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sexta-feira, 17 de maio de 2024

Dez profissões que serão diretamente impactadas pela revolução da Inteligência Artificial

 

Segundo Alan Nicolas, fundador da Comunidade Lendár.I.A, uma mudança significativa está acontecendo no mercado de trabalho, com funções tradicionais sendo substituídas por sistemas automatizados e inteligência artificial


A integração da inteligência artificial no mercado de trabalho está causando uma verdadeira transformação nas mais diversas profissões. Diversos estudos indicam que, até o final desta década, uma fração significativa de profissionais poderá ser substituída por sistemas automatizados e soluções baseadas em IA. 

De acordo com Alan Nicolas, referência no mercado digital e fundador da Comunidade Lendár.I.A, as profissões com maior probabilidade de substituição por IA são:


  1. 97% | Caixas e bilheteiros

Um estudo realizado pela Universidade de Oxford, em 2020, e outro feito pela Consultoria Gartner, estimam que 97% dos empregos de caixas e bilheteiros estão em alto risco de serem automatizados até 2030. 

Segundo o especialista, esse cenário ficou ainda mais evidente, durante uma viagem que fez aos EUA, quando observou que boa parte dos estabelecimentos comerciais já contam com atendimento automatizado. “Fiquei 15 dias com um Tesla e, em nenhum momento, precisei falar com alguém, sequer para passar um cartão. A maioria dos supermercados dispõem de caixas e até mesmo carrinhos inteligentes, em que o comprador não precisa ser atendido e as compras são debitadas rapidamente”, revela o empresário.


  1. 96% | Assistente administrativo/financeiro

Em 2020, a Universidade de Oxford (2020) previu que 89% das tarefas administrativas, contábeis e financeiras estão sob risco de automação. Enquanto isso, um estudo da OECD indicou que cerca de 96% dos empregos administrativos têm alto potencial de automação por Inteligência Artificial. “Em minhas empresas, por exemplo, boa parte das atividades são potencializadas por IA, enquanto outros setores estão crescendo sem aumentar seu time administrativo por conta das automações e da inteligência que ganharam com essas ferramentas”, declara.


  1. 95% | Call center/telemarketing/suporte ao cliente

Um estudo publicado em 2023 pela Consultoria Gartner estima que 95% dos empregos em call centers nos Estados Unidos serão automatizados. “O mesmo deve acontecer aqui no Brasil. A implementação de IA em centrais de atendimento aumenta muito a eficiência e a produtividade, uma vez que essas soluções não precisam de descanso, de um computador, de uma mesa, décimo terceiro ou férias. Além disso, não exige constantes treinamentos, tendo em vista que a rotatividade nos setores de call center é bem alta”, relata.

A Inteligência Artificial pode, rapidamente, pesquisar em uma base de conhecimento e fornecer as respostas necessárias, o que melhora a capacidade de lidar com situações de forma rápida e eficaz. “Além disso, pode prever possíveis problemas e resolvê-los de forma proativa, analisando dados históricos e padrões de comportamento do cliente. A IA que substitui 20 pessoas, é a mesma que substitui 2.000”, pontua.


  1. 85% | Gestor de tráfego da web

Segundo Nicolas, a IA pode analisar dados de tráfego da web com mais precisão do que os humanos, o que pode levar a insights mais profundos sobre o comportamento do usuário. “Além disso, pode automatizar tarefas que, atualmente, são realizadas de forma manual, fazendo com que os gestores de tráfego possam se concentrar em obrigações cada vez mais estratégicas”, revela.

O aumento do volume, complexidade e disponibilidade de dados está fazendo empresas investirem cada vez mais em soluções inteligentes e automatizadas de tráfego. Como consequência, grandes instituições de pesquisa, como a Gartner, apontam que até 85% das profissões de gestor de tráfego podem desaparecer nos próximos anos e, mesmo as instituições mais conservadoras, apontam para um número entre 60% e 70%.

O especialista acredita que as previsões sobre a automação da análise de tráfego são consistentes. “Profissionais de Marketing Digital já notaram isso e migraram para funções mais estratégicas, delegando ou automatizando o tráfego. Conheço empresas que criaram integrações com diferentes IAs, com o tráfego 100% automatizado, e alcançaram um retorno sobre anúncios quatro vezes maior do que quando um humano fazia o tráfego. Essa é uma tendência que está chegando com força não só para gestores, mas para todos os profissionais de marketing digital”, alerta.


  1. 75% | Analistas de pesquisas

Uma pesquisa da Universidade de Harvard sugere que analistas e planejadores que usaram o ChatGPT como assistente melhoraram a qualidade de seus relatórios em cerca de 40% em comparação com aqueles que não utilizaram a ferramenta. “Soluções como ChatGPT, Copilot, Gemini, Claude e Perplexy maximizam a produtividade e facilitam o trabalho para esses profissionais”, declara.


  1. 70% | Contabilidade

Um estudo publicado em 2023, pela empresa de inteligência artificial UiPath, estima que 70% dos empregos em contabilidade e processamento de dados financeiros entre 2024 e 2030 serão substituídos por IAs.


  1. 70% | Diagnóstico e atendimento médico

Um estudo recente da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriu que o ChatGPT4 foi capaz de fornecer respostas mais precisas e detalhadas a perguntas médicas quando comparadas aos próprios médicos.

Os autores compararam respostas de médicos e da IA a quase 200 perguntas, e descobriram que aproximadamente 80% das respostas do ChatGPT eram mais sutis, precisas e detalhadas do que as compartilhadas pelos médicos. Enquanto menos de 5% das respostas dos médicos foram consideradas “empáticas” ou “muito empáticas”, esse número subiu para 45% nas respostas fornecidas pela IA.

Outros estudos, realizados pela Universidade de Oxford e pelo McKinsey Global Institute, apontam que os empregos médicos estão entre os mais propensos a serem automatizados, com 70% dos empregos em medicina sendo considerados automatizáveis, estimando que 20% dos trabalhos na área poderiam ser automatizados até 2025. “Se alguém acha que uma IA não seria tão competente quanto um médico, se enganou”, declara Alan Nicolas.

A revista Nature Medicine, em 2022, descobriu que um modelo de IA foi capaz de diagnosticar o câncer de mama com uma precisão de 99%, superando a precisão de 97% dos radiologistas humanos.

Enquanto isso, um estudo publicado na revista Radiology apontou que um modelo de IA foi capaz de diagnosticar a doença de Alzheimer com uma precisão de 95%, superando a precisão de 85% dos patologistas humanos. “Existem muitos outros estudos como esses. Em todos eles, a IA ultrapassou a precisão humana. São centenas de pesquisas que validam isso”, ressalta.

Quando o assunto é doenças raras, a IA brilha ainda mais. “Um exemplo claro disso foi o caso de uma criança que passou por 17 médicos que não identificaram seu quadro, até sua mãe fazer uma pesquisa no ChatGPT e descobrir a doença rara que 17 médicos não conseguiram. Existem outros casos relatados de pessoas que descobriram patologias por meio do ChatGPT”, pontua.


Outras profissões:

  1. 68,8% | Profissionais de Marketing (copywriters/SEO/estrategistas)
  2. 65% | Designer gráfico/editor de vídeos
  3. 42% | Escritores criativos e de ficção

Um estudo do Ipea prevê que até 56% das ocupações de emprego formal no Brasil poderão ser afetadas pela automação e IA nos próximos cinco anos. Enquanto isso, um levantamento do Goldman Sachs aponta que até 1/4 de todo o trabalho mundial já poderia ser realizado 100% por inteligência artificial. “Estamos falando de aproximadamente 600 milhões de empregos que poderiam desaparecer hoje mesmo, se as empresas tivessem capacidade técnica ou consciência do que já é possível fazer com IA. Este cenário está se tornando uma realidade cada vez mais presente”, finaliza. 



Alan Nicolas - empresário e referência no mercado digital, ele está redefinindo como pessoas e empresas interagem e se beneficiam da inteligência artificial na vida cotidiana. Sua habilidade em construir e liderar empresas rumo ao sucesso reflete sua visão de que a tecnologia, quando usada corretamente, pode ser uma poderosa alavanca para crescimento pessoal, profissional e financeiro. Fundador da Comunidade Lendár.I.A, um ambiente colaborativo repleto de trocas, conexões e evolução exponencial, Alan criou um espaço onde entusiastas, profissionais e curiosos podem se unir para explorar o universo de possibilidades desse novo momento. Essa comunidade não é apenas um fórum para discussão; é um ecossistema onde a aprendizagem e a inovação ocorrem de maneira orgânica e contínua.
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Reforma Tributária e Lei do Bem: qual o impacto nos incentivos à inovação?

Simplificação tributária. Esse vem sendo um sonho longínquo da população brasileira no aguardo das regulamentações da reforma tributária. Muitas mudanças – parte já definidas e outras ainda em análise – poderão ser vistas com sua aprovação, as quais trarão impactos significativos para as operações corporativas no país.

Neste primeiro momento, a reforma tributária visou os tributos incidentes sobre o consumo. Assim, por decisão política, foi firmado o entendimento de se realizar uma reforma “fatiada”, sendo que essa a primeira fase, por meio da Emenda Constitucional n. 132/2023, trata, em síntese, da substituição de determinados tributos (IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins) por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual, composto pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Uma segunda etapa seria a reforma tributária sobre a renda, como é o caso do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ, e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL. Desta forma, podemos vislumbrar impactos nos incentivos voltados para a inovação. Esse é o caso, como exemplo da Lei do Bem, um dos maiores fomentos à inovação empresarial no país.

Instituída pela Lei 11.196 de 2005, o grande propósito da Lei do Bem é o de trazer benefícios fiscais para as pessoas jurídicas, com foco em viabilizar uma redução no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Via de regra, atualmente, tais benefícios são aplicáveis às empresas operantes no regime de Lucro Real, com lucro fiscal, que realizam investimentos em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento voltados para a inovação tecnológica (PD&I).

Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apenas em 2022, este mecanismo alavancou R$ 35,74 bilhões no Brasil, em um número crescente de empresas que almejam se aplicar a este mecanismo não apenas visando uma redução tributária, mas também como forma de melhorar, significativamente e gradativamente, seus processos internos através de estratégias inovadoras, favorecendo um desenvolvimento mais sustentável do negócio.

Por mais que a atual discussão da Reforma não traga nenhum impacto direto à Lei do Bem, no que diz respeito a exclusão adicional dos dispêndios com PD&I nas bases do IRPJ e CSLL, o avanço desta proposta, uma vez aprovada, irá influenciar no benefício da redução de 50% do IPI sobre máquinas e equipamentos dedicados a P&D, atualmente apresentado no inciso II do art. 17, da Lei 11.196/2005.

Com a segunda fase da reforma tributária, vislumbramos andamentos nos projetos de lei que tramitam na Câmara e no Senado Federal que tratam das alterações na Lei do Bem.

O primeiro deles é o Projeto de Lei n. 2838/2020, de tramitação no Senado, que amplia os benefícios concedidos às pessoas jurídicas que investem no setor. Hoje, as empresas que se encontram em situação de prejuízo fiscal não podem usufruir do benefício, porém, com a aprovação desta PL, elas poderão solicitar este valor para que consigam utilizá-lo posteriormente, além de também aumentar a dedução de impostos nas atividades de P&D.

Já o segundo, o PL n. 4944/2020, que está sendo tramitado na Câmara dos Deputados, prevê uma modernização e atualização da Lei do Bem, permitindo que as empresas utilizem esses benefícios fiscais em exercícios subsequentes e não apenas no ano seguinte da concessão – ampliando, ainda, as possibilidades de investimento em PD&I que podem ser abatidas dos tributos a pagar.

Ambos os PL´s trazem propostas similares no sentido de expandir a quantidade de empreendimentos passíveis de se elegerem à Lei do Bem e, apesar de ainda não haver previsão desta possível aprovação, é importante que as empresas se antecipem a esse cenário de ampliação se preparando, contratando pessoas capacitadas para que possam usufruir desses incentivos que possam surgir.

Elas precisam, desde já, sedimentar sua jornada inovadora em termos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia, de forma que consigam aproveitar essa expansão do mercado brasileiro em prol da aquisição de benefícios cada vez maiores para o incentivo interno à promoção da inovação em suas atividades.

Ainda estamos um passo atrás neste aspecto tecnológico e inovador em nível global. Nossa legislação precisa ser atualizada com uma tributação mais justa aos empreendedores nacionais e, com as propostas da Reforma, há, de fato, grandes expectativas neste cenário, o que deve estar à vista das empresas imediatamente para que consigam acompanhar esse cenário de transformação mundial e se manterem competitivas nos segmentos atuados, criando um cenário propício para um desenvolvimento inovador contínuo em suas operações. 



Jessyca Musumeci - Supervisora de Tax & Legal do FI Group Brasil, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I.

Thais Maia - Analista Sênior de Tax & Legal do FI Group Brasil, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I.


FI Group
https://br.fi-group.com/

 

O modus operandi dos hackers: roubando sua conta do WhatsApp com apenas o seu número de telefone

Freepik
 A ESET explica como é o roubo de contas, como configurar a autenticação em duas etapas para se proteger e como esse tipo de fraude está crescendo em vários países da América Latina


Os cibercriminosos estão roubando contas do WhatsApp associando um número a outro telefone e depois obtendo a senha de verificação que chega por SMS. A ESET, uma empresa líder em detecção proativa de ameaças, detalha como esse roubo é realizado e por que a autenticação em duas etapas é a melhor maneira de evitá-lo. 

Os golpistas primeiro abrem o aplicativo em outro telefone com o número da vítima e, em seguida, tentam enganá-la usando técnicas de engenharia social para obter o código de verificação.

Mensagem do WhatsApp que a Guarda Civil espanhola publicou
como exemplo de como tentam obter o código de verificação
. 

Uma vez que o obtém, acessam a conta e assumem o controle. Neste ponto, a única maneira de evitar o roubo é ter ativada a autenticação em duas etapas. Por isso, é recomendado ter essa opção ativada sempre.


 Mensagem que chega à vítima assim que os golpistas registram
 e associam seu número de telefone a uma conta do WhatsApp em outro telefone.
 

Uma vez que já roubaram a conta, eles se comunicam em nome da vítima com seus contatos e realizam outros tipos de golpes, como solicitar dinheiro. 

Cuide da sua conta com algumas dicas para prevenir ataques de sequestro de conta do WhatsApp: 

Primeiro, desative a visualização prévia de mensagens SMS. Quando as pessoas usam a verificação em duas etapas (também conhecida como autenticação de dois fatores) sem um aplicativo de autenticação, elas tendem a receber códigos enviados por SMS, mas se esses códigos puderem ser vistos em uma tela bloqueada, não funcionam como uma camada adicional de segurança, se o usuário não estiver atento ao telefone. 

Portanto, em segundo lugar, nunca se deve perder de vista o telefone ou dispositivo. Inúmeras pessoas adormecem no trem com seus telefones à vista ou até mesmo ao ir ao banheiro em restaurantes, deixam seus telefones rodeados por estranhos ou mesmo nos locais de trabalho. 

Para alguns dispositivos móveis, também está disponível a opção de Passkeys, que substitui a chave de verificação por SMS pela impressão digital, reconhecimento facial ou pelo próprio PIN do celular. 

Por fim, a melhor forma de proteger uma conta é ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp, pois é simples de configurar e evitará que esse ataque seja bem-sucedido. Abaixo, é mostrado o processo de como fazê-lo: 

Com o aplicativo aberto, vá para Configurações/Conta/Verificação em duas etapas e clique em Ativar. Em seguida, insira um código de seis dígitos e memorize-o. 


Configuração da verificação em duas etapas no WhatsApp. 

 

A seguir, insira o endereço de e-mail como uma camada adicional de segurança. Por fim, será exibida a confirmação da verificação em duas etapas configurada no telefone, o que significa que será muito mais difícil para alguém sequestrar a conta ou transferir as mensagens para outro dispositivo.


Verificação em duas etapas do WhatsApp para
 prevenir o roubo de conta.
 

 

Uma vez configurada e como uma forma de ajudar a lembrar o número, ao abrir o WhatsApp, ocasionalmente e de forma aleatória, o aplicativo pedirá para inserir o PIN. Isso não acontecerá toda vez que abrir, então não deve ser um inconveniente. 

"O roubo de contas do WhatsApp não é algo novo, na verdade, é um flagelo que está cada vez mais presente na América Latina. O exemplo do México é paradigmático: nos dois primeiros meses de 2024, o sequestro de contas do WhatsApp cresceu mais de 650% em comparação com os mesmos meses do ano anterior. Mas não é o único", comenta Fabiana Ramirez, Pesquisadora de Segurança da Informação da ESET América Latina. 

A seguir, a ESET revisa alguns exemplos específicos que ocorreram recentemente: 

Na Colômbia, os golpistas enviavam mensagens através do WhatsApp, fingindo serem suporte técnico do aplicativo para obter o código de verificação de seis dígitos e roubar a conta. Se a pessoa enviasse esse código, o golpista poderia assumir o controle da conta e ter acesso aos contatos e a parte do histórico de conversas. 

Na Argentina, durante a pandemia, usaram como pretexto os turnos de vacinação contra a Covid-19: foram registradas denúncias em que as pessoas alertavam serem contatadas por um telefone com a imagem do Ministério da Saúde da Província de Buenos Aires. Os golpistas solicitavam à vítima que enviasse um código de seis dígitos que receberia por SMS. Supostamente, esse código era para acessar o turno de vacinação, no entanto, trata-se do código que o WhatsApp envia para o número de telefone associado ao aplicativo para verificar que o verdadeiro proprietário da linha está tentando abrir uma conta do WhatsApp em um telefone. 

Outro exemplo é o de Honduras, onde circulou uma fraude na qual ofereciam dólares a um preço inferior ao preço de venda autorizado pelo Banco Central do país. A mensagem, enviada por um número de telefone verdadeiro de algum conhecido que já havia sido hackeado anteriormente, tornava muito mais fácil cair na armadilha. 

Para saber mais sobre segurança da informação, visite o portal de notícias ESET. A ESET também convida você a conhecer o Conexão Segura, seu podcast para descobrir o que está acontecendo no mundo da segurança da informação. Para ouvir, acesse este link.



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Fluxo de contratação é o pilar estrégico na formação de equipes de sucesso

De acordo com Alisson Souza, CEO da abler, a metodologia tem suas etapas definidas de acordo com as necessidades apresentadas em cada vaga

 

O fluxo de contratação representa parte da espinha dorsal que conduz a área de Recursos Humanos, funcionando como uma ferramenta essencial para guiar o processo de forma mais clara e estruturada. Mais do que um simples procedimento burocrático, esse conceito se apresenta como um guia que molda cada fase do recrutamento e seleção, culminando na construção de equipes sólidas e alinhadas aos valores da companhia. 

De acordo com Alisson Souza, CEO e fundador da abler, startup que tem o propósito de conectar empresas e pessoas candidatas, o fluxo de contratação é uma maneira de organizar todo o processo de forma visual, geralmente por meio de um fluxograma. “O objetivo é facilitar a contratação, proporcionando uma visão clara e estruturada de cada fase, desde a identificação da necessidade de contratar novos profissionais, até a integração dos novos colaboradores”, revela.

Segundo o especialista, o fluxo de contratação tem suas etapas definidas de acordo com as necessidades apresentadas em cada processo de recrutamento e seleção. No entanto, de modo geral, segue a seguinte ordem:

  • Planejamento;
  • Divulgação da vaga;
  • Triagem de currículos;
  • Recrutamento;
  • Testes técnicos e comportamentais;
  • Entrevistas;
  • Seleção de pessoas candidatas;
  • Envio da proposta;
  • Preparo da documentação;
  • Realização do exame admissional;
  • Onboarding.

Para o CEO da abler, o fluxo de contratação funciona como um mapa que detalha cada passo do processo de recrutamento e seleção, desde a identificação da necessidade até o onboarding. “Essa abordagem estruturada assegura que a contratação seja bem sucedida dentro de todos os critérios necessários para a qualificação da pessoa candidata, resultando em movimentos admissionais mais certeiros”, pontua.

 

Boas práticas para o uso do fluxograma de contratação

Para ser eficaz, um fluxograma de contratação deve ser claro e compreensível para todos que estarão envolvidos em todas as fases desde o recrutamento até a admissão. “Portanto, é fundamental se certificar de que cada etapa seja facilmente identificável, proporcionando mais eficiência e uma visão transparente de todo o processo”, declara.

Integrar feedbacks contínuos ao fluxograma também é um movimento essencial. “Dessa maneira, o RH saberá de forma mais explícita quando dar retorno aos profissionais, seja após testes ou entrevistas, por exemplo. Incluir essa etapa garante uma melhor experiência para as pessoas candidatas no recrutamento, com os futuros colaboradores passando por um processo de admissão bem esclarecido”, relata.

Alisson acredita que a elaboração de um fluxo de contratação pode ser a oportunidade perfeita para promover a diversidade entre os talentos de uma empresa. “Entretanto, para fazer essa estratégia dar certo, é preciso que cada etapa seja planejada para excluir aspectos discriminatórios e preconceitos, garantindo que todas as pessoas candidatas sejam avaliadas de maneira justa e sem vieses inconscientes”, alerta.

Cada fase e etapa do fluxo de contratação precisa contribuir para a percepção que as pessoas candidatas terão da empresa. “Por essa razão, o fluxograma deve ser uma extensão da marca empregadora, refletindo os valores e a cultura da organização”, revela.

 

Tecnologia a serviço das contratações

De acordo com o fundador da abler, algumas soluções são capazes de centralizar todo o fluxograma de contratações em apenas um lugar. “Contar com um sistema de recrutamento e seleção, por exemplo, pode otimizar o processo, tornando-o mais rápido e preciso, além de melhorar a qualidade das contratações”, finaliza.

 

abler
site


Alisson Souza - Trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, onde foi Gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. Pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University, é apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S. No final de 2017 co-fundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) 100% focada no aumento de produtividade e consequentemente na redução do tempo de fechamento das vagas. Neste negócio já auxiliou mais de 300 clientes a fechar 110 mil vagas na média, em 15 dias.


O desafio da transição energética e o G20


A questão climática e os impactos do aquecimento global se impõem cada vez mais como uma agenda urgente a ser tratada pelos países no âmbito doméstico e internacional. A recorrência e o aumento da gravidade de episódios de desastres naturais em todo o globo terrestre revelam que a mudança da matriz energética, como o investimento em infraestrutura para lidar com os impactos da mudança climática são cada vez mais urgentes. Ainda hoje, a maior parte da energia consumida no mundo vem de fontes não renováveis e poluentes. O carvão e o petróleo continuam sendo as principais fontes de produção de energia elétrica e transporte, respectivamente. 

O processo de transformação da matriz energética dos países é complexo e envolve dimensões mais profundas do que apenas a mudança na tecnologia empregada para geração de energia. Mudar a matriz energética envolve uma completa alteração dos processos de transmissão e armazenamento de energia, o que gera impactos sobre a estrutura de prédios e das cidades, implica em modificações na infraestrutura do transporte público e particular, além de exigir o desenvolvimento de planos de contingência, especialmente, no caso de tecnologias de energia intermitentes como solar e eólica. Todos esses elementos são fundamentais para que a transição da matriz energética aconteça de forma efetiva. 

Além da complexidade que uma transição energética carrega, o processo de desenvolvimento de novas tecnologias de energia e de infraestrutura é lento, custoso e apresenta poucos retornos financeiros no curto prazo, tornando-o menos interessante para a iniciativa privada. Outro agravante é o valor, pois a troca é cara e o desenvolvimento de economias de escala que possam ser aplicadas de forma ampla com custos reduzidos pode levar tempo. Além disso, todo o processo de transição energética precisa acontecer sem grandes perdas na atividade econômica dos estados. Mais ou menos como trocar o pneu com o carro andando. 

Apesar das dificuldades, a questão da transição energética se apresenta como uma agenda cada vez mais urgente. Unido ao aquecimento global, os temas são de relevância para o Brasil no G20. O tema já tem sido tratado em reuniões de ministros e deve ser um dos temas de destaque da ministerial de novembro. O desafio é grande e a cooperação internacional é fundamental para o êxito de uma transição energética a nível global. Assim, o desafio para o G20, que reúne as vinte maiores economias do mundo e, consequentemente, alguns dos maiores consumidores de energia do mundo, é promover uma instância de colaboração e coordenação entre os países para que as ações em prol da mudança do padrão de consumo energético dos países se acelerem. 

A questão ambiental sempre foi uma pauta onde o Brasil exerceu protagonismo no cenário internacional e o atual governo busca retomar esse papel do país. Ano que vem, a COP 30 será em Belém do Pará, o que gera uma nova oportunidade de buscar liderar os esforços de cooperação internacional em torno da questão ambiental, especialmente, da transição energética. Para além de resgatar o protagonismo internacional do país nos foros multilaterais, o tema em questão deve ser pensado com maior cuidado no âmbito doméstico. Apesar de o país ter uma matriz energética majoritariamente limpa, a maior parte do consumo energético relacionado aos transportes ainda é de hidrocarbonetos. À medida que as tragédias ambientais de natureza climática se abatem sobre o país, o desafio para o Brasil é ir além do protagonismo na arena internacional e buscar mudanças efetivas que contribuam para a mudança da matriz energética nacional buscando um desenvolvimento econômico mais sustentável. Além disso, investimentos em infraestrutura para lidar com os efeitos da mudança climática se apresentam como urgentes.

 

*Fernanda Brandão Martins - coordenadora do curso de Relações Internacionais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio.


 *O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.


O IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SALA DE AULA

 

Bernoulli Educação
Divulgação

70% dos estudantes brasileiros estão familiarizados com a IA e mostram interesse em explorar suas aplicações no contexto educacional


O mundo está em constante evolução, e a educação não poderia ficar para trás. Com o avanço exponencial da tecnologia, a inteligência artificial (IA) emerge como uma ferramenta fundamental no ambiente escolar. Uma pesquisa realizada pelo Google em 2023 revelou que cerca de 70% dos estudantes brasileiros estão familiarizados com a IA e mostram interesse em explorar suas aplicações no contexto educacional. Esse dado evidencia a importância de os educadores compreenderem e integrarem essas inovações de forma estratégica para potencializar o aprendizado dos alunos.

O Bernoulli Educação, comprometido em preparar os alunos para os desafios desse século, promove discussões sobre o uso criativo da IA na educação. O diretor executivo das unidades escolares da instituição, Marcos Raggazzi, destaca a importância de compreender e integrar a IA no ambiente educacional: "Mesmo que alguns profissionais ainda resistam ao uso da inteligência artificial, é crucial reconhecer que essa tecnologia já é uma realidade inegável. Precisamos compreender que ela pode ser uma ferramenta poderosa para personalizar o ensino e desenvolver as habilidades dos nossos alunos".

Segundo Raggazzi, as possibilidades oferecidas pela IA na educação são vastas e podem facilitar a identificação de padrões de aprendizagem, ajudando os educadores a ajustarem suas abordagens pedagógicas de maneira mais eficiente. Outro aspecto relevante é a criação de ambientes de aprendizagem mais interativos e envolventes. “O futuro da educação está de certa forma ligado ao avanço da inteligência artificial. À medida que exploramos as possibilidades oferecidas por essa tecnologia, é fundamental que permaneçamos atentos aos desafios e oportunidades que ela traz consigo”.

Ragazzi recomenda que o uso da IA na educação deve ser pautado por princípios éticos e responsáveis. Para ele, os educadores têm a responsabilidade de orientar os alunos para um uso saudável e consciente da tecnologia, promovendo uma reflexão crítica sobre seus impactos e limitações. “Capacitar os nossos alunos a lidar com os desafios do presente e do futuro é essencial. E esse presente já está sendo dominado pela inteligência não humana. Se as máquinas vão substituir os humanos, o que será dos humanos? Temos que preparar nossos alunos para esse contexto. Educando para que tenham um pensamento analítico, criativo, resiliência e motivação”, destaca Raggazzi. 



Bernoulli Educação


Dia Mundial da Reciclagem será comemorado em 17 de maio

 A reciclagem ajuda a reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários e minimiza o impacto ambiental negativo.

 

No dia 17 de maio comemora-se o Dia Mundial da Reciclagem. Criada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a data visa incentivar a reflexão sobre a importância de descartar corretamente e reciclar os itens consumidos. 

Segundo dados do relatório Global E-waste Monitor, em 2022 foram gerados, no mundo, 62 milhões de toneladas de lixo eletrônico, 82% a mais que em 2010. Apenas 22% desse montante foi realmente reciclado. 

O estudo também prevê um declínio na taxa de coleta e reciclagem para 20% em 2030, devido à lacuna cada vez maior entre os esforços de reciclagem e o crescimento exponencial da geração de lixo eletrônico. 

“Gradativamente, as companhias começam a rever seus processos, repensar a forma como operam e incluir em sua gestão indicadores pautados na sustentabilidade e nos princípios da governança ambiental, social e corporativa (ESG)”, pontua Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios. 

Segundo Lívia Baldo, especialista em gestão de resíduos e diretora comercial da Tera Ambiental, ao celebrarmos o Dia Mundial da Reciclagem, é importante reconhecer o papel crucial que a inovação e o compromisso com a sustentabilidade desempenham na criação de um futuro mais verde. A reciclagem de efluentes e a produção de fertilizantes orgânicos são exemplos inspiradores de como podemos transformar desafios ambientais em oportunidades para promover a saúde do planeta e das gerações futuras. 

O Movimento Plástico Transforma, em parceria com a SOLOS e as Prefeituras do Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Vitória (ES), realizará, na sexta-feira, 17 de maio, a partir das 8h30, um mutirão de limpeza na orla de três importantes praias destas regiões: Aterro do Flamengo, Praia de Tubarão e Praia de Camburi, respectivamente. 

A ação contará com a presença de 90 voluntários em cada cidade (estudantes e voluntariado inscrito), que participarão também de atividades educativas, conduzidas pela SOLOS, startup baiana que desenvolve soluções inteligentes para a gestão de resíduos e redução do desperdício. 

“À medida que o interesse por produtos e serviços responsáveis cresce, aqueles que incorporam esses valores mostram uma capacidade de adaptação à agenda ESG. Ao reduzir ao máximo os potenciais danos ambientais causados por suas atividades, priorizando ações voltadas para a reciclagem, a empresa eleva os seus níveis de confiança e faz com que o mercado a associe à sustentabilidade, conclui Vininha F. Carvalho.

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

 


 Tráfego está intenso nas rodovias neste início de sexta-feira

 A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (17). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - A Rodovia Anchieta (SP-150) apresenta tráfego tráfego no sentido capital do km 12 ao km 10 e do km 20 ao km 17, para quem segue para o litoral, tráfego normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160) há lentidão do km 18 ao km 14 e do km 16 ao km 16 no sentido capital, no sentido litoral, o tráfego é normal.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta tráfego lento do km 14 ao km 11+360, do km 22 ao km 21 e do km 106 e do km 104. No sentido interior, o tráfego é normal. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), a lentidão segue do km 16 ao km 13+360 e do km 106 ao km 104, sentido capital. No sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) tem tráfego lento do km 31+100 ao km 28+600 no sentido capital, no sentido interior, tráfego normal. Já a Rodovia Castello Branco (SP-280) apresenta lentidão do km 14 ao km 13+700 e do km 31+100 ao km 28+600 sentido capital, e no sentido interior, a lentidão segue do km 20 ao km 26 e do km 22 ai km 24

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão no sentido interior do km 47 ao km 51. No sentido capital, o tráfego é lento do km 24 ao km 18.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Feira da Moda Inverno (FEIMI) anuncia a primeira edição de 2024 na Avenida Paulista

 O tradicional evento de moda que acontece anualmente na capital paulista chega a mais uma edição com aumento no número de expositores que espera receber 50 mil visitantes

 

A tradicional Feira da Moda Inverno (FEIMI), referência em moda outono-inverno brasileira, anuncia sua primeira edição de 2024 a ser realizada na região da Avenida Paulista. Com mais de 20 anos de história, o evento se consolida como um dos maiores e mais importantes eventos do setor no Brasil com mais de 100 expositores e 150 mil visitantes anualmente.  

A FEIMI tem como objetivo proporcionar ao público uma experiência única, reunindo o melhor da produção nacional de malhas e tricôs das cidades de Monte Sião, Jacutinga, Águas de Lindóia, Serra Negra, Ouro Fino, Campos do Jordão, entre outras da região Sul do Brasil. 

A Feira da Moda Inverno é uma iniciativa feita por família e para famílias e o amor pela moda foi apenas o início da história que, hoje, busca fortalecer fabricantes da moda outono/inverno e levando ao consumidor a oportunidade de encontrar, em um só lugar, os melhores produtos de alfaiataria, couro, lã e malharia retilínea do Brasil. 

De acordo com Sônia Sodré, Diretora Geral da FEIMI, o negócio teve como inspiração a possibilidade de criar empregos, movimentar sonhos e permitir que tantas outras famílias evoluam juntos ao longo de todos esses anos.
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"A FEIMI não é apenas uma feira de moda, é uma ponte direta entre quem produz e quem consome, promovendo não só o comércio, mas também a conexão humana e a valorização do trabalho artesanal. Aqui, cada compra é uma história compartilhada entre fabricantes e consumidores, enriquecendo o mercado com produtos de qualidade e histórias de vida", comenta. 

Além disso, a Feira da Moda Inverno tem o compromisso de contribuir para a comunidade, e desde 2004 apoia o GRAACC - Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer. Parte da renda da bilheteria é revertida para a instituição, além do projeto de doação de consultorias de estilo, imagem e compras realizadas por profissionais da área durante o evento. 

O evento também é Pet Friendly, ou seja, seu amigo de quatro patinhas pode participar e frequentar o ambiente e ajudar a escolher a infinidade de looks disponíveis nas bancas dos mais de 100 expositores que estarão na feira este ano.

 

Serviço: FEIMI – Feira da Moda Inverno

Data: de 17 a 26 de Maio de 2024

Horário: das 12h às 21h

Local: Centro de Eventos São Luís, na Av. Paulista (com entrada pela Rua Luís Coelho, 323), São Paulo.
Ingressos: cortesias apenas com cadastro nos meios digitais do evento (site: feiradamodainverno.com.br; Instagram e Facebook: @feiradamodainverno; e WhatsApp 11 91964-7601. Nas bilheterias custam apenas R$ 10,00 e beneficiam o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC).


Lipedema: condição que afeta mais de 5 milhões de brasileiras e tem origem genética e hormonal

A conscientização sobre a doença é essencial para promover uma melhor compreensão e atendimento adequado para aquelas que sofrem com essa condição

 

Pessoas que sofrem de lipedema frequentemente relatam uma série de sintomas e desafios que impactam sua vida diária. Essas queixas variam desde desconforto físico até dificuldades emocionais e sociais. Segundo o Instituto Lipedema Brasil, a doença vascular crônica afeta 10% da população feminina no mundo e no Brasil mais de 5 milhões tem os sintomas da patologia.

Alline Vasconcellos Alves Peral, docente do curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Santa Marcelina, ressalta que o lipedema é mais comum em mulheres, pois fisiologicamente apresentam mais células de gordura que os homens, além das alterações hormonais que ocorrem com maior frequência, com isso é uma condição muito mais comum em mulheres, sendo 99% dos casos.

O lipedema é um processo de inflamação crônica que acontece as células de gordura, principalmente em membros inferiores, normalmente temos gordura em excesso nessas regiões de forma desproporcional, sendo considerado uma disfunção crônica do sistema vascular.

A seguir, a professora explica os desafios que as pacientes com lipedema enfrentam em seu cotidiano.


Quais são os sintomas mais comuns do lipedema?

Como principais sintomas temos sensação de membros pesados, inchaço e dor.


Qual é a diferença entre lipedema e obesidade comum?

No lipedema temos um processo inflamatório nas células de gordura mais intenso e muitas vezes alterações vasculares em conjunto como vasinhos e varizes.


Quais são as possíveis causas do lipedema?

Aparentemente está ligado a fatores hormonais, genéticos e hereditários, entretanto ainda não está totalmente elucidado.


Como é feito o diagnóstico do lipedema?

O diagnóstico é feito de forma clínica, ou seja, através do relato do paciente e inspeção da região que normalmente apresenta maior sensibilidade e gordura desproporcional na região.


Quais são as opções de tratamento disponíveis para o lipedema?

O tratamento do lipedema deve ser multidisciplinar, a utilização de  malhas compressivas ao menos 12 horas por dia pode ajudar nos sintomas como dor e sensação de peso nas pernas, a prática de atividade física é muito importante, uma dica de atividade seria a hidroginástica e o pilates, a dieta também se torna um fator importante onde deve-se evitar alimentos inflamatórios e adicionar alimentos com ação antioxidante, a drenagem linfática ajuda a melhorando sistema vascular e linfático, tendo melhora no desconforto do inchaço e peso, alguns recursos da eletroterapia  são interessantes como a fotobiomodulação (um tipo de laser), plataforma vibratória entre outros recursos, não sendo indicado procedimentos que tragam muito trauma aos tecidos, pôr fim a cirurgia de lipoaspiração pode ser indicada em alguns casos.


O lipedema é uma condição hereditária?

Parece ter influência, comumente se tem pessoas da mesma família com a disfunção, mas ainda está sendo estudado, provavelmente seja multifatorial.


Quais são as complicações associadas ao lipedema?

Além dos sintomas habituais como dor e inchaço, podem surgir outras questões como lesões articulares, comprometimento do sistema vascular e linfático, limitação de mobilidade entre outras complicações físicas e, por fim, um efeito psicológico devido ao impacto na qualidade de vida e autoestima.


Existe alguma relação entre o lipedema e outras condições médicas, como linfedema ou distúrbios hormonais?

Os fatores hormonais parecem sim ter influência, já o linfedema afeta diretamente o sistema linfático e o lipedema está ligado as células de gordura, apesar de ambas as disfunções possam ocorrer em membros inferiores, elas não são ligadas diretamente, mas podem ocorrer em alguns casos na mesma pessoa.


Quais são as estratégias de autocuidado recomendadas para gerenciar os sintomas do lipedema?

A alimentação equilibrada é importante pois o controle do peso e alimentos antioxidantes podem ajudar nos sintomas assim como a atividade física com pouco impacto, como no caso da hidroginástica que pode trazer queima calórica, sensação de bem-estar e relaxamento, além da realização de drenagem linfática, semanalmente, e utilização de cosméticos desintoxicantes trazendo alívio ao desconforto apresentado.

 

Faculdade Santa Marcelina


Instituto Pasteur de São Paulo fará vigilância viral em morcegos

 Novo grupo de pesquisa estudará os vírus hospedados nos animais da região da Mata Atlântica para investigar risco de doenças infecciosas emergentes.

 

Um novo grupo de pesquisa está sendo formado no Institut Pasteur de São Paulo (IPSP), com sede na Cidade Universitária, na capital paulista, para investigar os grupos virais presentes nos morcegos que habitam diferentes porções de Mata Atlântica no Estado, em ambientes urbanos e rurais. A ideia é fazer uma vigilância ativa nesses mamíferos voadores, para conhecer a diversidade dos vírus encontrados e a sua evolução, além de identificar e monitorar patógenos capazes de infectar humanos. 

O projeto, com previsão para durar quatro anos, será realizado no âmbito da modalidade de auxílio à pesquisa a jovens pesquisadores da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), dentro de um acordo entre a agência paulista, a Universidade de São Paulo (USP) e duplo financiamento do Institut Pasteur de Paris. “É um estudo investigativo, de vigilância, que também possibilitará o maior entendimento da eco-epidemiologia de um determinado grupo viral, de como esse grupo viral evolui, qual a diversidade dele no bioma brasileiro e qual seria o potencial zoonótico e de emergência desse agente”, afirma o biólogo Luiz Gustavo Góes, coordenador do grupo no IPSP. 

De acordo com o pesquisador, diversos estudos indicam que o Brasil está entre as regiões do globo com o maior potencial de surgimento de uma doença emergente. “Não apenas pela nossa densidade populacional, mas pela diversidade de animais e pelas pressões antropogênicas, como desmatamento e queimadas. Tudo isso tem influência no surgimento de doenças emergentes”, diz Góes. ‏‍

Considerada um dos hotspots da biodiversidade brasileira, a Mata Atlântica abriga 117 espécies de morcegos – tidos como um importante reservatório de agentes possivelmente patogênicos – e tem os principais centros urbanos do país inseridos nela, como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, há uma agricultura e uma pecuária intensiva nas proximidades. 

O grupo planeja coletar morcegos em diferentes áreas florestais do município de São Paulo, além de áreas mais afastadas das cidades, próximas a fazendas e áreas de cultivo de cana-de-açúcar. Também contará com colaborações dos centros de controle de zoonoses da cidade de São Paulo, que recebe morcegos de diferentes municípios para o diagnóstico da raiva. 

“Uma vez que, para realizar o diagnóstico de raiva, é preciso matar o animal a fim de extrair o conteúdo do cérebro dele e em geral a carcaça inteira que sobra é descartada, pensamos em fazer colaborações com esses centros para obter os outros órgãos, como intestino, pulmão, rins, baço, fígado”, explica Góes. “Cada grupo viral tem tropismo [propensão de infecção em um determinado tipo de célula ou tecido] em um órgão diferente; nem sempre se conhece qual é o órgão. Como estamos procurando vírus novos, eles podem ter um tropismo diferente.” Os coronavírus, por exemplo, têm um tropismo entérico e são transmitidos pelas fezes. Então o melhor tecido para investigar coronavírus é o do intestino do morcego. Já os hantavírus têm um histórico de infectar pulmão e rim dos animais. 

“A ideia é não apenas identificar agentes novos, mas também entender como é a biologia desses agentes: qual o tecido em que estão mais concentrados, onde se replicam e como evoluem”, diz o pesquisador. Os morcegos capturados pelo grupo em áreas florestais conservadas ou em áreas urbanas não serão sacrificados. Serão realizadas coletas com swabs oral e retal. Já a carcaça proveniente de mamíferos mortos será dissecada para a análise dos diferentes tipos de tecidos. 

Após isolar o DNA e o RNA do material, o grupo fará buscas específicas de vírus por técnicas de biologia molecular usando testes de PCR, por exemplo. Uma vez feito o sequenciamento genético do fragmento, será realizada análises filogenéticas preliminares, a fim de ver se a sequência viral se parece com algo já descrito na literatura. Com isso, os pesquisadores têm ideia se o material possui sequencias virais, qual o grupo e, mais especificamente, se os vírus encontrados têm alguma relação genética com vírus emergentes já reconhecidos. 

Quando os cientistas considerarem a pré-análise relevante, eles farão o sequenciamento completo do genoma viral da amostra por NGS, de Next Generation Sequencing. “Assim, conseguiremos fazer uma análise evolutiva, considerando os diferentes genes e os dados já disponíveis no banco mundial de dados genéticos. É um vírus novo ou não é? E, posteriormente a isso, tentaremos isolar o vírus usando diferentes linhagens celulares convencionais”, detalha Góes. 

Caso as linhagens celulares já conhecidas não forem suficientes para o isolamento em laboratório, o grupo pretende criar linhagens celulares específicas para isso. “Com o vírus isolado, podemos trabalhar para identificar o receptor celular usado por ele e traçar uma primeira análise para ver se tem potencial de infectar outras espécies de animais, incluindo o homem, avaliando assim seu potencial zoonótico”. 

Com o foco em epidemiologia viral e evolução de vírus emergentes, não é a primeira vez que Góes investigará os morcegos brasileiros. Ele conduziu e participou de diferentes estudos relacionados com a identificação de diversos vírus com potencial de infectar humanos, como coronavírus e influenza. Mais recentemente teve um artigo publicado em dezembro de 2022 na revista científica Emerging Infectious Diseases, durante a realização de um pós-doutorado no Instituto de Virologia na Charité-Universitätsmedizin, em Berlim, na Alemanha. 

Nessa instituição, Góes e colegas detectaram RNA de arenavírus em 1,6% de 1.047 morcegos investigados no Sudeste do Brasil entre 2007 e 2011. Os resultados dos estudos sugeriam que esses animais são um reservatório subestimado de arenavírus, que podem causar uma grave síndrome febril hemorrágica em humanos. O artigo “Highly Diverse Arenaviruses in Neotropical Bats, Brazil” pode ser lido neste Link.

 

Sobre IPSP: O Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) é uma associação privada, sem fins lucrativos, fundada em 31 de março de 2023 pelo Institut Pasteur, fundação francesa de direito privado, e pela Universidade de São Paulo, instituição de ensino e pesquisa brasileira. Sediado na Universidade de São Paulo, na Capital Paulista, o IPSP desenvolve pesquisas de classe internacional em Ciências Biológicas sobre doenças transmissíveis, não transmissíveis, emergentes, reemergentes, negligenciadas ou progressivas, incluindo as que levam ao comprometimento do desenvolvimento ou degeneração do sistema neurológico. Seu objetivo é desenvolver métodos preventivos, de diagnóstico/prognóstico e terapêuticos em relação às doenças estudadas, promovendo a inovação, a transferência e a difusão do conhecimento, em prol da saúde pública. O IPSP integra a Rede Pasteur composta por 33 institutos de pesquisa, presentes em 25 países.


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