Segundo IBGE, 5% da população
brasileira tem alguma deficiência auditiva, o que corresponde a mais de 10
milhões de cidadãos, sendo que 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja,
conseguem ouvir nenhum tipo de ruído.
Nos últimos anos, a conscientização sobre a
importância da saúde auditiva tem crescido significativamente. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,5 bilhões de pessoas no mundo
terão algum grau de perda auditiva até 2050.
Com isso, surgem questionamentos sobre como a
perda auditiva afeta a vida das pessoas e quais são as melhores formas de lidar
com esse desafio. Dra. Vanessa Gardini, fonoaudióloga especialista em
reabilitação auditiva, da Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos, de Sorocaba (SP),
ressalta que:
“A audição é essencial para a nossa compreensão
do mundo, sendo um sentido primordial que nos conecta com o ambiente e as
pessoas ao nosso redor. É através dela que captamos os sons da natureza, as
vozes dos nossos entes queridos e os ruídos da vida cotidiana, permitindo-nos
comunicar e interagir de forma significativa”, diz.
Causas da perda auditivas
Uma das soluções mais eficazes para a perda
auditiva é o uso de aparelhos auditivos, dispositivos projetados para
amplificar, equalizar os sons e melhorar a qualidade de vida dos deficientes
auditivos.
A perda auditiva é uma condição que afeta milhões
de pessoas em todo o mundo, de todas as idades e origens. Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira tem
alguma deficiência auditiva, o que corresponde a mais de 10 milhões de
cidadãos, sendo que 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, conseguem ouvir
nenhum tipo de ruído.
A surdez pode ser causada por uma variedade de
fatores, incluindo idade avançada, exposição a ruídos altos, remédios
ototóxicos ,infecções e condições genéticas. Independentemente da causa, a
perda auditiva pode ter um impacto significativo na vida cotidiana de um
indivíduo, afetando sua capacidade de se comunicar, socializar e até mesmo
trabalhar.
“É fundamental entender que a perda auditiva não
apenas afeta a capacidade de ouvir os sons, mas também pode ter sérias
consequências emocionais, sociais e psicológicas. Muitas pessoas que sofrem de
perda auditiva enfrentam sentimentos de isolamento, depressão e baixa
autoestima devido à dificuldade em se comunicar e se envolver com o mundo ao
seu redor”, alerta a Dra. Vanessa.
Mas afinal, quem usa aparelho auditivo é
considerado uma pessoa com deficiência?
A resposta é, depende do grau de perda auditiva
do paciente. Conforme o artigo 4º do Decreto Federal 3.298/1999 “é que é
considerada pessoa com deficiência auditiva, o indivíduo que possua perda
auditiva bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por
audiograma, na média das frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz”.
No dia 22 de dezembro de 2023 , a nova lei 14.768
, também acrescentou pessoas com perda auditiva unilateral total no grupo de
pessoas classificadas com deficiência relacionada à surdez.
Ou seja, é preciso ter surdez profunda de um lado
e do outro lado normal para ser incluída como pessoa com deficiência.
Pessoas com perda auditiva parcial de um lado e
outro normal, não estão incluídas .
Essas informações são importantes, pois se a
pessoa está nessa faixa de perda auditiva, ela pode recorrer a alguns direitos
garantidos pela lei como:
. Desconto em impostos.
• Reserva de vagas de emprego em empresas
privadas;
• Vagas destinadas em concursos públicos
• Passe livre em transporte público;
• Aposentadoria especial;
• Pagamento de meio entrada em eventos;
• Desconto na conta de energia;
• Política de cotas em universidades públicas e
privadas;
• Entre outros.
A Dra. Vanessa comenta que a evolução dos
aparelhos auditivos tem ajudado a pessoa com deficiência, tornando-se mais
discretos, confortáveis e eficazes. Hoje em dia, existem uma variedade de
modelos disponíveis para atender às necessidades individuais de cada pessoa,
desde aparelhos auditivos invisíveis no canal auditivo até aparelhos
recarregáveis com conectividade direta com celular e tv.
“Apesar dos avanços na tecnologia dos aparelhos,
que estão cada vez menores e com recursos maravilhosos,ainda existem muitos
desafios a serem enfrentados. Um dos principais obstáculos é a vergonha .
Muitas pessoas relutam em buscar ajuda especializada logo que a perda auditiva
aparece , devido ao medo do julgamento social ”, afirma a fonoaudióloga.
É fundamental combater esse estigma e educar o público sobre a importância de procurar ajuda cedo, pois vai garantir a eficácia dos aparelhos auditivos e a preservação da saúde do cérebro.
Pró-Ouvir Aparelhos Auditivos
Rua Dr. Arthur Gomes, 552 - Sorocaba/SP
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