As fraudes no setor de saúde representam um problema significativo, impactando negativamente os planos de saúde, os pacientes e os cofres públicos. Pesquisa realizada pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) revela que o número de notícias-crime e ações cíveis movidas pelas operadoras para a denúncia de fraudes subiu 884% entre 2018 a 2022, passando de 75 para 738 procedimentos. As fraudes são principalmente sobre situações que envolvem pedidos de reembolso.
De acordo com Julio Duram, Chief Technology Officer (CTO) da CertiSign, um caminho para reduzir as fraudes do setor da saúde é adotar a identificação biométrica facial com detecção de vida. Deste modo, ele explica que a identidade é confirmada com total segurança.
“A biometria com detecção de vida não só avalia as características do rosto, como também valida se a pessoa por trás da câmera não é um vídeo, uma foto ou até mesmo uma deepfake. Assim, as operadoras, bem como as instituições de saúde, têm a certeza de quem é aquele paciente e beneficiário, tanto no momento da liberação do convênio, como também para acessar e liberar serviços, como o de reembolso no aplicativo, por exemplo”.
Outro exemplo de uso da biometria na saúde, segundo o especialista, é na autenticação dos médicos em sistemas e locais, como em uma sala de cirurgia, e na assinatura de documentos. “O médico pode acessar o centro cirúrgico ou qualquer outro ponto da instituição sem usar as mãos”. Já no âmbito dos pacientes, a biometria pode ser aplicada no momento da realização da telemedicina, evitando, assim, o uso do aplicativo por terceiros não autorizados pelo plano de saúde.
Identificação digital segue avançando na saúde
Além da biometria facial, outro recurso fundamental para a redução de fraudes e modernização do sistema de saúde, é o certificado digital. A tecnologia, quando implementada no Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), permite a digitalização de 100% dos documentos tramitados durante o tratamento do paciente, adicionando mais segurança em todas as etapas.
“O certificado digital, no caso do PEP, identifica o médico e os profissionais da saúde envolvidos no atendimento. Isso garante a autenticidade das informações e a rastreabilidade, o que é bom para todos os envolvidos. Já para o hospital significa mais eficiência operacional, segurança física e jurídica e redução de custos. Em vez de papel e carimbo, os documentos são eletrônicos e autenticados pela assinatura eletrônica de cada um dos participantes em um atendimento”.
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