”, afirma a nutricionista do
Departamento de Ciências e Pesquisas da Yakult do Brasil, Adrianne Machado.
Dentre as principais causas da doença estão obesidade,
histórico familiar, estresse, sedentarismo, tabagismo e envelhecimento. A
nutricionista orienta que a melhor forma de prevenir a hipertensão é manter atenção com a alimentação,
que deve ser composta de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixes,
aves, leite e derivados e carnes com baixo teor de gordura. “Também é
fundamental substituir a utilização de sal por temperos e ervas naturais, além
de evitar o consumo de alimentos industrializados com alto teor de sódio,
especialmente molhos e temperos prontos, macarrão instantâneo, embutidos e
enlatados”, alerta. Além da dieta saudável, é essencial a prática de atividade
física regular, evitar o fumo e não ingerir álcool em excesso.
Microbiota intestinal
Cientistas de várias partes do mundo
investigam qual seria o papel da microbiota intestinal na hipertensão arterial.
Na plataforma científica internacional PubMed, por
exemplo, há mais de 150 estudos relacionados ao tema, desenvolvidos por
cientistas de diferentes países. Os artigos têm como tema central Microbioma
intestinal e neuroinflamação na hipertensão, Microbiota intestinal e
hipertensão: associação, mecanismos e tratamento e A disbiose da microbiota
intestinal contribui para o desenvolvimento da hipertensão, dentre outros.
Um desses estudos foi realizado por
pesquisadores chineses que elaboraram uma revisão da literatura com dados
científicos de diferentes plataformas científicas, incluindo Elsevier, PubMed,
Web of Science e China National Knowledge Infrastructure (CNKI). Segundo os
autores, evidências crescentes provaram que a patogênese da hipertensão está
intimamente relacionada à disbiose (desequilíbrio) da microbiota intestinal. Os
cientistas concluíram que a hipertensão pode levar ao desequilíbrio da
microbiota intestinal e à disfunção da barreira intestinal, incluindo aumento
de bactérias nocivas, diminuição de bactérias benéficas e aumento da
permeabilidade intestinal.
Em outra revisão da literatura científica, pesquisadores alemães discutiram como a microbiota intestinal e os metabólitos intestinais podem afetar a hipertensão e a aterosclerose. No estudo, pacientes hipertensos mostraram ter menor abundância de microrganismos produtores de ácidos graxos de cadeia curta (bactérias boas) e maior abundância de bactérias gram-negativas (patogênicas). Os cientistas concluíram que a microbiota intestinal afeta a hipertensão e a aterosclerose através de muitas vias, fornecendo uma ampla gama de potenciais alvos terapêuticos e desafios.
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