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sexta-feira, 17 de maio de 2024

Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal: médica fala sobre principais sintomas e tratamentos

Biossimilares são fundamentais para ampliação do acesso a tratamentos de qualidade

 

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (DII), celebrado em 19 de maio, marca a luta de pessoas de todo o mundo contra a doença de Crohn e a colite ulcerativa, que se manifestam por meio de uma variedade de sinais e sintomas, predominantemente no intestino grosso, parte vital do sistema digestivo responsável pela extração de nutrientes e água dos alimentos. De acordo com a diretora associada de assuntos médicos da Organon, Dra. Nanci Utida, os sintomas podem incluir dor abdominal intensa, diarreia, sangue nas fezes e perda de peso.

A DII é uma doença complexa que surge como resultado da interação de fatores ambientais e genéticos que levam a respostas imunológicas e inflamação no intestino. São doenças autoimunes, em que o próprio sistema imunológico do indivíduo ataca elementos do sistema digestivo.  Os principais tipos de DII são a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa.

O tratamento deve ser individualizado para cada paciente. Dependendo do nível de gravidade, a DII pode exigir o uso de medicamentos para diminuir a atividade do sistema imunológico para controlar os sintomas, com medicamentos chamados biológicos, como por exemplo a da classe dos inibidores de TNF.

Nesse aspecto, a diretora enfatiza que os biossimilares desempenham um importante papel no acesso a tratamentos de qualidade. Isso porque, embora não haja uma obrigatoriedade de estabelecer preços mais baixos no mercado, um produto biossimilar pode custar de 30% a 70% menos em comparação com o medicamento de referência, e ainda menos se produzido por meio de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Essa redução de custos representa uma economia significativa nos tratamentos especializados.

Entretanto, apesar dos avanços no tratamento, os desafios persistem. "Muitos pacientes e profissionais de saúde ainda não possuem um conhecimento profundo sobre os biossimilares, o que pode gerar dúvidas e receios sobre a sua utilização", afirma. No entanto, estudos comprovam que os biossimilares são opções seguras e eficazes para o tratamento de DII, com o mesmo nível de qualidade e segurança dos medicamentos biológicos originadores.

Uma pesquisa realizada em 2023 pelo Instituto Ipsos, por encomenda da farmacêutica Organon, revela que apenas 40% dos médicos declaram ter um conhecimento profundo sobre biossimilares. Nesse contexto, a médica destaca o papel essencial dos profissionais de saúde na promoção do uso adequado de biossimilares no tratamento de DII.

Ela ressalta que os profissionais de saúde podem desempenhar um papel ativo na defesa de políticas de saúde que promovam a utilização de biossimilares. ‘’Ao reconhecer e abordar essas questões, podemos trabalhar juntos para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das milhões de pessoas afetadas pela DII em todo o mundo’’, finaliza.



Organon
www.organon.com/brazil


Dia Mundial da Hipertensão: saiba mais sobre causas e prevenção da doença que acomete mais de 30% dos adultos brasileiros

Pedro Gravatá

Araújo tem o programa Hipertensão em Dia, que oferece dois planos de monitoramento da pressão arterial para quem busca manter a saúde

 

Para conscientizar a população sobre os riscos da pressão alta, 17 de maio foi estabelecido como o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, uma doença que acomete os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos, podendo causar paralisação dos rins e é frequentemente associada a outras doenças crônicas e a eventos como morte súbita, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica e coronária. Considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial acomete mais de 30% da população adulta brasileira, ou seja, cerca de 36 milhões de indivíduos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Hipertensão em Dia - Ciente do seu papel na ajuda da prevenção e controle de doenças, a Araujo criou o programa Hipertensão em Dia, que mensalmente atende mais de 3 mil pessoas que buscam uma unidade da rede para aferir a pressão. O programa consiste no acompanhamento de pressão arterial e auxílio farmacêutico para o bem-estar de pacientes hipertensos.

São dois planos ofertados atualmente em todas as unidades Araujo, ambos com o mesmo custo ao contratante, que contam com Sala de Serviço Farmacêutico – no Plano Um, o cliente adquire o Hipertensão em Dia e durante cinco dias consecutivos são feitas duas medições da pressão arterial: uma antes do café da manhã e uma à noite, antes do jantar. Esse plano simula o Monitoramento Residencial de Pressão Arterial (MRPA). O Plano Dois permite que a pessoa afira sua pressão sete vezes, no período de 14 dias. “O paciente compra este programa por apenas R$ 35,00 e tem a tranquilidade de ter a sua pressão constantemente monitorada, em qualquer uma de nossas unidades com o serviço, por nossa equipe de farmacêuticos”, explica Isabel.

Nos dois planos, é entregue um laudo com gráficos e histórico dos parâmetros de aferição de pressão, e se necessário, é realizado encaminhamento para um médico especializado. Clientes Unimed e de empresas parceiras possuem desconto nos serviços, e os valores podem ser consultados em uma unidade Araujo.

Saúde em Dia - Há, na rede, outros programas de acompanhamento de doenças distintas que integram o projeto Saúde em Dia. Entre eles estão o Diabetes em Dia, Colesterol em Dia, Parar de Fumar, entre outros. As informações sobre cada um deles, bem como os valores, podem ser consultadas no site da Araujo (https://www.araujo.com.br/saudeemdia), por meio do qual também é possível realizar os agendamentos online ou solicitar o atendimento domiciliar da Araujo.


Marcador proteico ajuda a prever mortalidade entre pacientes com tipo agressivo de cânce

Imagem de raio-X de tórax mostrando um mesotelioma
pleural maligno
(
imagem: James Heilman, MD/Wikimedia Commons)

Risco de morte por mesotelioma pleural, doença que afeta a membrana que reveste o pulmão, é três vezes maior entre indivíduos não operados com baixa expressão da proteína mesotelina nas células tumorais. Estudo da USP também aponta a molécula como possível alvo terapêutico

 

Causado pela exposição ao amianto (asbesto), o mesotelioma pleural maligno é um tipo de câncer raro, mas muito agressivo, com prognóstico de sobrevida de seis a 18 meses, o que torna necessária a identificação de novos marcadores preditivos e prognósticos para a doença.

Em trabalho publicado no periódico Frontiers in Immunology, patologistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) sugerem que a expressão de uma molécula chamada mesotelina (uma proteína sintetizada por células tumorais do mesotelioma) ajuda a prever a evolução clínica do paciente. E, ainda, que a proteína seria um potencial alvo terapêutico.

“Existem vários outros alvos terapêuticos, mas essa proteína tem sido um candidato muito promissor, a ‘menina dos olhos’, tanto como marcador prognóstico quanto preditivo da doença, mas não é só isso. Ao inibi-la, vimos que é possível diminuir a proliferação celular e conter o crescimento tumoral”, revela Vera Luiza Capelozzi, uma das autoras do artigo.

Ela explica que a exposição às fibras do asbesto destrói as células mesoteliais normais da pleura, membrana que reveste o pulmão. A doença se desenvolve a partir do efeito combinado entre as células da pleura e os macrófagos (células de defesa) que fagocitam as fibras do asbesto.

“O asbesto é um silicato que tem a estrutura semelhante à de um cristal. Quando a fibra de asbesto é inalada, o macrófago, nossa principal célula de defesa, fagocita essa fibra, mas não consegue destruí-la. Com o tempo, ocorrem reações inflamatórias recorrentes. Ao redor desse macrófago estão as células normais da pleura. Com o passar dos anos, as células mesoteliais que tiveram contato com esse macrófago portador da fibra podem se proliferar sem controle e, em uma dessas divisões, podem se transformar em células neoplásicas.”

A doença fica latente por um período e costuma aparecer após os 50 anos. Acomete mais homens do que mulheres, principalmente trabalhadores ou ex-funcionários de empresas que empregavam ou empregam asbesto em materiais como caixas d’água, telhas, forros, pisos e divisórias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu alertas sobre o amianto, classificado como reconhecidamente cancerígeno e banido em diversos países, incluindo o Brasil, que só o proibiu em 2017, depois de anos de pressão das vítimas de doenças causadas pelo material, entre elas o mesotelioma pleural. Desde então, muitas vezes reunidos em associações, os afetados vêm processando empregadores.

“Esse tumor tem várias implicações e uma delas é jurídica. Ao assinar um laudo de mesotelioma maligno, abre-se uma fronteira para ajudar o oncologista, o cirurgião, mas também para embasar processos trabalhistas. É um terreno no qual é preciso ser muito firme”, comenta a pesquisadora.


Microambiente favorável

A equipe confirmou a importância da mesotelina – como biomarcador e como alvo promissor no tratamento do mesotelioma – e ainda examinou sua relação com o sistema imunológico no cenário do microambiente tumoral.

“Nossa ideia desde o início foi avaliar o microambiente tumoral e não a expressão gênica. Porque, se o microambiente tumoral não for favorável, a célula tumoral não progride. Esse cenário é importante para a célula se movimentar, invadir e se implantar em outros órgãos.”

Na busca de um tratamento promissor para a doença, os cientistas investigaram a expressão proteica da mesotelina e do fator programmed cell death ligant 1 (PD-L1), uma proteína de ponto de controle (checkpoint) imunológico que regula a resposta de defesa e previne a autoimunidade (o ataque a tecidos saudáveis).

“O PD-L1 é nosso sentinela imunológico, ele controla a produção de autoanticorpos pelo organismo. A expressão de PD-L1 e mesotelina pelo tumor cria uma barreira funcional contra as células malignas, inibindo sua migração e restaurando o cenário imunológico”, afirma Capelozzi.

A equipe de cientistas mostrou que a mesotelina remodela a matriz imunológica do microambiente tumoral, recrutando diferentes tipos de células do sistema imune e aumentando o colágeno tipo I, o que contribui para o estabelecimento de uma barreira mecânica antitumoral, mitigando o risco de morte.

Os cientistas confirmaram, também, o potencial da mesotelina como biomarcador, pois demonstraram que o risco de morte foi três vezes maior entre os pacientes não operados com baixa expressão de mesotelina nas células tumorais, altos níveis de PD-L1 e baixa infiltração de células linfoides T CD4+ (envolvidas em diversas respostas imunológicas) no microambiente tumoral.


Protocolo promissor

Para selecionar a amostragem, foi feito um levantamento retrospectivo utilizando amostras cirúrgicas e biópsias de pacientes com mesotelioma obtidas em parceria com o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (Laboratório de Anatomia Patológica), Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) e Hospital das Clínicas da FM-USP. O trabalho teve apoio da FAPESP por meio de três projetos (18/20403-622/06510-0 e 23/02755-0).

Dos 246 casos inicialmente selecionados, 82 amostras foram incluídas no estudo. Dados dos pacientes, incluindo sexo, idade, histórico de exposição ao amianto, histologia, tratamentos realizados e tempo de sobrevivência, foram coletados.

Os cientistas construíram microarranjos (microarrays) de tecidos das 82 amostras em lâminas e conduziram ensaios de imuno-histoquímica e imunofluorescência. “Usando a mesotelina e o PD-L1, fizemos a reação antígeno-anticorpo no tecido tumoral para detectar a expressão dos biomarcadores. Quando adicionado um fluorógeno [substância fluorescente], a mesotelina assume uma coloração acastanhada”, conta a cientista.

As lâminas preparadas pelos pesquisadores também foram digitalizadas em um scanner especial. Para quantificar a expressão de diferentes marcadores, as lâminas digitalizadas foram analisadas usando um software chamado QuPath. De acordo com a intensidade da coloração assumida pela mesotelina, foi possível saber se ela está hiperexpressa, hipoexpressa ou se é negativa.

“Com esse trabalho, conseguimos demonstrar que a mesotelina é importante no microambiente tumoral e que, alinhada ao PD-L1, pode representar um protocolo terapêutico promissor. Estamos progredindo com os estudos para analisar a relação da mesotelina e do PD-L1 com o microambiente, avaliando colágeno e fibra elástica, componentes fibrilares da matriz extracelular que possibilitam à célula migrar por aí e ultrapassar as barreiras mecânicas que o organismo cria para evitar que a célula tumoral caia na circulação e se implante em outros locais, causando a metástase”, resume Capelozzi.

O artigo Mesothelin expression remodeled the immune-matrix tumor microenvironment predicting the risk of death in patients with malignant pleural mesothelioma pode ser lido em: www.frontiersin.org/journals/immunology/articles/10.3389/fimmu.2023.1268927/full.
 


Karina Ninni
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/marcador-proteico-ajuda-a-prever-mortalidade-entre-pacientes-com-tipo-agressivo-de-cancer/51661


Chuvas no RS: crianças autistas podem apresentar sequelas psicoemocionais após o fim das enchentes

  Jogos sensoriais e pranchas de comunicação podem ajudar a regularizar a rotina das crianças atípicas nos abrigos


Durante as recentes inundações no sul do país, a tarefa de manter uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ocupada e confortável se torna ainda mais desafiadora. Esta semana, a história do menino Davi, que foi levado para um abrigo a 80 quilômetros da capital e ficou uma semana separado da mãe, trouxe reflexões sobre a melhor forma de acolher as crianças autistas, neste momento. Enquanto Davi estava separado da mãe, teve uma sequência de crises e precisou de auxílio de profissionais para se regular. Enquanto organizações não governamentais (ONGs) se mobilizam para oferecer suporte, incluindo o recrutamento de voluntários, é crucial reconhecer o possível impacto psicoemocional duradouro nas crianças autistas após o fim das enchentes.

Marília Macêdo, fonoaudióloga e sócia da Clínica MedAdvance, ressalta a variedade de consequências dessa tragédia que pode afetar as crianças autistas e explica sugestões para mitigar esses efeitos. "A redução da sobrecarga sensorial é de extrema importância, principalmente em momentos como esse: Importante que as pessoas doem brinquedos silenciosos, abafadores e objetos ajudem na regulação das crianças. Brinquedos/objetos macios, bolinhas de sabão, kit de desenhos, pinturas, brinquedos de encaixe, quebra cabeça, jogos da memória, por exemplo, são recursos terapêuticos que ajudam a desenvolver habilidades como, atenção, criatividade e diminuir a ansiedade. 

Além disso, o constante ruído de alarmes, sirenes e o aumento do tráfego de veículos de emergência podem desencadear crises sensoriais em autistas com hipersensibilidade auditiva. "É necessário paciência e empatia para lidar com essas situações", alertou a fonoaudióloga da MedAdvance.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul divulgou recentemente uma cartilha com orientações sobre a saúde emocional das crianças autistas. A cartilha fornece sinais para identificar crianças com TEA e sugere recursos, como abafadores de ruído, para ajudar na adaptação desses indivíduos.

A fonoaudióloga da MedAdvance ressalta que “pranchas de comunicação" e figuras ilustrando banheiros, refeitórios, dormitórios, etc... servem para estruturar melhor a rotina. Além disso, "é preciso ter cuidado redobrado devido a vulnerabilidades que podem ocorrer", acrescentou a especialista.


Fratura no cotovelo: Crianças entre 5 e 10 anos são as mais atingidas


Não é segredo que as crianças estão sempre vulneráveis a acidentes, sejam eles domésticos, em parquinhos ou até nas escolas. A verdade é que é impossível prevenir e evitar certas ocorrências. Uma fratura bem comum em crianças de 5 a 10 anos de idade é a fratura supracondileana do úmero em crianças. Crianças têm hipermobilidade do cotovelo com extensão além do normal do ponto adulto, o que causa movimento de alavanca durante a queda. Ao cair, os pequenos têm o instinto de esticar o braço. Isso faz com que ocorra uma quebra na extremidade inferior do úmero, próximo ao cotovelo.

 

As crianças com esta fratura apresentam dor no cotovelo que piora com os movimentos. Os níveis de dor são bastante variáveis. Existem casos em que a fratura é pouco desviada, existindo pouca dor e inchaço, e a criança pode demorar para comunicar os pais. Em outros casos, quando existe maior desvio da fratura, o diagnóstico é evidente, existindo deformidade no cotovelo e limitação importante. O indicado é sempre procurar orientação médica. 

 

Especialistas da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo estão disponíveis para falar sobre essa e outras fraturas comuns em crianças.

 

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo


MAIO ROXO

  

Imagem ilustrativa
Aumento da incidência de doenças inflamatórias intestinais no Brasil demanda diagnóstico precoce e tratamento adequado


Especialistas destacam a importância da conscientização e identificação precoce dos sintomas para um melhor prognóstico


No Brasil, as doenças inflamatórias intestinais (DIIs) vêm apresentando um aumento significativo na incidência, afetando principalmente homens e mulheres entre 15 e 40 anos, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia. O maior estudo realizado no Brasil sobre essa enfermidade, com mais de 212 mil pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), apontou que em um período de nove anos a prevalência das doenças inflamatórias intestinais aumentou 15% ao ano, chegando a 100 casos para cada 100 mil habitantes. Essas doenças crônicas e imunomediadas têm origem no próprio organismo, desencadeando uma resposta inflamatória anormal após exposição a determinados gatilhos.
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Para conscientizar a sociedade sobre as DIIs e promover um diagnóstico precoce, a indústria, os pacientes e os médicos desempenham um papel fundamental. Segundo a médica gastroenterologista Dra. Paula Senger, do Centro de Cirurgia, Gastroenterologia e Hepatologia (CIGHEP), é essencial identificar os sintomas precocemente e buscar o tratamento adequado para garantir maior sucesso no tratamento.
 

"A doença inflamatória intestinal é uma condição crônica e progressiva, caracterizada por ativações imunes e consequentes inflamações no trato gastrointestinal. As principais são a retocolite ulcerativa e a Doença de Crohn", explica a especialista. 

Enquanto a retocolite ulcerativa afeta exclusivamente o intestino grosso, a doença de Crohn pode acometer todo o trato gastrointestinal, desde a boca até o final do intestino, sendo mais comum no intestino delgado e grosso. 

Os sintomas mais comuns das DIIs incluem dor abdominal e diarreia, sangramento nas fezes, emagrecimento, anemia e febre. Na doença de Crohn, podem ocorrer também fístulas e abcessos perianais. O diagnóstico das DIIs é realizado por meio de uma combinação de sintomas clínicos, exame físico e exames complementares, como análises de sangue, fezes, colonoscopia, ressonância magnética ou tomografia específica para o intestino. 

A gastroenterologista ressalta que o diagnóstico precoce é crucial, pois interfere diretamente na resposta ao tratamento e na prevenção de complicações relacionadas à doença. "Uma vez que existe suspeita de doença inflamatória intestinal, é muito importante buscar um especialista para um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento o mais cedo possível", enfatiza a Dra. Paula Senger. 

Embora o tratamento clínico seja a primeira abordagem, a cirurgiã e coloproctologista, Dra. Mariane Savio, também especialista em doenças inflamatórias intestinais no CIGHEP, destaca que em alguns casos pode ser necessária a intervenção cirúrgica, especialmente em pacientes com doença de Crohn. 

"Mais da metade dos pacientes com doença de Crohn precisarão de algum procedimento cirúrgico em algum momento da vida, seja para a remoção de partes do intestino ou para tratar complicações na região perianal", ressalta a médica. 

No entanto, a cirurgiã enfatiza que o tratamento cirúrgico não significa o fim do tratamento, mas sim um importante passo para atingir a remissão da doença. Acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e realizar ajustes, se necessário. Ela também ressalta que a abordagem multidisciplinar, com a participação de gastroenterologistas e coloproctologistas, é fundamental para o sucesso no tratamento das DIIs.


Novos tratamentos

O tratamento das DIIs é contínuo e visa controlar a inflamação intestinal, prevenir a progressão da doença e evitar a necessidade de cirurgias. Opções de tratamento incluem corticoides, imunossupressores e medicamentos biológicos.

Com os avanços da medicina, novos medicamentos imunobiológicos têm sido desenvolvidos, oferecendo mais opções de tratamento para os pacientes. "Essas 'pequenas moléculas', de administração oral, têm se mostrado eficazes no controle da inflamação intestinal, complementando os medicamentos biológicos já disponíveis", destaca a Dra. Mariane Savio.

Segundo as especialistas, é fundamental que a sociedade esteja atenta aos sintomas e busque auxílio médico especializado para investigar possíveis casos de doenças inflamatórias intestinais. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores serão as respostas aos medicamentos e menores serão as chances de complicações e necessidade de cirurgias no futuro.


Mês da Luta Antimanicomial

 

 canva

Residência Terapêutica é alternativa para cuidado

a pacientes com transtornos mentais

Conscientização sobre tratamento adequado de transtornos mentais passa por tratamento mais humanizado aos pacientes, e antigos manicômios são ultrapassados e substituídos por novo modelo; psiquiatra da SIG explica

 

Em Maio é celebrado o mês da luta antimanicomial, período dedicado à conscientização e reflexão sobre os direitos e dignidade das pessoas em sofrimento mental. De acordo com a OMS, um a cada quatro brasileiros sofrerá com algum transtorno mental: ansiedade, depressão e até mesmo condições mais graves, como transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros. Mas qual a alternativa para tratamento dessas pessoas? 

Pessoas que convivem com transtornos passam por enormes sofrimentos, preconceito e algumas vezes até abandono. No Brasil, é comum que hospitais psiquiátricos virem moradia desses pacientes por tempo indeterminado, indo contra o objetivo da internação. “Internação em hospital psiquiátrico é para casos agudos, no momento de crise e devem ter uma curta duração”, explica o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica. 

Isso traz à tona a importância de propostas cada vez mais humanitárias no tratamento de transtornos mentais, entre elas, as residências terapêuticas (RT) - lar para pacientes com doenças mentais crônicas que, por conta de suas condições, não podem viver sozinhas. “Essas residências são opções que podem ser acionadas no momento da estabilidade do paciente, ou seja, quando essa pessoa não estiver em crise”, explica o psiquiatra. 

Ao contrário dos hospitais psiquiátricos, as RTs podem servir como uma solução definitiva de moradia para os pacientes, onde os mesmos encontrarão afeto, convivência, suporte em todas as suas necessidades e ajuda para usufruir da máxima autonomia que seu quadro permitir. “É necessário entender que mesmo no período da estabilidade, muitos pacientes precisam de cuidados, como controle da sua medicação, cu alimentação, higiene, convivência e lazer”, completa.

 

RT é alternativa aos antigos manicômios 

O pensamento de que moradores de Residências Terapêuticas tenham sido abandonados por familiares e amigos pode ser comum em um primeiro momento, mas não é verdadeiro, muito pelo contrário. “Procurar um lar para uma pessoa com um transtorno mental grave é uma forma de cuidar e garantir a segurança desse paciente, já que nas residências eles recebem a atenção e o tratamento especializado 24 horas por dia, algo que os familiares não conseguem oferecer”, explica o psiquiatra. 

Assim como alguns procuram asilos para idosos, por falta de tempo de dedicação integral ou falta de estrutura para os cuidados necessários, os familiares podem encontrar nas moradias a segurança de saber que seus parentes estão sendo assistidos por profissionais.

 

Transtornos mentais graves 

Existem diversos tipos de transtornos mentais: depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar, demência e dependência química, entre muitos outros. Alguns deles são mais graves do que os outros e podem aparecer em níveis diferentes em cada indivíduo. 

"Alguns transtornos são controlados apenas com terapia, outros com medicações. Muitas doenças, quando tratadas de maneira correta, não tiram a autonomia de uma pessoa de morar sozinha, o que significa que não existe a necessidade de procurar uma RT. Por isso, cada caso é avaliado individualmente”, finaliza o médico.
 

Sig Residência Terapêutica


Novo tratamento previne miopia em crianças, diz pesquisa

 A aplicação repetida de laser de luz vermelha de baixo nível (RLRL) diminui em mais da metade a miopia na infância.

 

A miopia, dificuldade de enxergar de perto, geralmente aparece na infância e é a alteração ocular que mais cresce no mundo. A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que em 2050 metade da população global será míope com cerca de 10% ou 1 bilhão de altos míopes que correm risco de perder a visão por glaucoma, degeneração miópica ou descolamento de retina. 

A mais nova terapia para evitar a alta miopia é a aplicação repetida de laser de luz vermelha (RLRL) de 650 nm. São animadores os resultados de uma pesquisa publicada no JAMA, periódico da Associação Médica Americana. Realizada por pesquisadores do Hospital de Xangai, o levantamento acompanhou por 12 meses 278 crianças.

Os participantes tinham de 6 a 11 anos e pré-miopia, ou -0,5 a 0,5 dioptria que indica maior risco de ter alta miopia. A seleção excluiu participantes que tinham passado anteriormente por outras intervenções para conter a miopia, apresentavam  ambliopia,  astigmatismo  e  anisometropia de 1,5 ou mais, estrabismo, outras doenças oculares ou sistêmicas. 

 

Tratamento e resultados

Os participantes do estudo passaram por 2 sessões/dia de RLRL de 3 minutos, durante 5 dias da semana. Na primeira sessão foram orientadas a fechar os olhos após a exposição dos olhos à RLRL

A pesquisa mostra que após um ano o comprimento axial que é maior no míope diminuiu em 36% nas 139 crianças que receberam a terapia. Já a incidência de miopia teve uma redução de 54% quando comparada à das 139 que não foram expostas. Os pesquisadores também observam que o resultado foi superior nos participantes em que a refração estava distante de 0,5 dioptrias, ponto de corte a da pré-miopia. Por isso sugerem que as crianças tenham acompanhamento oftalmológico mais perene.

 

Como se dá a prevenção

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier explica que a luz vermelha  é bastante aplicada na Medicina visando atenuar problemas de saúde e até estéticos relacionados à má circulação. Para ele, a redução do crescimento do olho e da miopia estão relacionados à melhora da circulação promovido pela luz vermelha. “O aumento da circulação fortalece a esclera, parte branca que funciona como arcabouço do olho por envolver todo o globo ocular. A esclera menos maleável previne a miopia por impedir o crescimento do olho anormal do olho que causa miopia patológica”, explica.

 

Contraindicações

Queiroz Neto afirma que nem toda criança pode usar a terapia de luz vermelha para controlar a miopia. Isso porque, podem ser muito sensíveis à exposição à luz. O sinal de alerta dessa hipersensibilidade é após a exposição enxergar um ponto brilhante ou pós-imagem por mais de 6 minutos. Outras contraindicações são:

·         Sentir dor nos olhos;

·         Ofuscamento;

·         Coceira;

·         Enxergar um ponto cego na visão central;

·         Perda súbita da visão;

·         Hiperemia conjuntival.

O oftalmologista ressalta que 150 mil crianças já usam este dispositivo na China, Turquia, União Europeia, Reino Unido e Nova Zelândia. Dessas, apenas 5 tiveram lesão nos olhos que foram causadas por não seguir os protocolos do fabricante. Para controlar a miopia as dicas são a exposição ao sol por 2 horas/dia, dar descanso aos olhos a cada 20 minutos de tela olhando para um ponto distante e piscar voluntariamente em frente ao computador, finaliza.


Glaucoma atinge 2,5 milhões de pessoas no país e pode causar a perda de visão irreversível

Freepik
 Campanha Maio Verde visa estimular a conscientização sobre o diagnóstico precoce da doença, que tem progressão lenta e assintomática

 

A Campanha Maio Verde acende um alerta para uma doença crônica e silenciosa: o glaucoma, principal causa de cegueira irreversível no mundo. Embora mais comum a partir dos 40 anos, o glaucoma pode surgir em qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos. “É muito importante os pais estarem atentos à saúde ocular dos filhos, pois quando uma criança nasce com glaucoma ela tem propensão a se acostumar com a baixa visão recebida e não se queixar do problema”, informa o médico Dr. Fernando Ramalho, especialista em cirurgia refrativa no Oftalmos - Hospital de Olhos, de Santa Catarina. 

Na maioria dos casos o glaucoma surge devido ao aumento da pressão intraocular. ”Essa alteração lesiona o nervo óptico levando à perda da visão periférica, ou seja, as laterais do campo visual. É como se o paciente só conseguisse enxergar o que está à sua frente", completa Ramalho. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), a estimativa é que mais de 2,5 milhões de pessoas tenham glaucoma no Brasil. De maneira geral, a doença se manifesta nos dois olhos, mas pode evoluir de forma diferente. É um processo lento que avança gradativamente durante anos, até o aparecimento dos primeiros sintomas. É por isso que o diagnóstico precoce é fundamental. “O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento. Um check-up ocular proporciona que esse paciente tenha menos complicações da doença, sendo que o tratamento é feito com indicações de colírios específicos, procedimentos a laser e cirurgias”, comenta Dr. Fernando. 


Tipos de glaucoma   

Existem 4 tipos de glaucoma conhecidos. Cada um exige um acompanhamento e tratamento diferente. “O primeiro é o glaucoma primário de ângulo aberto, caracterizado pela progressão lenta da doença. No segundo, o glaucoma de ângulo fechado é uma condição mais grave, já que ocorre uma situação anatômica, bloqueando o trabeculado, podendo levar à cegueira em pouco tempo. A terceira causa é o glaucoma secundário, sendo proveniente de outras doenças como diabetes e catarata. Por último, temos o glaucoma congênito, quando ocorre uma má-formação no trabeculado desde o útero materno, podendo ser observado no teste do olhinho”, finaliza Dr. Fernando Ramalho.


Infertilidade atinge mais de 8 milhões de brasileiros

Longe de ser uma condição ligada ao sexo feminino, infertilidade afeta 40% dos homens, 40% das mulheres e em 20% o problema é de ambos   ‌   

17,5% da população mundial sofre com problemas relacionados à fertilidade
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Uma em cada seis pessoas, 17,5% da população adulta global, sofre com problemas relacionados à infertilidade, segundo o mais recente relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 8 milhões de pessoas não conseguem ter filhos mesmo depois de tentativas regulares, sem o uso de contraceptivos, por mais de 12 meses. 

Dentro desse grande grupo, engana-se quem pensa que o problema está relacionado estritamente a uma condição feminina. Os dados mostram que a infertilidade atinge 40% dos homens e 40% das mulheres. Os 20% restantes estão ligados a fatores de ambos, que em conjunto podem impedir a gravidez.

Para tentar contornar a situação, a medicina atual conta um leque de possibilidades para que tentativas de concepção sejam bem-sucedidas. Contudo, a própria OMS pontua que as soluções para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da infertilidade seguem inacessíveis para a maioria, devido aos altos custos.

Alguns procedimentos, como a fertilização, chegam a custar R$ 50 mil no Brasil. “Diante desse quadro, o uso de um lubrificante de fertilidade como o Conceive Plus, que recentemente chegou ao país, pode ser a melhor opção para quem deseja ter um filho. Tanto por conta da eficiência quanto pelo custo”, afirma Bruno Jacon, farmacêutico e gerente de Qualidade e Assuntos Regulatórios da Euroart Import, que trouxe para o Brasil o lubrificante Conceive Plus.

Jacon explica que o Conceive Plus é seguro e não tem contraindicações, podendo ser usado pelo homem e pela mulher. “O método é um excelente aliado para casais saudáveis com dificuldade para engravidar”, comenta.


O que os homens devem fazer para o casal engravidar?

Para que o objetivo de engravidar seja atingido é essencial que o homem se mantenha em boa forma física. Isso significa realizar exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada.

Usar roupas íntimas leves e frescas e evitar banhos demasiadamente quentes também podem ser boas estratégias, já que o aquecimento prolongado dos testículos pode reduzir a qualidade do espermatozoide.

“O uso de um lubrificante íntimo inofensivo para os espermatozoides, como o Conceive Plus, também é fundamental para que o desejo da gravidez se transforme em realidade. É importante ressaltar que a grande maioria dos lubrificantes prejudicam as funções dos espermatozoides”, explica Carlos Alberto Dimarzio Filho, Gerente Geral da Euroart Import, importadora oficial do produto. 

Manter-se longe do cigarro e reduzir drasticamente o uso de álcool são outras atitudes fundamentais.


E as mulheres, o que mais pode ser feito?

O primeiro passo é ter uma boa alimentação, com muitas frutas e legumes frescos. Cortar alimentos processados e fast food também é importante. Tal como o homem, a mulher precisa manter-se em forma e com peso saudável, para isso, os exercícios físicos são fundamentais, além de ajudarem a melhorar o humor e os níveis de energia. Cortar cigarro e álcool completam o ciclo de atitudes fundamentais.

Contudo, a mulher que busca engravidar, muitas vezes se depara com um dos mais temidos empecilhos a se contornar, a secura vaginal. Estudo realizado em 11 países, envolvendo aproximadamente 6,5 mil mulheres com idade entre 18 a 34, apontou que 18% relataram sentir dores sempre ou normalmente.

“Ao se tentar engravidar existe uma tendência a aumentar o número de relações sexuais. O uso de lubrificantes é essencial para evitar as dores causadas pela secura, mas é preciso ter muita atenção e escolher um lubrificante que auxilie o espermatozoide a cumprir seu papel, facilitando assim a gravidez”, finaliza Carlos Alberto.
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Histeroscopia diagnóstica e cirúrgica: entre as diferenças

Procedimentos são utilizados para identificar e tratar problemas como miomas e pólipos, além de avaliar causas da infertilidade     ‍

 

A histeroscopia diagnóstica e histeroscopia cirúrgica são duas modalidades distintas de procedimentos histeroscópicos, que envolvem a visibilização do interior do útero, por meio de uma ótica, permitindo a avaliação e o tratamento da saúde ginecológica da paciente. 

Realizada principalmente para fins de investigação de problemas ou condições uterinas, a histeroscopia diagnóstica é feita por meio de um histeroscópio, o qual é inserido pelo canal vaginal e do colo do útero, permitindo que o médico veja a cavidade uterina. 

É frequentemente utilizada para identificar problemas como pólipos uterinos, miomas dentro do útero, sinéquias uterinas, malformações uterinas, causas de sangramento anormal e avaliação de infertilidade. 

De acordo com o médico ginecologista Dr. Thiers Soares, o tratamento é tipicamente menos invasivo e pode ser realizado em regime ambulatorial, sem a necessidade de anestesia geral. Porém, caso a paciente prefira, pode ser feita com anestesia (geralmente em centro cirúrgico). 

Já a histeroscopia cirúrgica envolve não apenas a visibilização diagnóstica, mas também a realização de procedimentos cirúrgicos dentro da cavidade uterina. É comumente empregada para remoção de pólipos e miomas, tratamento de sinéquias uterinas, remoção de septos uterinos (divisões internas anormais), ablação endometrial e colocação ou remoção de dispositivos intrauterinos (DIUs) Tal procedimento é realizado com sedação venosa e/ou inalatória, dependendo do caso e das preferências da paciente. 



Dr. Thiers Soares - Doctor Honoris Causa pela Universidade Victor Babes/Romênia, Dr. Thiers Soares, graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). O especialista foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterino, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterino.

Anemia: conheça as causas e tratamentos mais comuns dessa doença


Médico
da Carnot Laboratórios explica sobre essa condição e como tratá-la

 

A anemia é uma condição médica prevalente que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando fadiga, fraqueza e outros sintomas debilitantes. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% da população global é anêmica, principalmente crianças de até 2 anos de idade e mulheres adultas, apesar de também poder acometer adolescentes, homens e idosos.   ‍ 

No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que mais de 20% das crianças abaixo de 5 anos apresentam a doença, assim como cerca de 29% das mulheres adultas. Além disso, estima-se que até 50% da população tenha carência de ferro, sobretudo em grupos com menor renda.

Diante disso, compreender as causas e os tratamentos disponíveis é crucial para gerenciar essa condição de forma eficaz. “A anemia ocorre quando o corpo não possui glóbulos vermelhos saudáveis ​​em número suficiente para transportar oxigênio adequado para os tecidos do corpo. Existem várias causas para essa deficiência, incluindo deficiência de ferro, deficiência de vitamina B12, perda de sangue devido a hemorragias crônicas e doenças crônicas que interferem na produção de glóbulos vermelhos”, explica o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da da Carnot Laboratórios, laboratório farmacêutico, e pediatra especialista em nutrição. 

O tratamento da anemia depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. As opções de tratamento podem incluir suplementos de ferro ou vitamina B12, transfusão de sangue em casos graves, tratamento da condição subjacente, alterações na dieta para aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro, e medicamentos específicos em certas formas de anemia, como a anemia falciforme.

Além disso, é importante ressaltar a relevância dos suplementos de ferro no tratamento da anemia causada por deficiência desse mineral. “Os suplementos de ferro ajudam a repor os níveis sanguíneos deste elemento essencial, auxiliando na produção de glóbulos vermelhos saudáveis e, consequentemente, melhorando os sintomas associados à anemia, como fadiga e fraqueza. No entanto, é crucial seguir as orientações médicas quanto à dosagem e duração do tratamento, pois o excesso de ferro também pode ser prejudicial à saúde. Assim, a combinação de suplementos de ferro com outras formas de tratamento adequadas à causa específica da anemia pode ser fundamental para o sucesso do manejo dessa condição”, complementa o especialista.

Com isso, identificar a causa da anemia e implementar o tratamento adequado é essencial para gerenciar a anemia e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Consultar um médico para diagnóstico e orientação individualizada é fundamental para o manejo eficaz dessa condição comum.

 

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