O mineral está presente em alimentos como carnes, gema de ovo,
farinha de trigo e castanha-do-pará e pode ter sua quantidade avaliada por meio
de exame de sangue
O selênio é um
mineral presente em diversos alimentos de consumo diário, como farinha de trigo
e gema de ovo, e é capaz de promover uma grande ação antioxidante no organismo.
Quando em quantidade saudável, pode trazer uma série de benefícios, como
fortalecimento do sistema imunológico e melhora no funcionamento da tireoide.
Porém, quando está em falta ou em excesso no corpo, pode ter o efeito contrário
e causar danos, como queda acentuada de cabelo, cansaço persistente, redução na
produção do hormônio da tireoide, problemas de reprodução e, até mesmo,
prejuízo ao funcionamento do sistema cardiovascular.
Segundo a dra. Dalva Margareth Valente Gomes, endocrinologista dos
laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, que faz parte da Dasa, rede de saúde
integrada, o equilíbrio do selênio no sangue é fundamental para a criação das
selenoproteínas, compostos químicos que atuam na redução do estresse oxidativo
e dos danos às estruturas celulares, o que previne deficiências hormonais e
aumenta a resistência do sistema imunológico. Para obter os benefícios do
selênio, é importante se atentar à necessidade nutricional recomendada, de
acordo com o estágio da vida. Durante a infância, é indicada uma média de 20 a
30 mcg/dia, passando para 55 mcg/dia na adolescência e na fase adulta, com
aumento para 70 mcg/dia durante a gestação.
“Os primeiros sintomas da falta de selênio no organismo são
fadiga, fraqueza muscular e redução da imunidade, que deixam o paciente mais
suscetível a infecções causadas por vírus, bactérias e fungos. A deficiência
grave de selênio também afeta diretamente a fertilidade de homens e mulheres,
pode causar doença nos ossos e nas articulações e a chamada doença de Keshan,
uma cardiomiopatia provocada pela carência desse mineral”, explica a
especialista.
Por outro lado, o excesso pode ser igualmente prejudicial para a
saúde. O consumo acima de 900 microgramas ao dia por longos períodos pode
causar uma rápida perda de cabelo, vômitos, diarreia, náuseas, erupções na
pele, cansaço constante e lesões neurológicas. Na toxicidade do selênio, é
observado também um odor semelhante ao de alho exalado na respiração.
Suplementos
vitamínicos só devem ser tomados sob prescrição médica
Quando há a
suspeita de que os níveis do mineral estão abaixo ou acima do esperado, é
indicado um exame laboratorial chamado Selênio, feito pela avaliação do sangue
ou da urina. “Realizado por meio de uma coleta de sangue, esse procedimento
quantifica a concentração no organismo e indicar deficiência ou toxicidade do
composto no corpo”, detalha a dra. Dalva.
Uma vez confirmada a necessidade de ajustar a quantidade do
mineral, o paciente deve buscar a orientação de um nutricionista, que poderá
orientá-lo com base em uma dieta adaptada a seu estilo de vida. Em casos de
deficiência de selênio, o consumo de suplementos vitamínicos só deve ser
considerado quando há a indicação e o acompanhamento de um especialista.
“A dieta do brasileiro abraça diversos
alimentos que são fontes de selênio, como a gema do ovo e farinha de trigo. A
castanha-do-pará tem a maior concentração de selênio por unidade, mas as
quantidades e os melhores tipos de alimento devem ser discutidos com um
nutricionista, que fará o acompanhamento a longo prazo do nível de selênio do
paciente”, finaliza a especialista.
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