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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Cinco medidas para evitar doenças respiratórias nas escolas

Assegurar a boa qualidade do ar externo é uma medida fortemente disseminada e compreendida ao redor do mundo – mas, pouco ainda se fala, especialmente no Brasil, sobre o mesmo cuidado nos ambientes internos. Em locais de grande concentração de pessoas, como as escolas, se torna fundamental garantir essa qualidade de ar internamente, não apenas para evitar a disseminação de doenças respiratórias, mas, acima de tudo, para manter a boa saúde como um todo das crianças e, assim, prezar por um local de estudos seguro para todos.

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece, desde a década de 80, a importância deste tema para evitar doenças respiratórias. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, por exemplo, foi registrado um aumento de 30% nas internações de crianças de até cinco anos por síndrome respiratória aguda grave nos primeiros quatro meses de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. Este ano, não tem sido diferente. Só no mês de maio, a ocupação de UTIs pediátricas em São Paulo ultrapassou os 80%.

Isso acontece pois, na maioria das escolas, são utilizados sistemas básicos de ventilação natural, os quais são inadequados para atender às necessidades dos alunos e, consequentemente, abrem margem para a maior incidência de tais doenças respiratórias. Afinal, muitos estudos já comprovam que a exposição a vários poluentes atmosféricos em edifícios escolares que não dispõem de sistemas de filtragem adequados, pode causar graves danos à saúde.

Em ambientes fechados, a probabilidade de disseminação de vírus respiratórios é potencializada quando as temperaturas caem, principalmente quando os devidos cuidados com a filtragem do ar não são mantidos periodicamente. Para evitar que estas doenças se alastrem nas escolas, confira cinco cuidados essenciais que fazem a diferença:


#1 Manutenção do ar-condicionado: este já se tornou um eletrodoméstico usual para controlar a temperatura dos ambientes internos e manter um conforto térmico. Mas, muitos desconhecem o cuidado necessário para que atinja seu propósito, principalmente em locais coletivos. Toda instalação de ar-condicionado nas escolas precisa ser muito bem planejada, projetada e cuidada, realizando sua manutenção periodicamente em, no mínimo, uma vez a cada mês – mesmo durante o inverno. Suas peças devem estar sempre em ordem, garantindo a correta filtragem do ar, eliminando contaminantes biológicos altamente propícios de se espalharem em ambientes fechados. Disseminando essa importância, a cartilha desenvolvida pela ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento) contém todos os impactos positivos da manutenção da qualidade do ar interno (QAI) para a saúde de seus ocupantes, assim como observações técnicas e explicações de como assegurar esse objetivo.


#2 Cuidado com a ventilação natural: não é incomum notar escolas que aderem à ventilação natural, ao invés do ar-condicionado. Porém, em épocas de temperaturas mais baixas, quando as janelas costumam ficar fechadas e os ventiladores desligados, há uma maior concentração da poluição externa nos ambientes internos – o que, junto com a baixa incidência de chuva e ar mais seco, cria o cenário favorável para a disseminação das doenças respiratórias nas escolas. A falta de renovação do ar nesses locais é extremamente prejudicial à saúde de todos, o que deve ser repensado a fim de contar com o auxílio de um mecanismo que garanta essa filtragem adequada.


#3 Limpeza adequada dos carpetes e estofados: a higienização de qualquer superfície em tecido, como carpetes, sofás e cadeiras, é fundamental para garantir a qualidade do ar interno. Mesmo quando esses itens parecem limpos, é preciso considerar que microrganismos invisíveis a olho nu podem se alojar nesses objetos. Por isso, é preciso contar com profissionais especializados, que conseguem fazer uma adequada higienização, contando com produtos e tecnologias específicas para este fim. Uma das maiores iniciativas para essa missão é o Guia desenvolvido pela ABRITAC (Comitê de Tapetes, carpetes e capachos da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção), o qual reúne as melhores práticas de manutenção e cuidados voltados aos revestimentos têxteis de pisos, através das técnicas e procedimentos corretos para higienizá-los devidamente. O conteúdo pode ser acessado no link a seguir: https://bit.ly/3WOQHFb.


#4 Produtos utilizados na limpeza do ambiente: certos produtos químicos utilizados rotineiramente na limpeza dos ambientes não são ideais para a saúde, principalmente aqueles com alta emissão química e fortes perfumes que podem, na verdade, mascarar problemas. Seu uso constante pode desencadear desconfortos, irritações, dores de cabeça e até alergias. Por isso, é recomendado que as escolas optem por produtos com baixa emissão de gases voláteis e com odor neutro em ambientes de uso coletivo, que serão mais agradáveis para todos e evitarão desencadear problemas respiratórios.


#5 Remediação correta do mofo: todo ambiente inteiro está sujeito ao mofo, e o que irá impedir que cause danos à saúde é a forma na qual ele é eliminado. Seus esporos podem se espalhar rapidamente e com muita facilidade, caso sejam apenas limpos superficialmente, uma vez que suas partículas permeiam profundamente as estruturas do local. Por isso, é preciso solicitar os serviços de profissionais preparados para remediar o mofo, isolando a área e criando um sistema de ventilação para tirar esporos internos, eliminando-os por completo. É apenas através desta retirada com segurança que será possível garantir o fim deste fungo e evitar danos graves ao sistema respiratório.

Os ambientes escolares podem se tornar locais perfeitos para a propagação de doenças respiratórias, caso os devidos cuidados não sejam tomados. Felizmente, existem muitos mecanismos simples e eficazes de barrar essa disseminação, que vão desde os cuidados dos próprios alunos, utilizando máscaras quando estão com sintomas de gripe ou resfriado, até as ações da própria instituição no que diz respeito à higienização e filtragem interna do ar.

Além de se sentirem mais confortáveis em climas internos mais frios – ao contrário dos ambientes termicamente neutros mais agradáveis aos adultos – a própria produtividade dos alunos será favorecida, enquanto o descuido com a qualidade do ar interno irá prejudicar seu desempenho cognitivo.

Todos os sistemas de ventilação utilizados precisam ser limpos e cuidados frequentemente, assegurando seu funcionamento correto para a retirada das impurezas externas. Esse ainda é um grande desafio nas salas de aulas, que precisam ser imediatamente combatidos em prol da saúde de todos. Precisamos compreender e disseminar cada vez mais essa importância, garantindo que todos tenham um ambiente escolar mais seguro.

Abordando a fundo este tema, a Brasindoor irá realizar um evento presencial no Senac Tiradentes, no dia 27 de julho, das 08h às 17h, contando com diversos especialistas do ramo em um cronograma de palestras sobre como promover essa gestão corretamente. As inscrições estão abertas no link a seguir: http://brasindoor.com.br/.

 


Leonardo Cozac - presidente da Brasindoor - Sociedade Brasileira de Meio Ambiente e Controle de Qualidade do Ar de Interiores.


Brasindoor
http://www.brasindoor.com.br/


Restrição ao aspartame aumenta debate sobre ultraprocessados

Bebidas que utilizam o adoçante, que está prestes a ser desaconselhado pela OMS, estão entre os alimentos produzidos artificialmente pela indústria, a partir de substâncias; eles são apontados como causas de doenças como câncer, diabetes e obesidade

 

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS), deve divulgar no próximo dia 14 de julho um relatório que pode até desaconselhar o consumo do aspartame, um dos componentes mais utilizados em adoçantes artificiais e refrigerantes dietéticos (também chamados de zero). A decisão, segundo notícia divulgada em 30 de junho pela agência britânica Reuters, será fundamentada em mais de 1,3 mil estudos científicos que investigam o aspartame como possível agente causador do câncer e de outras doenças.  

Caso isso seja confirmado, será uma mudança na orientação em vigor desde 1981, que considera “seguro” o consumo da substância dentro de um limite. O entendimento acompanha outra diretriz lançada em 15 de maio pela própria OMS, desaconselhando o uso de adoçantes sem açúcar para controlar o peso corporal ou reduzir o risco de doenças não-transmissíveis. De acordo com a entidade, revisões de estudos sugerem que este consumo, a longo prazo, não contribui para a redução da gordura corporal e aumenta os riscos de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.  

A discussão sobre o assunto volta a estimular a discussão sobre a produção e o consumo dos alimentos ultraprocessados, que são fabricados a partir de compostos e substâncias produzidas artificialmente, como gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos. De acordo com o professor Hugo Xavier, coordenador do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes (Unit), tais compostos e substâncias têm a única função de conferir uma maior durabilidade aos alimentos, de modo que eles fiquem mais tempo nas prateleiras e nas dispensas. Dessa forma, elas acabam atrapalhando a absorção dos nutrientes essenciais ao funcionamento do corpo. 

“Um exemplo disso é o cálcio, existente em alguns alimentos. Quando você consome um refrigerante com aspartame, ele impede a absorção do cálcio. Consequentemente, esse indivíduo fica com menos cálcio, o osso fica mais fraco e quebra com mais facilidade, o que chamamos de osteoporose. Isso é muito comum nos adolescentes e nas crianças, que caem com muita facilidade. A gente tem ainda a obesidade, muito comum por causa da caloria excessiva no consumo desses alimentos. E tem a piora da flora intestinal dessas pessoas”, elenca o professor.  

Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), e publicado em janeiro deste ano pela revista científica American Journal of Preventive Medicine, corrobora esse argumento, apontando os ultraprocessados como causadores de doenças e mortes relacionadas à má alimentação. Segundo a pesquisa, eles ocupam entre 13% e 21% do consumo total de energia da dieta em adultos, ao mesmo tempo em que contribuíram com cerca de 57 mil mortes prematuras entre 30 e 69 anos em 2019. E a redução desse consumo entre 10% a 50% teria o potencial de evitar entre 5.900 e 29.300 mortes. “A redução do consumo de alimentos ultraprocessados ​​promoveria ganhos substanciais em saúde para a população e deveria ser uma prioridade da política alimentar para reduzir a mortalidade prematura”, conclui a pesquisa da USP.

 

Quais são 

Entre esses alimentos industrializados, conforme definição do Guia Alimentar da População Brasileira, estão vários tipos de biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, pães e cereais açucarados, misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos ‘instantâneos’, molhos e salgadinhos “de pacote”, além de produtos congelados e prontos para aquecimento como pratos de massas, pizzas, hambúrgueres e extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos. 

É nesta classificação que entram os refrigerantes, refrescos, bebidas energéticas, iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados, que utilizam substâncias como o próprio aspartame. “Só pra se ter uma ideia, ele tem uma capacidade de adoçar esse produto 200 vezes mais que o próprio açúcar. Apesar de as pesquisas ainda não serem conclusivas sobre a relação entre o consumo de aspartame e o surgimento do câncer, mas a gente sabe que o consumo desses alimentos por um período prolongado pode sim tem um índice e uma relação direta ou indireta com o surgimento de várias doenças, como câncer, obesidade, hipertensão e diabetes”, afirma Hugo.  

Ainda segundo o professor da Unit, o consumo desses alimentos ultraprocessados se dá em virtude da praticidade e da facilidade de compra e preparo, no dia-a-dia, sobretudo entre a população dos grandes centros urbanos. 

 

Alternativas 

Entre as alternativas mais recomendadas para melhorar a alimentação e os hábitos alimentares, está o consumo de alimentos in natura, originados de animais e vegetais, como ovos, verduras, legumes, frutas e folhas, ou dos minimamente processados, que não tiveram nenhuma adição na composição original, mas apenas mudanças no processo de envasamento, limpeza ou moagem, como arroz, feijão, frutas secas, sucos naturais e as carnes cortadas em açougues. “É melhor consumir uma carne vermelha do que a linguiça. A depender do preparo, ela é bem melhor e mais saudável, digamos assim, do que os embutidos e enlatados - e aqui entra a salsicha”, afirma Xavier.  

Outra dica do nutricionista é fazer mudanças graduais nos hábitos, principalmente das crianças, para que elas se acostumem melhor com os alimentos mais saudáveis e prefiram menos os ultraprocessados. “Não é retirar abruptamente esses elementos: é diminuir eles e aumentar os alimentos mais naturais. Outra dica é colocar os alimentos naturais mais à vista da criança ou do adolescente, e mostrar a ele quais são os benefícios. Isso nós chamamos de educação alimentar e nutricional. Tudo parte dela. É necessário que os pais tenham essa consciência e comecem a trabalhar isso com as crianças o mais cedo possível”, concluiu.

 

Asscom

Grupo Tiradentes


Novo composto tem ação contra fungos resistentes quando combinado a drogas disponíveis no mercado

Nas imagens à esquerda, fungo Aspergillus fumigatus exposto
 por 48 horas aos antifúngicos tradicionais caspofungina (acima)
 e voriconazole (embaixo). À direita, combinação das drogas com brilacidina
 eliminou a maior parte dos fungos (
foto: acervo dos pesquisadores)
Estudo conduzido na Universidade de São Paulo (USP) revela que a brilacidina, uma nova droga testada para moléstias que vão de infecção cutânea por bactérias até COVID-19, pode matar cepas resistentes de fungos quando combinada a duas classes de antifúngicos disponíveis no mercado.


A nova potencial aplicação do medicamento, agora patenteada e descrita na revista Nature Communications, foi descoberta por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP) apoiados pela FAPESP.

O problema da resistência a medicamentos é um desafio reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas o processo de desenvolver uma nova droga é muito caro e demorado.

“Por isso, buscamos identificar a atividade antifúngica de moléculas químicas já conhecidas, mas até então não estudadas quanto a seus efeitos no controle do crescimento de fungos. Nesse caso, começamos explorando 1.400 compostos químicos até chegarmos neste”, conta Thaila Fernanda dos Reis, pós-doutoranda na FCFRP-USP e primeira autora do artigo.

Graças ao uso de diferentes métodos, os pesquisadores concluíram que a combinação da brilacidina com duas drogas antifúngicas distintas (caspofungina ou voriconazole) tem a capacidade de matar cepas resistentes de várias espécies de fungo que causam infecções em humanos, como o Aspergillus fumigatus, agente causador da aspergilose pulmonar invasiva.

A aspergilose é uma infecção comum em pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTIs), podendo levar a óbito entre 60% e 90% dos indivíduos. Afeta também pacientes com certo grau de comprometimento imune, como aqueles que estão passando por tratamentos oncológicos (leia mais em: agencia.fapesp.br/39432/ e agencia.fapesp.br/36228/).

Além das combinações com antifúngicos para infecções pulmonares, a brilacidina sozinha bloqueou o crescimento do A. fumigatus e o desenvolvimento da doença num modelo animal de queratite, uma infecção que afeta a córnea.

A doença ocular impacta de 1 a 2 milhões de pessoas por ano no mundo todo, sobretudo em países tropicais com grande atividade agrícola. Nos Estados Unidos e outros países desenvolvidos, o uso de lentes de contato contaminadas com fungos é o principal fator de risco.


Mecanismo de ação

A resistência a medicamentos se dá quando o microrganismo (fungo, bactéria ou vírus) encontra uma forma de sobreviver e continuar a se multiplicar mesmo na presença da droga que deveria conter seu crescimento.

Por isso, é importante ter opções de fármacos que atuem de diferentes formas sobre o patógeno, a fim de debelar a infecção mesmo quando a cepa é resistente a alguma droga. Contudo, enquanto existem nove classes de antibacterianos, há apenas quatro de antifúngicos disponíveis comercialmente.

A caspofungina, por exemplo, é um antifúngico disponível há bastante tempo no mercado. Seu mecanismo de ação consiste em inibir a síntese da parede celular, uma estrutura que envolve a membrana plasmática e que mantém a integridade da célula fúngica.

Quando em contato com a droga, porém, não raro, o fungo ativa um sistema de reparo, que dribla a ação da droga e permite que ele sobreviva na sua presença. Daí o potencial da combinação entre caspofungina e brilacidina. Nos testes, a presença da nova molécula desativou o sistema de reparo acionado pela caspofungina.

“A caspofungina não mata o fungo A. fumigatus, mas atrapalha sua multiplicação. Isso, muitas vezes, é suficiente para que o sistema imune do hospedeiro controle a infeção, mas nem sempre. Por isso é importante identificar drogas capazes de atuar em sinergia com ela. Uma das opções seria criar um único medicamento que reunisse simultaneamente caspofungina e brilacidina, de forma que pudessem atuar em conjunto”, resume Gustavo Henrique Goldman, professor da FCFRP-USP que coordenou o estudo.


Superfungos

Outra vantagem da brilacidina é que a combinação com a caspofungina ou com o voriconazole teve ação contra diferentes espécies de fungo.

Nos ensaios com modelos animais, além de A. fumigatus, a combinação da brilacidina com caspofungina foi eficaz em inibir outras espécies fúngicas como Candida albicansCandida auris e Cryptococcus neoformans.

Chamadas de “superfungos”, por conta de sua alta resistência a medicamentos, algumas dessas cepas têm sido responsabilizadas por infecções hospitalares graves. Recentemente, tornaram-se mais comuns devido ao grande número de hospitalizações em UTIs por conta da pandemia de COVID-19 (leia mais em: agencia.fapesp.br/39977/ e agencia.fapesp.br/35923/).

A ação sinérgica da brilacidina com voriconazole, por sua vez, foi eficaz tanto contra A. fumigatus quanto contra Mucorales, um fungo que ocorre sobretudo na Índia e no Paquistão e causa graves deformações no rosto.

Para que os efeitos sejam comprovados em humanos, porém, testes clínicos são necessários. Junto com a empresa proprietária da patente da brilacidina, a norte-americana Innovation Pharmaceuticals Inc. (IPI), os pesquisadores buscam agora uma empresa brasileira que possa licenciar o medicamento no país e realizar os testes clínicos, necessários para comprovar os efeitos em humanos e, em caso de sucesso, disponibilizar a droga no mercado.

O trabalho envolveu ainda outro projeto apoiado pela FAPESP.

O artigo A host defense peptide mimetic, brilacidin, potentiates caspofungin antifungal activity against human pathogenic fungi pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-023-37573-y.

 


André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/novo-composto-tem-acao-contra-fungos-resistentes-quando-combinado-a-drogas-disponiveis-no-mercado/41810/


Frio alavanca busca por medicamentos antigripais e antibióticos no Brasil

Plataforma Consulta Remédios registrou aumento de 56% em medicamentos descongestionantes no último trimestre


O inverno está bem perto de começar, mas as temperaturas já indicam queda há um tempo, e com isso, a busca por medicamentos utilizados no tratamento de gripes, resfriados e outras complicações respiratórias vêm aumentando. Quem diz isso é a plataforma Consulta Remédios, maior marketplace de farmácias do país, que tem uma média de 1 milhão de visitantes por dia no site. Entre os dados encontrados, a plataforma mostrou que a busca por antigripais registrou um aumento em torno de 45% em medicamentos antigripais nos últimos 3 meses se comparados ao primeiro trimestre do ano.

“Este ano está sendo o primeiro que enfrentamos o inverno sem o uso obrigatório de máscara desde a pandemia. Isso significa que os vírus vão sim circular mais facilmente e, apesar de o frio não ter uma relação direta com doenças respiratórias, os comportamentos das pessoas no inverno contribuem para o aumento de casos”, explica Rafaela Sarturi Sitiniki, farmacêutica responsável pela plataforma Consulta Remédios.

Além dos antigripais, soros nasais tiveram um crescimento de 25% e antibióticos utilizados em sintomas respiratórios, como a amoxicilina, por exemplo, também registraram 25% a mais de buscas. “No ano passado tivemos uma escassez de medicamentos, sobretudo de antibióticos. Este ano a procura com certeza será grande novamente, considerando que as temperaturas mais baixas estão começando somente agora”, diz Rafaela.


Dados regionalizados

Quando se fala em frio, o Brasil possui diferentes comportamentos. E durante esse período de chegada do outono e inverno, as buscas por estado também se diferem. Para se ter ideia, o estado do Paraná, um dos mais frios do país, registrou um crescimento de 64% em medicamentos antigripais e descongestionantes e totalizaram mais de 71 mil visitas nas categorias de medicamentos para tratamentos de sintomas respiratórios.

Já o estado de São Paulo, a maior praça do país, registrou um crescimento de 63% nos antigripais, e medicamentos da categoria descongestionantes chegaram a ter 57% a mais de procura na plataforma. “Em São Paulo a plataforma também registrou um crescimento de 33% nas buscas por antibióticos nos últimos três meses. A previsão é que esse dados cresçam ainda mais com a chegada do inverno”, ressaltou a farmacêutica.

O estado do Rio de Janeiro, mesmo não registrando temperaturas tão baixas, também apresentou aumento nas buscas por esses medicamentos. “Os antigripais tiveram um aumento de 58% no estado do Rio de Janeiro e os descongestionantes de 69%, um aumento bem significativo para um estado que não é tão frio, o que mostra que a falta de uso de máscaras vem contribuindo para os casos de síndromes respiratórias como um todo”, finalizou Rafaela.

 



Consulta Remédios
www.consultaremedios.com.br

 

ChatGPT representa risco aos dados das organizações


O ChatGPT, bem como outras ferramentas de Inteligência Artificial generativas, tem se popularizado atraindo grande número de usuários. A plataforma atingiu 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro, apenas dois meses após o lançamento, tornando-se o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história.

Recentemente, a OpenAI admitiu que um bug vazou dados de 1,2% dos usuários plus. Durante um período de nove horas, usuários poderiam acessar ou receber dados de outros assinantes: nome, sobrenome, e-mail, endereço de cobrança e os últimos quatro dígitos do cartão. Em um dos casos, esses dados só eram visíveis se os dois usuários estivessem conectados ao mesmo tempo. A empresa não divulgou o número total de contas que tiveram informações pessoais vazadas.

Além disso, o uso dessa tecnologia por hackers e pessoas mal-intencionadas, bem como o compartilhamento de informações confidenciais pode trazer grande risco para a segurança dos dados.

Funcionários e executivos podem estar compartilhando dados comerciais confidenciais e informações protegidas por privacidade para esses grandes modelos de linguagem (LLMs), levantando preocupações de que esses sistemas estejam incorporando tais dados em suas bases. Isso significa que, eventualmente, essas informações podem ser recuperadas em outras pesquisas e solicitações. 

Por exemplo, um executivo recorta e cola o documento de estratégia da empresa para 2023 no ChatGPT e pede para criar uma apresentação em PowerPoint. Após essa troca de informações, se um terceiro perguntar “quais são as prioridades estratégicas da [nome da empresa] para este ano”, o chat poderá responder com base nas informações fornecidas pelo executivo.

Ou ainda, um médico insere o nome de seu paciente e sua condição médica e pede para redigir uma carta para a companhia de seguros do paciente. Uma terceira pessoa pode pedir um modelo de carta que acabem vindo com essas informações, ou até mesmo por meio de uma pergunta específica obter informações sobre o paciente.

Algumas empresas restringiram o uso do ChatGPT pelos trabalhadores, e outras emitiram avisos aos funcionários para tomarem cuidado ao usar serviços de IA generativas.

Mas os riscos vão além do compartilhamento de dados. Cibercriminosos podem se aproveitar da ferramenta para criar malwares e e-mails de phishing otimizados. Recentemente, pesquisadores descobriram que o ChatGPT pode ajudar no desenvolvimento de ransomwares. Por exemplo, um usuário com um conhecimento rudimentar de software malicioso pode usar a tecnologia para escrever um malware ou ransomware funcional. Algumas pesquisas mostram que os autores de malware também podem desenvolver softwares avançados, como um vírus polimórfico, que altera seu código para evitar a detecção.

Outro risco de segurança associado ao ChatGPT é que a tecnologia pode ser usada para gerar spam e e-mails de phishing. Os spammers podem usar o modelo GPT-3 para gerar e-mails convincentes que parecem ser de fontes legítimas. Esses e-mails podem ser usados ​​para roubar informações. 

Os riscos de segurança do ChatGPT também podem assumir a forma de golpes de representação. Para fazer isso, um cibercriminoso estuda o estilo de escrita de um funcionário. Esse funcionário geralmente é um executivo de alto escalão, ou o responsável pelas finanças de uma empresa. Depois que o cibercriminoso termina de aprender, ele usa o ChatGPT para redigir mensagens para um funcionário da mesma forma que a pessoa personificada faria. Por exemplo, um hacker (imitando um funcionário da organização) pode escrever para o contador para solicitar a transferência de uma quantia enorme para uma conta. 

Identificando esses potenciais riscos de segurança, as organizações precisam estabelecer técnicas de mitigação desses riscos. É necessário o monitoramento da rede de forma contínua contra qualquer comportamento mal-intencionado, ou de compartilhamento de dados externamente. Modelos baseados em comportamento detectam qualquer padrão suspeito de acesso aos dados. Mais do que isso, já existem soluções que conseguem detectar, por exemplo, quando um funcionário está colando uma informação sensível em um browser da web. 

Outro ponto necessário é a gestão correta de permissionamento das informações dentro das organizações. Isso não é necessariamente uma novidade, mas nem por isso é uma prática amplamente adotada. É muito comum encontrar funcionários com acesso a um volume de informações importantes na empresa – e que não têm qualquer relevância para a atividade que desempenham. No final das contas, não importa qual a nova tecnologia, “sacada”, ou “artimanha” que o criminoso use: a solução é simples, e começa com o cuidado com o uso e compartilhamento das informações dentro da empresa. 

 

Carlos Rodrigues - vice-presidente Latam da Varonis

 

A inteligência artificial impulsiona o empreendedorismo feminino no mundo digital

Conheça Lisane Andrade, CEO e fundadora da Niara, primeira plataforma de Conteúdo e SEO baseada em Inteligência Artificial e Automação do Brasil.

 

A presença e a influência das mulheres no mundo dos negócios têm se fortalecido cada vez mais, especialmente no contexto digital. O empreendedorismo feminino ganhou impulso significativo com o advento da inteligência artificial (IA), e Lisane Andrade, CEO e cofundadora da Niara, uma plataforma de Marketing Digital, Conteúdo e SEO baseada em IA e Automação do Brasil, compartilha sua perspectiva sobre essa tendência em constante crescimento.

 

A inteligência artificial tem se mostrado uma ferramenta poderosa para alavancar o empreendedorismo feminino no mundo digital. A capacidade de automatizar tarefas, analisar dados em grande escala e tomar decisões estratégicas com base em informações precisas tem sido um diferencial fundamental para profissionais de Conteúdo e SEO, permitindo-lhes competir em igualdade de condições no mercado.

 

O SEO é um conjunto de estratégias que ajudam empresas de todos os portes e segmentos a aparecerem em boas posições no Google, gerando assim mais visitas e oportunidades de negócio. Dentro do marketing digital, é uma área bem difundida e utilizada, principalmente, por e-commerces. Além disso, o setor conta com forte presença feminina, representando 47,3% dos profissionais do ramo. Segundo pesquisa "Salário SEO 2023".

 

Lisane Andrade, uma empreendedora visionária e pioneira de SEO no Brasil, enxerga o papel fundamental que a Inteligência Artificial desempenha no cenário empresarial atual. Como cofundadora da Niara, uma plataforma que combina IA e automações para otimizar processos de Conteúdo e SEO, ela tem testemunhado em primeira mão como a IA pode capacitar profissionais e empreendedores a alcançarem resultados extraordinários.

 

Desde do lançamento da ferramenta, Andrade recolhe depoimentos de usuários satisfeitos com o produto. "Atendo clientes com SEO, mas sempre quis oferecer conteúdos, porém a falta de tempo e experiência me barravam de conseguir entregar isso a eles, com a Niara consegui realizar esse sonho e hoje já consigo entregar conteúdos para meus clientes, além disso, consigo oferecer mais serviços, ganhar mais dinheiro, ser mais produtiva e ter mais tempo para os filhos", afirma Jane Muniz, usuária da Niara há 2 meses.

 

Ainda de acordo Lisane Andrade, "A inteligência artificial tem sido uma grande aliada para o mundo dos negócios. Ela fornece ferramentas e insights valiosos para tomar decisões informadas e estratégicas. Além disso, a automação de tarefas rotineiras permite que os profissionais invistam seu tempo e energia em atividades mais estratégicas e criativas, impulsionando assim o crescimento de seus negócios".

 

A Niara é uma plataforma pioneira no Brasil que integra a IA e automações ao Conteúdo e SEO, oferecendo às empreendedoras uma solução abrangente para melhorar a visibilidade online de suas marcas. Por meio de algoritmos inteligentes, a plataforma auxilia na produção de conteúdo otimizado, sugere palavras-chave, códigos e também gera conteúdo em massa. Isso permite que seus usuários maximizem seu alcance e conectem-se com seu público-alvo de maneira mais eficaz.

 

Com a IA e as automações impulsionando o empreendedorismo feminino, a Niara está abrindo caminho para um futuro mais inclusivo e equitativo nos negócios digitais. Ao fornecer às mulheres empreendedoras as ferramentas necessárias para alcançar o sucesso, a plataforma está contribuindo para a quebra de barreiras e a promoção da igualdade de oportunidades no mundo empresarial. 



Niara


Lisane Andrade - empreendedora e líder de negócios, reconhecida por sua experiência em SEO e em Inteligência Artificial. Como CEO e cofundadora da Niara, ela tem dedicado seu trabalho na criação de tecnologias que ajudem profissionais e empresas a impulsionar seus negócios.


Unidades do Poupatempo são pontos de coleta da Campanha do Agasalho 2023

Entre os itens em bom estado de conservação recebidos nos 230 postos do Estado, estão agasalhos, meias, toucas, luvas, por exemplo

 

Com as baixas temperaturas registradas nesses primeiros dias do mês de julho, o Poupatempo reforça o alerta para as doações da Campanha do Agasalho 2023. Coordenada pelo Fundo Social de São Paulo (FUSSP), a ação tem o objetivo de arrecadar itens de inverno e aquecer o coração dos mais vulneráveis, em situação de rua. 

Parceiro da ação, o Poupatempo mantém em todos os 230 postos do Estado caixas para receber donativos. A campanha vai até 22 de setembro e as principais necessidades são agasalhos, meias, toucas e luvas, que sejam novos ou estejam em bom estado. 

Também é possível contribuir em dinheiro na conta corrente oficial da ação: no número 19.771-8, agência 1897-X, CNPJ/MF 44.111.698-0001/98. Outra opção de doar é pela chave Pix doacoesfussp@sp.gov.br. Com os recursos arrecadados, o Fundo Social de São Paulo fará a compra de 100 mil cobertores, que serão destinados à entidades sociais, entre elas hospitais e centros de acolhida e para os fundos sociais dos municípios do Estado de São Paulo. 

Pelo site www.campanhadoagasalho.sp.gov.br, os interessados podem encontrar a lista dos pontos de coleta.

 

27% dos consumidores já sofreram algum tipo de fraude ao comprar online, mas 87% sentem-se seguros ao fazer uma compra no e-Commerce brasileiro, afirma estudo da SBVC.

 Levantamento mostra que 38% dos consumidores sentem-se mais seguros ao fazer compras online em Marketplaces.

 

Os consumidores sentem-se seguros ao comprar online e cada vez mais as empresas devem adotar medidas adequadas para garantir essa segurança. Segundo a 2ª edição do estudo “Segurança do consumidor digital e as fraudes no varejo”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e pela Pinion, 87% dos consumidores digitais sentem-se seguros ao fazer uma compra no e-Commerce brasileiro. 

O estudo mostra que, apesar dos consumidores sentirem-se seguros, 27% dos entrevistados já sofreram algum tipo de fraude ao comprar online (na 1ª edição do estudo feita em 2019 eram 15%), e as ocorrências foram não recebimento do produto adquirido (57%), seguido por recebimento do produto errado ou com defeito (33%), fraudes no cartão de crédito (31%), vazamento dos dados pessoais (17%) e fraude na geração de boleto (12%). 

O estudo também verificou que a maioria dos consumidores costumam denunciar o ocorrido, e na sua maior parte por meios online, porém ainda é relevante o número de consumidores que não denunciam (42%). O principal canal de denúncia é “Reclame Aqui” (40%), seguido por Procon (22%). Destaca-se também o alto número de ocorrências não resolvidas, passando de 25% (em 2019) para 40%. Principais formas de resolução foram: 25% o valor foi devolvido pela empresa, para a conta do consumidor, em seguida para 12% o valor foi devolvido pelo banco, para a conta do consumidor, e também para 12% o valor foi devolvido em créditos para utilização de compras futuras. E por fim, 7% o produto foi trocado. 

Para Eduardo Terra, Diretor Presidente da SBVC, “Segurança digital e proteção de dados vem se tornando um tema cada vez mais relevante. Garantir uma jornada de compra segura e dar um suporte para eventuais problemas que ocorram em uma compra digital é essencial para as empresas de varejo prosperarem no Brasil.“

 

Metodologia

O estudo entrevistou 804 consumidores em todo o país, que costumam fazer compras online. O estudo teve como objetivo quantificar aspectos relacionados à segurança do consumidor digital, através da perspectiva do próprio consumidor, aprofundando a confiabilidade do consumidor em relação ao varejo digital brasileiro, utilização de ferramentas antifraude e ocorrências fraudulentas no e-commerce brasileiro.

 

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC: 

https://sbvc.com.br/estudo-2a-ed-seguranca-do-consumidor-digital-e-fraudes-no-varejo/

 

 

Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)
www.sbvc.com.br


 Pinion
https://pinion.business/


Caiu o pagamento do 2° lote da restituição do Imposto de Renda 2023? Descubra que destino dar ao dinheiro

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Especialista de fintech sergipana orienta como a quantia extra pode ajudar na saúde financeira pessoal; confira as datas dos próximos lotes

 

Na última sexta-feira (30), a Receita Federal realizou o pagamento do 2° lote do Imposto de Renda 2023, contemplando 5,1 milhões de contribuintes. No total, serão cinco lotes de pagamentos ao longo de 2023, organizados da seguinte forma: 1º lote foi pago em 31 de maio; 2º lote no último dia 30 de junho; 3º lote será em 31 de julho, 4º lote em 31 de agosto e 5º lote em 29 de setembro.

 

”É importante avaliar o momento e as necessidades para decidir o destino desse dinheiro, já que planejamento é o primeiro passo para manter uma saúde financeira que esteja de acordo com os seus objetivos, sem ultrapassar seus limites e gerar maiores dívidas”, ressalta Túlio Matos, sócio fundador da iCred, fintech sergipana criada no começo de 2022 para facilitar o acesso ao crédito e empréstimo pessoal.

 

Essa quantia extra pode ser um bom aliado para aquelas pessoas que estiverem endividadas e precisam equilibrar as contas. A dica do executivo é manter uma lista de prioridades de contas a serem quitadas e de novos planos, para se ter uma visão do todo e facilitar uma aplicação inteligente do dinheiro.

 

"É necessário estabelecer prioridades. Pagar o carro ou a reforma da casa? Quitar contas antigas ou fazer novos investimentos? É provável que existam diversas vontades, mas é fundamental analisar o que é mais urgente e importante para a família, levando em conta, principalmente, a saúde financeira", aponta o sócio-fundador da iCred. 

 

A prioridade de recebimento abrange diferentes situações, de acordo com a prioridade dos contribuintes. De acordo com a Receita Federal, o primeiro grupo que receberá o dinheiro registra 246.013 contribuintes com mais de 80 anos; 2.464.031 entre 60 e 79 anos; 163.859 com alguma deficiência física ou mental; 1.052.002 contribuintes que têm renda advinda do magistério; e, por fim, 204.020 pessoas que optaram por receber a restituição via Pix ou que realizaram a declaração pré-preenchida no começo do ano. 

A tecnologia proporcionada pelo Pix, por exemplo, tornou esse processo menos burocrático. Por isso, quem fez a opção por receber dessa forma ganhou prioridade. “As inovações em todo o processo do Imposto de Renda, nos últimos anos, facilitaram a vida financeira dos contribuintes, pois sabemos que esse valor acaba sendo uma opção a mais para solucionar dívidas. No entanto, é claro que ter cautela é sempre importante, para não ter dores de cabeça com destinos impulsivos para esse dinheiro, evitando dívidas ainda maiores no futuro”, finaliza Matos.

 

iCred


Troca de malas: saiba quais os direitos de quem viaja de avião

Veja dicas de segurança para evitar a troca de bagagem durante viagens de avião
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A advogada Ana Luiza Fernandes de Moura faz orientações para que as viagens dos sonhos, não se torne um pesadelo


Depois das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía serem presas na Alemanha por terem as malas trocadas, outro goiano também enfrentou um problema parecido: ter as malas extraviadas durante uma viagem para a Turquia. Mas afinal, o cliente pode ser ressarcido pela dor de cabeça e os gastos extras? Segundo a advogada Ana Luiza Fernandes de Moura, do escritório Celso Cândido de Sousa Advogados, a resposta é sim. 

Ana Luiza conta que a companhia aérea tem obrigação de devolver a mala para o passageiro nas mesmas condições que foi despachada, porém se houve a danificação, furto, troca ou extravio da mala, o passageiro deve informar a companhia e realizar a reclamação formal. “A companhia deve fornecer a resposta dentro do prazo estabelecido na norma regulatória e compensar o passageiro pelo dano sofrido. E caso não seja resolvido dentro do prazo regido, o passageiro deve entrar em contato com um especialista na área para resolver o problema judicialmente”, explicou.  

A advogada explica que, se comprovado que a bagagem foi extraviada, trocada ou avariada, após o despacho, a responsabilidade é da companhia aérea, que deverá pagar a indenização ao passageiro pelos danos sofridos. “Uma das formas de comprovação dos danos pode ser feita através de fotos da parte interna e externa da bagagem antes do embarque. Se comprovado, o passageiro deve procurar o guichê da companhia e fazer um Relatório de Irregularidade na Bagagem (RIB), especificando todas as informações constantes na bagagem. E caso a empresa não forneça o relatório, deve formular uma reclamação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e registrar um boletim de ocorrência”, afirmou.

 

Viagem segura 



A advogada orienta que uma das opções para ter uma viagem tranquila é o seguro de viagens, visto que o passageiro terá a garantia de que, caso a bagagem seja extraviada ou trocada, será ressarcido com o valor total da cobertura contratada. “Outra dica importante é manter as bagagens com travas e cadeados seguros e evitar transportar objetos de valor, como jóias e eletrônicos, e sempre verificar detalhadamente todos os itens inseridos”.

 

Dicas de segurança 

1 – Identifique sua mala facilmente
Para reduzir o risco de furto ou troca da sua bagagem, opte por uma mala com uma cor chamativa ou estampa diferente. Além disso, o uso de fitas, adesivos e outros adereços facilitam a identificação.

Outra dica é fazer uma marca secreta. Pode ser desde um risco a uma forma de escrever a inicial do nome ou uma data, por exemplo. Assim, só você saberá se está realmente pegando a sua mala ou não.

 

2 – Tire fotos e faça vídeos da sua mala
Uma forma de comprovar qual é a sua bagagem é tirar uma foto da sua mala por dentro e por fora, além de fazer vídeos do momento do despacho. Além disso, outra dica é fotografar todos os objetos, para comprovar uma possível perda ou furto de algum item.

 

3 – Deixe objetos de valor na bagagem de mão
Ainda considerando o risco de extravio de mala, é importante deixar objetos de valor na bagagem de mão. Assim, se houver algum problema, o prejuízo será menor. O mesmo vale para documentos, equipamentos eletrônicos e dinheiro.

 

4 – Use zíper reforçado e cadeado com segredo
Em geral, os cadeados com chave podem ser abertos de forma mais fácil. Portanto, as opções com segredos e senhas são mais seguras para evitar que alguém abra sua bagagem para furtar ou alterar o conteúdo.

Também existem modelos de malas com o zíper mais reforçado. Assim, quem pensar em furtar seus pertences terá uma dificuldade a mais.

 

5 – Guarde o comprovante de despacho
O comprovante de despacho da sua mala é essencial para comprovar qual é a sua bagagem. Além disso, você pode declarar neste documento todo o conteúdo da sua mala. Deste modo, se houver algum problema, você tem mais uma garantia.

 

6 – Plastifique sua bagagem
Por fim, outra estratégia para proteger a sua bagagem é plastificar a mala. Assim, o conteúdo fica ainda mais protegido e o comprovante pode servir para reaver os bens em caso de extravio.

 

Escritório Celso Cândido de Souza Advogados



O caminho para o Brasil avançar no PNE do ensino superior não depende só do MEC

O caminho para o Brasil avançar no PNE do ensino superior não depende só do MEC
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Especialista no INEP explica a importância da participação da sociedade, empresas e valor de mensalidades mais acessíveis


A taxa de escolarização líquida no país, isto é, o número de pessoas de 18 a 24 anos no ensino superior em comparação ao volume de jovens na população, é de 17,7%, ainda muito distante da meta de 33% estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) até 2024, enquanto a rede privada de ensino superior corresponde a 87,9% do total de instituições. 

Mas porque de fato essa questão de atingir as metas do PNE na educação superior é extremamente complexa? Segundo Rodrigo Bouyer, avaliador do INEP e sócio da BrandU e da Somos Young, “o assunto tem a sua complexidade porque envolve diversos fatores que não se resumem apenas em aumentar a quantidade de alunos, mas sim diminuir as desigualdades entre as diferentes localizações e aumentar a quantidade de estudantes.” 

Quando olhamos para o PNE propriamente dito, podemos observar que em regiões como o Norte e Nordeste do Brasil, citando mais especificamente estados como o Maranhão e a Bahia são locais que as metas estão muito mais longe de serem alcançadas. Esses estados, por exemplo, em termos de taxa líquida de ensino superior têm menos da metade da meta atingida. Para Bouyer, “este cenário propõe um desafio muito maior porque é preciso estimular o desenvolvimento das instituições de ensino nessas regiões e não só pensar em políticas públicas que sejam horizontais para o Brasil”. 

O especialista afirma que existem dois mitos que precisam ser derrubados pela sociedade: o primeiro é de que para atingir a meta do PNE no ensino superior só depende de articulações do MEC (Ministério da Educação) e que as universidades privadas não tem o que fazer. “Isso não é verdade. Nunca haverá orçamento suficiente para que isso possa acontecer, definitivamente não depende só do MEC”. 

E o segundo mito é que basta as instituições privadas baixarem as mensalidades que a população ingressa. “Isso também não é uma verdade, primeiro porque precarizar o ensino superior não vai trazer desenvolvimento nem local, nem regional, não vai virar inovação, não vai gerar empreendedorismo e não vai trazer empregos, não irá arrecadar impostos e  na verdade se criará uma legião de desempregados diplomados ou diplomados que trabalham em subempregos em condições degradantes. Então precarizar a educação superior privada para que as mensalidades baixem e aí a população ingresse não é a solução para se atingir o Premiere também”, completa Rodrigo. 

A solução não está apenas em baixar as mensalidades, porque custa caro fazer Ensino Superior. São quatro os pontos principais que o país precisa se mobilizar para atingir não só a meta do PNE, mas outras que virão rumo a uma taxa de escolarização cada vez mais alta da população. O primeiro ponto é que estados e municípios precisam participar deste movimento, embora não seja papel constitucional desses entes, nem estaduais e nem municipais, eles se beneficiam diretamente pela atividade do Ensino Superior de qualidade sendo bem desenvolvido. São eles que se beneficiam da geração de empregos, da atração de investimentos, do empreendedorismo local, da arrecadação de impostos, da produção de riquezas, da importação de mão de obra qualificada, da retenção de mão de obra qualificada, por conta de uma instituição de ensino de qualidade. Então, já que municípios e estados se beneficiam com isso, eles também criem maneiras de participar e estimular essas ações. 

Um exemplo real é a participação do estado de Santa Catarina, através da ACAFE (Associação Catarinense das Fundações Educacionais) no ensino superior, Campina Grande – Paraíba que também investe no seu ensino superior e no desenvolvimento local. Então alguns estados e municípios já perceberam a importância da participação nesse âmbito para seu desenvolvimento. 

O segundo ponto: as instituições de ensino também precisam aprender a rentabilizar o conhecimento e a inovação que elas produzem, seja na prestação de serviços ou em parcerias com outras empresas. Um adentro a se questionar é que a população está envelhecendo, dado que o número de jovens é cada vez menor no país, e as instituições precisam manter uma educação de qualidade para rentabilizar a sua existência, pensar uma outra maneira de se ter renda que não seja somente as mensalidades, até para que essas outras maneiras subsidiem bolsas de estudos totais ou parciais, atraindo estudantes de menor renda e possibilitando que seu curso seja de qualidade. Bouyer reforça: “não é baixar a mensalidade, mas produzir receitas para conseguir subsidiar a própria instituição de ensino e seu estudante”. 

O terceiro ponto: o setor privado precisa apoiar também. Muito se fala da geração de ensino superior gerando mão de obra qualificada, retendo mão de obra qualificada, atraindo empregos e gerando riquezas e renda. Então quem se beneficia desta mão de obra é o setor produtivo, é a iniciativa privada que passa a ter aquele profissional necessário, qualificado técnico ou intelectualmente falando, para que ele possa produzir riquezas para aquela instituição. 

Bouyer enfatiza que “já que a instituição privada, que as empresas com fins lucrativos essencialmente elas se beneficiem de anos de uma formação de Educação de alguém para pegar o profissional pronto e contratar, porque não devolver uma parte disso também para as instituições de ensino por programas diversos que não precisa ser necessariamente doação, pode ser contratação efetivamente de serviços prestados pela instituição de ensino e assim de alguma forma a iniciativa privada precisa se envolver nesse debate para aumentar a qualificação profissional, que será benéfico para todos, inclusive para as empresas”. 

E por fim, o quarto e último ponto: o Governo Geral, aí referindo-se diretamente ao  Ministério da Educação,  Ministério da Fazenda,  Tesouro Nacional, Congresso enfim, todos juntos pensando em maneiras de se promover o desenvolvimento do ensino superior, quer seja por retomada do FIES, esse novo FIES que está sendo anunciado para 2024, quer seja para ações de estímulos a essas instituições, que ao montar um Campus numa cidade bem distante dos grandes centros leva para lá consigo empregos, investimentos,  empreendedorismo, inovação e geração de renda. 

Para finalizar o avaliador do INEP explica que é muito mais capaz que uma instituição de ensino presencial consiga trazer esse desenvolvimento todo a uma região, do que um polo de educação a distância, onde os professores não estão ali na maior parte das vezes e cujo investimento para instalação é muito menor. “Então o governo precisa pensar em áreas distantes, vazias para a criação de cursos de ensino superior, criando incentivos, projetos e motivações para atrair estudantes para essas áreas, já que os grandes centros por si só já irão resolver os problemas “, conclui.

 

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