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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Rinite alérgica: cuidados redobrados com a limpeza dos brinquedos das crianças

Especialista dá dicas sobre os cuidados necessários na hora da higiene e como evitar crises da doença 


O inverno já chegou trazendo com ele temperaturas mais amenas, baixa umidade do ar e mudanças bruscas no clima, que favorecem o surgimento de doenças respiratórias.  

A mais comum nesta época do ano é a rinite alérgica. Com a queda da temperatura, temos a tendência de ficar em ambientes mais fechados e pouco ventilados, o que acaba aumentando a proliferação de micro-organismos, como fungos, bactérias, vírus e até mesmo os ácaros. 

 Por conta do clima, costumamos ficar em ambientes mais fechados, o que favorece o acúmulo de poeira e ácaros que no tempo frio estão presentes em maior concentração no ar. 

O resultado é nariz trancado, muitos espirros e coriza. E quem mais sofre com essa situação são as crianças. Segundo a médica otorrinolaringologista, Lina Ana Hirsch, para amenizar esses transtornos, é importante seguir alguns cuidados. "Precisamos manter os ambientes ventilados sempre que possível, higienizar as mãos com frequência, e, cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou um lenço sempre que for espirrar ou tossir. Evitar aglomerações,  e manter os pequenos sempre hidratados". 

Além disso, os pais também devem ficar atentos à higiene dos brinquedos. "Os brinquedos e bichinhos de pelúcia podem acumular poeira, formada por ácaros, além de ser um meio de propagação de microorganismos, por isso é fundamental higienizá-los. Essa limpeza deve ser feita a cada 6 meses ou sempre que necessário, dependendo do estado do brinquedo", salienta a médica.  

Por isso, separamos algumas dicas importantes sobre os cuidados que devem ser tomados. 

1.   Cuidados gerais: Comece higienizando com um pano úmido os espaços onde os brinquedos ficam guardados e onde as crianças costumam brincar. Os brinquedos devem ser higienizados a cada 15 dias, levando em consideração que cada tipo de material merece um cuidado diferente. 

1.   Brinquedos de plástico ou borracha: nesses casos a dica é colocar os brinquedos de molho em água morna com vinagre ou detergente, e em seguida lavar com uma esponja para retirar a sujeira; 

1.   Brinquedos com EVA: a dica é limpar com um pano umedecido em água ou álcool. Após essa etapa, deixe secar bem, de preferência ao sol, para evitar manchas e fungos; 

1.   Brinquedos de pelúcias: no caso dos urso de pelúcias o ideal é que a limpeza do dia-a-dia seja feita com pano úmido. É importante secá-los completamente após a lavagem, pois se ficarem úmidos, podem proliferar mofo e aumentar a quantidade de ácaros. Se for guardar o brinquedo, coloque em sacos plásticos à vácuo, evitando assim a entrada de umidade e mofo. 

 

 

Alerta importante aos pais! 

 

Um ponto importante quanto as pelúcias, é ficar atento às etiquetas anexadas em cada bichinho, pois elas dão orientações de como lavar, que produtos podem ser utilizados e como secar da forma correta. 

 

De acordo com Alexandre Martins, Gerente de Marketing e Novos Projetos do Grupo BR Machine, empresa que hoje é líder nacional no ramo de gruas de captura e pelúcias, com mais de 14 anos de experiência, os pais devem priorizar pela segurança e qualidade dos brinquedos na hora da compra. No caso da empresa, os investimentos em segurança começam ainda na etapa de escolha das pelúcias, processamento e embalagem, até chegar nos estabelecimentos ou lojas on-line onde serão disponibilizadas à população. 

“A nossa preocupação está em oferecer uma experiência divertida, mas principalmente segura ao consumidor. Por isso, cada pelúcia colocada dentro dos equipamentos ou vendidas no nosso e-commerce recebe o selo de certificação do INMETRO, ou seja, o cliente que capturar, leva para casa uma pelúcia que, além de bonita, é perfeita, original e segura.


Doença de pele comum ainda é desconhecida da maior parte dos brasileiros

Dermatite atópica aflige milhares de brasileiros, mas ainda é pouco tratada. Medidas preventivas e de controle dos sintomas são alternativas para lidar com a doença

 

Lesões de pele que coçam e apresentam crostas avermelhadas, com descamação frequente. Essa é a descrição básica dos sintomas da dermatite atópica, uma doença dermatológica crônica e hereditária que afeta de 2% a 5% dos adultos brasileiros, e aproximadamente 20% das crianças. Apesar de comum, poucas pessoas conhecem a fundo as características e consequências do problema: pesquisa recente feita pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC) a pedido de uma empresa farmacêutica, apontou que 60% das pessoas têm pouco ou nenhum conhecimento sobre a doença no Brasil. O desconhecimento é tamanho que a Sociedade Brasileira de Dermatologia criou uma data específica de conscientização sobre o tema, dia 23 de setembro.

A dermatologista credenciada da Paraná Clínicas, Dra. Bruna Cabral (CRM 39.355, RQE 29.891) explica que a dermatite atópica é crônica e ocorre de maneira mais comum na infância nas dobras dos braços e da parte de trás dos joelhos, geralmente acompanhada de coceira. “Trata-se de um problema dermatológico complexo que envolve defeitos da barreira da pele, disfunção do sistema imunológico e alterações dos microrganismos presentes na pele. Fatores genéticos, ambientais e psicológicos estão envolvidos para seu surgimento, por isso um único tratamento dificilmente é capaz de controlar a doença por completo”, afirma Bruna.

Embora seja um problema dermatológico relativamente comum, não há exames específicos que diagnosticam a dermatite atópica. A confirmação clínica é feita pelo médico através da análise da pele com lesões típicas da doença, histórico médico e familiar do paciente. Ela pode variar de casos muito leves em que cuidados com a hidratação são suficientes para controle das lesões, até situações graves que necessitam de internação e uso de medicações sistêmicas.

Apesar de crônica, há formas de atenuar as chances de manifestação da doença ou de minimizar seus efeitos: o tratamento básico inclui medidas para evitar o ressecamento da pele e medicações para controle da inflamação. A primeira linha de tratamento/prevenção é feita a partir de uma boa hidratação cutânea, sobretudo nas regiões mais vulneráveis, e é recomendada para todas as formas de dermatite atópica. Em casos leves/moderados, o uso de anti-inflamatórios geralmente é suficiente para controlar os sintomas. “Em situações mais graves ou onde há resistência à medicação, dermatologistas fazem uso de imunossupressores sistêmicos. Nos últimos anos, novos agentes imunobiológicos e de terapia alvo foram aprovados para tratamento de casos deste nível de gravidade, e tem apresentando respostas muito positivas. Ainda assim, infelizmente, não há cura para a doença até o momento”, afirma a dermatologista.


Causas e prevenção

A dermatite atópica está presente em pacientes com história pessoal ou familiar de doenças atópicas, como asma, rinite ou a própria dermatite. Alergias alimentares também podem estar associadas ao problema, mas não como causa: elas não são responsáveis pelo aparecimento dos sintomas embora aproximadamente 1/3 das crianças com a doença dermatológica apresentem alergia alimentar associada.

Em casos onde já existe a predisposição ou histórico familiar destes problemas, é importante que o indivíduo adote uma série de cuidados preventivos: “É necessário evitar fatores agravantes, e fazer o tratamento medicamentoso de acordo com a gravidade de cada paciente para evitar novas crises. Além disso, o uso de hidratantes é parte fundamental de uma estratégia de controle da doença, e acredita-se que tenha ação preventiva de surtos agudos”, afirma a dermatologista.

O uso de hidratantes e higienizadores não agressivos é apontado como uma das formas mais simples e eficientes de tratar a doença, principalmente em casos leves ou moderados. Eles promovem a manutenção e recuperação da barreira cutânea danificada, minimizando a penetração de alérgenos e toxinas que conduzem à inflamação. “A hidratação da pele melhora o ressecamento e reduz a coceira. Já a higienização da pele elimina as crostas e reduz a colonização bacteriana. Recomendamos o uso de substâncias com PH fisiológico, e banhos que durem, no máximo, até cinco minutos”, completa Cabral.

 

Dicas da especialista – Dermatite atópica:

-O uso de hidratantes, sobretudo por pessoas com histórico familiar da doença, é uma medida fundamental tanto para atenuar os sintomas durante crises, quanto para preveni-las.

- As roupas usadas por pacientes durante período de irritação cutânea devem ser leves e macias, preferencialmente de algodão, por proporcionarem menor atrito com a pele. Tecidos ásperos, lã e materiais sintéticos devem ser evitados.

- Usar sempre detergentes ou sabões líquidos com pH neutro para lavar roupas e, em caso de itens de vestuário recém comprados, é importante lavá-los antes do uso a fim de reduzir a concentração de substâncias potencialmente irritantes.

-O controle adequado da temperatura interna do ambiente é importante para minimizar sudorese e coceira durante os períodos de crise.

-Cobrir travesseiros e colchões com capas para minimizar os ácaros da poeira doméstica.

-Evitar o uso de produtos cosméticos com fragrância e preferir sempre sabonetes líquidos suaves e com pH ácido ou neutro.

-Mesmo em casos leves, é importante que o paciente procure um dermatologista para diagnosticar a doença e tratá-la de forma adequada a fim de evitar crises mais graves.


Paraná Clínicas
panaclinicas.com.br

 

Risco de doenças urológicas aumenta no inverno

Urologista de Santos mostra medidas que podem ser adotadas para evitar complicações


Entramos na estação mais fria do ano e com ela é comum o aumento de algumas doenças. As mais conhecidas são aquelas do trato respiratório, como as gripes e resfriados. Entretanto, alguns problemas do aparelho urinário também ficam mais frequentes quando a temperatura cai. 

 

O médico urologista Heleno Diegues Paes afirma que é comum a piora dos sintomas urinários daquelas pessoas que sofrem de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e de Síndrome da Bexiga Hiperativa. A HPB proporciona uma obstrução urinária em alguns homens, que passam a urinar com maior dificuldade. Eles apresentam sintomas como jato urinário fraco e intermitente, esforço miccional e aumento no número de vezes que precisam urinar. Há a tendência que esses sintomas fiquem mais intensos no frio. Já no caso da Síndrome da Bexiga Hiperativa, a pessoa apresenta vontade urgente de urinar e, por vezes, não consegue segurar a urina. Estas pessoas também tendem a sofrer mais nas épocas mais frias.

 

Outras pessoas, que sofrem de infecção urinária recorrente, podem ter suas crises de cistite mais frequentes devido a mudanças nos hábitos diários. É comum as pessoas diminuírem a ingestão de líquidos nesta época do ano e, consequentemente, ficarem longos períodos sem urinar.

 

“Aumentar a hidratação de forma a manter a urina na coloração clara e evitar ficar segurando a urina por muitas horas, são algumas precauções que devemos tomar para evitar as infecções neste período”, orienta o especialista.

 

Outras medidas que podem ser adotadas são urinar após a relação sexual e usar roupas íntimas de algodão. Esta última, inclusive, para evitar o surgimento de micoses no genital e nas virilhas, que podem ser precipitadas pelo uso de roupas quentes e apertadas no inverno.

 

“Os sintomas da infecção urinária incluem necessidade urgente e frequente de urinar com eliminação escassa de urina, ardor, dores na região da bexiga, nas costas, sangramento na urina, odor e coloração escura, além de febre”, alerta Paes.

 

Assim, o tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade de cada infecção, geralmente envolvendo o uso de antibióticos. Infecções urinárias não complicadas podem ser tratadas com antibióticos em dose única ou por um curto período de tempo, dependendo da medicação escolhida. No entanto, infecções urinárias nos rins ou prostatites requerem um tratamento mais prolongado.

 

Por mais que o consumo adequado de água estimule o funcionamento do sistema urinário e ajuda a prevenir infecções, é importante enfatizar que, seja qual for o sinal, o urologista sempre deve ser procurado para fazer uma avaliação correta e indicar o melhor tratamento para cada caso.

 

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.

 

Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.

 

Nesse período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.

 


3 mitos e verdades sobre a Sarna

Esta semana foi noticiado um surto de escabiose, popularmente conhecida como sarna, em refugiados afegãos que estão abrigados no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. 

O vice-presidente da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), o médico infectologista e Professor Adjunto da Disciplina de Infectologia na UNIFESP, Dr. Paulo Abrão destaca algumas características entre o que é mito e verdade sobre a doença. 

 

Contatos rápidos não transmite a sarna de pessoa para pessoa: Verdade

A sarna é uma doença de pele causada por um ácaro não visível ao olho nu, que só é identificado através de exames microscópicos, de raspagem ou lesões de pele que conseguimos observar. 

A transmissão da doença acontece através do contato direto (pele a pele) e prolongado entre as pessoas ou por meio de objetos e roupas, como lençóis, toalhas e travesseiros compartilhados. 

  

Surto de sarna dentro do aeroporto é perigoso para a população fora dele e pode se espalhar pelo município de Guarulhos: Mito

A doença se prolifera em pessoas agrupadas, como estão os afegãos naquele determinado setor do aeroporto, transmitida pelo contato mais próximo com familiares e por isso há uma disseminação local, não existindo risco de transmissão pelo aeroporto ou cidade de Guarulhos. 

“É preciso ficar atento nos próximos dias ou semanas a sintomas, como pápulas vermelhas na pele, que são muito pruriginosas, e que ocupam regiões características, em volta do umbigo, entre os dedos, as vezes na região genital, da fossa cubital, que são regiões clássicas de ter a sarna. Então, quem teve contato com alguém com a doença deve ficar atento se houver manifestação na pele e procurar o serviço de saúde mais próximo para ser tratado”, explica Dr. Paulo Abrão.

 

O tratamento é relativamente simples: Verdade

A sarna tem cura e não costuma oferecer riscos à saúde. A preocupação, eventualmente, é que por serem lesões de pele que coçam muito podem evoluir para uma infecção de pele por outras bactérias e isso é uma complicação que pode gerar quadros mais graves. 

O tratamento é feito com medicamentos orais ou tópicos, inclusive para diminuir a coceira com anti-histamínicos, porque principalmente à noite coça muito, a fim de evitar uma infecção secundária na pele. E, se isso acontecer, o uso também de antibióticos deverá ser administrado para evitar que as bactérias tornem essa infecção ainda mais grave. 

O especialista aponta ainda que as pessoas infectadas devem ter atenção à higiene. “O indivíduo deve tomar banho diariamente e ter as roupas muito bem lavadas com água quente e passadas a ferro para destruir os elementos de reprodução desse ácaro, fazendo a quebra da cadeia de transmissão de uma pessoa para a outra”, informa. 

Outra dúvida comum é comparar a sarna em humanos e animais. "Existe uma diferença grande, pois são espécies de ácaros diferentes. A sarna que acontece nos animais não causa a doença em humanos", finaliza o médico infectologista. 

 

Estação Grajaú da Linha 9-Esmeralda promove Campanha de Incentivo à Doação de Sangue

Ação será realizada das 10h às 15h.
Foto: Divulgação / ViaMobilidade
Alunos de enfermagem realizam aferição de pressão arterial e glicemia capilar como forma de alertar os passageiros sobre a importância da doação voluntária


A Estação Grajaú da Linha 9-Esmeralda promove, na próxima sexta-feira, 30, a Campanha de Incentivo à Doação de Sangue. No período das 10h às 15h, alunos do curso de enfermagem atenderão os passageiros, orientando-os sobre a importância de ser um doador.

 

Resultado de uma parceria entre a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos de São Paulo, e a Proz Educação, a iniciativa tem por objetivo conscientizar a população sobre como a doação voluntária pode salvar vidas.

 

Sendo assim, a equipe de enfermagem realizará aferição da pressão arterial e glicemia capilar nas pessoas que estiverem presentes, além de orientações sobre os cuidados com a saúde.

 

Folhetos explicativos sobre prevenção de anemia também serão distribuídos, além de orientações aos usuários sobre doação de sangue como forma de chamar a atenção para o tema. De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente, apenas 1,4% da população brasileira se disponibiliza a doar sangue para o Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Serviço:

 

Campanha de Incentivo à Doação de Sangue

 

Onde: Estação Grajaú da Linha 9-Esmeralda

Quando: 30 de junho

Horário: 10h às 15h


Automedicação no inverno: prática comum que pode agravar quadros leves

 

Uso de medicamentos inadequados pode falhar em
aliviar sintomas, atrasar diagnóstico e tratamento de casos simples
istock

Uso de medicamentos sem prescrição pode prolongar recuperação e até mascarar diagnósticos mais graves de outras doenças


Ao se deparar com os sintomas das chamadas “doenças de inverno”, como gripes, resfriados, alergias e inflamações das vias respiratórias, que afetam grande parte da população durante os meses mais frios do ano, muitas pessoas recorrem à automedicação em busca de alívio rápido. Uma pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, em parceria com o Datafolha, mostrou que 89% das pessoas tomaram remédios por conta própria em 2022. 

Apesar de parecer uma solução simples e eficaz, a automedicação tende a ser perigosa, pois pode prolongar a recuperação de casos de fácil tratamento e mascarar doenças mais graves que exigem diagnóstico médico. O uso de medicamentos inadequados ou em doses incorretas pode não apenas falhar em aliviar os sintomas, como também atrasar o diagnóstico e o tratamento adequados, permitindo que a doença progrida e cause complicações.

Além disso, há também o risco de interação medicamentosa, que pode potencializar ou inibir os efeitos dos medicamentos. “Normalmente, a indicação para tratamento de resfriados e doenças respiratórias envolve analgésicos simples e soro fisiológico nasal, medicações que dificilmente vão trazer danos a curto prazo. Entretanto, ao utilizarmos combinações com antihistamínicos, antialérgicos e vasoconstritores, existem riscos de efeitos colaterais, intoxicação por posologia inadequada e o surgimento de alergias”, explica a clínica médica do Hospital São Marcelino Champagnat, Maria Fernanda Uady Carvalho.

O consumo de medicamentos sem prescrição médica pode ser especialmente prejudicial para idosos. Esse grupo tem maior probabilidade de apresentar reações adversas aos remédios devido a mudanças fisiológicas relacionadas à idade, como diminuição da função renal e hepática, e alterações na absorção dos medicamentos. “A automedicação também é perigosa porque aumenta o risco de efeitos colaterais indesejados no tratamento dessas condições e doenças crônicas comuns em idosos, resultando em complicações graves ou piora dos sintomas”, complementa a médica.


Orientação profissional

Além da importância do diagnóstico médico, os farmacêuticos desempenham um papel importante na orientação sobre o uso correto dos medicamentos. Eles podem fornecer informações sobre posologia adequada, efeitos colaterais, contraindicações e também esclarecer dúvidas sobre medicamentos de venda livre, para otimizar o consumo dos fármacos. “Nós farmacêuticos exercemos a função de orientar com o intuito de combater a automedicação, utilizamos a assistência farmacêutica como estratégia para diminuir o uso desnecessário de medicamentos. Devemos estar sempre preparados para conscientizar os pacientes quanto a importância dos medicamentos, garantindo a segurança e eficácia dos mesmos”, explica a farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Alyne Blasio de Carvalho.

A farmacêutica também comenta que a orientação é a estratégia que os profissionais devem adotar para conscientizar os pacientes sobre os perigos da automedicação e promover o uso seguro de medicamentos. “A orientação humanizada e consciente do paciente e acompanhantes no sentido de evitar abusos é o melhor caminho. Além de não fomentar qualquer tipo de propaganda de medicamentos entre eles, mesmo as vitaminas e remédios comercializados sem prescrição médica”, finaliza Alyne.

 

Prati-Donaduzzi

 

5 Grandes Mitos Sobre Vacinas e Imunização

As vacinas são uma das maiores conquistas da medicina moderna e têm sido responsáveis por erradicar ou controlar muitas doenças perigosas em todo o mundo. Desde a introdução da primeira vacina contra a varíola em 1796, as vacinas têm sido uma ferramenta vital na luta contra doenças como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, a caxumba e a difteria. Graças à imunização em massa, muitas dessas doenças foram erradicadas ou estão em vias de serem eliminadas. 

O médico e diretor técnico da Salus Imunizações – clínica de vacinas – explica que, no entanto, ainda existem muitos mitos e desinformações em torno das vacinas, o que pode levar as pessoas a não se imunizarem ou atrasarem a imunização de seus filhos. É importante entender que as vacinas são seguras e eficazes e têm sido responsáveis pela prevenção ou erradicação de muitas doenças perigosas.

 

As vacinas podem causar autismo

Mito. Esse é um mito que foi desmentido por vários estudos científicos. Não há nenhuma evidência de que as vacinas causem autismo. O médico e pesquisador inglês Andrew Wakefield publicou um estudo em 1998 que sugeriu uma conexão entre a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. No entanto, o estudo foi amplamente desacreditado e descobriu-se que Wakefield havia falsificado os dados.

 

As vacinas podem causar efeitos colaterais graves

Mito. As vacinas são seguras e os efeitos colaterais graves são extremamente raros. A maioria das pessoas experimenta apenas efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção, febre baixa e fadiga. A vacinação em massa é um procedimento muito seguro e a maioria das pessoas não apresenta nenhum problema.

 

As vacinas podem causar a doença que estão tentando prevenir

Mito. As vacinas contêm uma forma enfraquecida ou inativada do patógeno, o que significa que não podem causar a doença completa. Em alguns casos, as pessoas podem experimentar sintomas leves após receberem a vacina, mas isso é uma resposta normal do sistema imunológico à vacina. No entanto, é importante lembrar que as vacinas não são 100% eficazes e uma pequena porcentagem de pessoas ainda pode contrair a doença mesmo após serem vacinadas. No entanto, mesmo que uma pessoa vacinada contraia a doença, ela geralmente terá uma forma mais leve da doença e terá menos risco de complicações graves.

 

As vacinas não são necessárias porque as doenças foram erradicadas

Mito. As vacinas foram responsáveis pela erradicação ou controle de muitas doenças perigosas, mas ainda existem doenças que podem ser prevenidas por vacinas, como o sarampo, a poliomielite e a gripe. Além disso, a imunização em massa é importante para proteger os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Sem a vacinação em massa, essas doenças podem voltar a ser uma ameaça à saúde pública.

 

As vacinas são apenas para crianças

Mito. As vacinas são importantes para pessoas de todas as idades. Alguns tipos de vacinas são recomendados especificamente para adultos, como vacinas contra a gripe, pneumonia e hepatite B. É importante que os adultos mantenham suas vacinas em dia para proteger sua própria saúde e a saúde de suas famílias e comunidades. 

Vale lembrar que as vacinas não são apenas uma questão individual de saúde, mas também uma questão de saúde pública. A imunização em massa é importante para proteger a população como um todo e prevenir surtos de doenças. Quando um número suficiente de pessoas é vacinado, a doença não pode se espalhar facilmente e a comunidade como um todo fica mais protegida. 

O Dr. Marco César Roque destaca que, além disso, as vacinas são uma forma muito mais segura e econômica de prevenir doenças do que tratá-las depois que elas surgem. O custo do tratamento de uma doença é muito maior do que o custo da prevenção através da vacinação. Além disso, as vacinas ajudam a prevenir complicações graves que podem ocorrer em pessoas que contraem a doença. 

Para fortalecer ainda mais a importância da vacinação, podemos citar o exemplo da erradicação da varíola. A varíola foi uma das doenças mais mortais da história, matando cerca de 300 milhões de pessoas no século XX. No entanto, graças à vacinação em massa, a varíola foi declarada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980. Isso mostra que a vacinação em massa pode ser extremamente eficaz na prevenção de doenças graves. 

“É importante lembrar que a vacinação é um direito e uma responsabilidade de todos. Ao se vacinar, você não apenas protege a si mesmo, mas também protege sua família, amigos e comunidade. A imunização em massa é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças e garantir a saúde pública.” Finaliza o Dr. Marco César Roque.

 

Marco César Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.

 

Entenda a relação entre apetite matinal e metabolismo

A relação entre apetite matinal e metabolismo tem despertado o interesse de pesquisadores e profissionais de saúde. Muitas pessoas experimentam variações significativas em seus níveis de fome durante diferentes momentos do dia, e entender como isso está relacionado ao funcionamento do metabolismo pode ser fundamental para uma alimentação saudável e equilibrada, além de informações sobre ganho de peso. 

Karinee Abrahim, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) - formada pela Universidade Estácio e é Pós-graduada em Metabolismo e Emagrecimento, argumenta que não é necessariamente o momento específico em que você come que determina o ganho de peso, mas sim a quantidade total de calorias consumidas em relação ao seu gasto energético. A recomendação é de comer menos à noite, isso está relacionado a alguns fatores fisiológicos e de digestão que podem influenciar a saúde e o gerenciamento do peso. À noite, nosso metabolismo basal, que é a taxa metabólica em repouso, tende a ser mais baixo do que durante o dia. Isso significa que nosso corpo queima menos calorias enquanto está em repouso durante a noite. 

 

Portanto, consumir menos calorias nesse período pode ajudar a manter um equilíbrio energético adequado. Durante a noite, nossos níveis de hormônios relacionados à fome e à saciedade, como a leptina e a grelina, podem ser influenciados. A grelina, conhecida como o "hormônio da fome", geralmente aumenta à noite, enquanto a leptina, conhecida como o "hormônio da saciedade", pode diminuir. Isso pode fazer com que nos sintamos mais propensos a comer mais à noite.

 

A digestão tende a ser mais lenta durante a noite, especialmente quando estamos em repouso e em posição horizontal durante o sono. Isso pode causar desconforto digestivo, como indigestão e refluxo ácido, se comermos refeições pesadas ou grandes antes de dormir. Para evitar esses sintomas e garantir uma boa qualidade de sono, é recomendado fazer refeições mais leves e permitir um intervalo adequado entre a última refeição e o horário de dormir, sono ruim também tem relação com ganho de peso.

 

De acordo com Thomáz Baêsso (@thomazbaesso), médico atuante em nutrologia, afiliado do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) em São Paulo, com vasta experiência em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual, nós temos no corpo um relógio biológico central que está diretamente ligado ao ciclo circadiano e a luz solar. Ele mantém nosso metabolismo bem ativo durante o dia e, a partir do final da tarde são liberados hormônios e neurotransmissores capazes de preparar o corpo para dormir.

 

A alimentação em horários avançados atrapalha fortemente essa regulação natural e contribui para o desenvolvimento de doenças, especialmente a obesidade, cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras doenças crônicas não transmissíveis.

 

Além disso, temos também uma relação genética envolvida, genes como SIRT-1, CLOCK e BMAL, relacionam a obesidade, síndrome metabólica e diabetes com o comer noturno e as piores noites de sono.

 

De forma hormonal, ao nos alimentarmos e iniciarmos a digestão, liberamos diversos hormônios e neurotransmissores, como cortisol e noradrenalina. Sendo que mantemos nosso corpo em estado de alerta, a queda noturna fisiológica é esperada da pressão não acontece e retardamos o início da liberação de hormônios relacionados ao sono, como melatonina, o que faz com não tenhamos um sono reparador. Thomáz diz que a fome metabólica, ou homeostática, é a fome real, motivada pela falta de calorias e nutrientes no corpo.

 

A nutricionista aponta que pela manhã, um café da manhã com quantidade adequada de proteínas, que varia para cada pessoa, ajuda a controlar a fome no resto do dia. Frutas, sucos, vitaminas são boas opções. Para quem não tem fome, Whey protein é excelente para junto fazer um mix com frutas e aveia, omelete com vegetais e sementes, são exemplos de refeições leves, protéicas e de fácil digestão para começar o dia. 



FONTE:
Karinee Abrahim, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais) - formada pela Universidade Estácio e é Pós-graduada em Metabolismo e Emagrecimento - Uniguaçu BR.

Thomáz Baêsso (@thomazbaesso), médico atuante em nutrologia, afiliado do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) em São Paulo, com vasta experiência em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual. CRM: 235249.


Saúde mental: Procrastinação pode ser sinal de alerta

Conheça alguns tipos clássicos de proteladores e como superar o problema

 

Estudos da 10ª Conferência de Pesquisa sobre Procrastinação fornecidos pelo professor de psicologia na Universidade DePaul, Joseph R. Ferrari e divulgados pelo Jornal New York Times, trazem números surpreendentes: uma em cada cinco pessoas se enquadra na categoria chamada de procrastinadores crônicos. Essas pessoas adiam compromissos sistematicamente até o último minuto em várias áreas de sua vida: pessoal, corporativa, financeira e social.

A procrastinação, chamada popularmente de ‘empurrar com a barriga’, é o ato de adiar o cumprimento de uma tarefa que precisa ser realizada. Tal prática resulta em grandes problemas para qualquer pessoa que esteja tentando alcançar seus objetivos profissionais ou pessoais. “Procrastinar é algo normal, todos nós procrastinamos em alguma instância da vida.  O problema é quando este comportamento se torna recorrente, muitos procrastinadores acabam perdendo excelentes oportunidades no ambiente corporativo e acadêmico por falta de pontualidade, que podem gerar graves problemas de saúde e bem-estar, incluindo depressão e ansiedade”, destaca a psicóloga especialista em neurociência aplicada ao comportamento humano, Sabrina Amaral.

Foi o que ocorreu com a pedagoga, Karen Regina da Silva Dias, 46, que decidiu pedir ajuda quando se deu conta da procrastinação. “Muitas coisas que eu começava não dava continuidade, como a leitura de um livro por exemplo”, explica. No início de 2022, durante o processo de avaliação neuropsicológica do filho de sete anos, com suspeita de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ela se identificou com as características e fez uma avaliação para detectar TDAH também. “O diagnóstico foi positivo, o que explicou como eu vinha me comportando, procrastinando até nas tarefas mais simples como organizar a casa. A partir daí comecei a me policiar mais e me esforçar para concluir aquilo que começava. Me ajudou muito principalmente quando precisei redigir o TCC do meu curso de pós-graduação”, descreve Karen.

A vontade de deixar para amanhã nem sempre é preguiça, mas sintoma de outras questões psicológicas mais severas, destaca a especialista Sabrina Amaral. De acordo com ela, a procrastinação é um comportamento que afeta a produtividade e o bem-estar emocional, levando ao estresse, exacerbando o sentimento de culpa e a sensação de arrependimento. “A pessoa que procrastina tem consciência da importância de realizar uma tarefa, contudo, não consegue transformar a intenção em ação e concluí-la, o que traz muita ansiedade e angústia”, explica.

Conheça alguns tipos clássicos de procrastinadores, destacados pela especialista:

PERFECCIONISTAS Esperam muito de si mesmos e procrastinam por medo de não serem capazes de alcançar a perfeição. Eles podem acreditar que não são bons o suficiente para completar a tarefa com o nível de qualidade que desejam.

INDECISOS Por não conseguirem tomar uma decisão ou por medo de errar, acabam presos em um ciclo de análise excessiva, ponderando as opções sem conseguir chegar a uma conclusão.

OTIMISTAS Subestimam o tempo e a energia necessários para completar uma tarefa e, consequentemente, deixam tudo para a última hora. Acreditam que conseguirão realizá-la rapidamente, mas acabam esquecendo os obstáculos e as complicações que podem surgir.

DISTRAÍDOS São facilmente fisgados por outras atividades, ou por estímulos externos como notificações em dispositivos eletrônicos. Costumam ter dificuldade em manter o foco e a atenção na tarefa em questão.

ESTRESSADOS São aqueles que estacionam por causa do estresse ou da ansiedade em relação à tarefa em questão. Sentem-se sobrecarregados e incapazes de lidar com a pressão, e a procrastinação pode ser uma maneira de lidar com esses sentimentos.

VICIADOS Aqueles que procrastinam até o último minuto, uma vez que gostam de sentir altos níveis de adrenalina e tensão, seguidos por uma descarga enorme de dopamina (hormônio da realização e bem-estar) quando finalizam a tarefa em cima da hora, com bons resultados.

A especialista lembra que existem questões psicológicas que apontam para a dificuldade em começar e terminar atividades, como exemplo:

TRANSTORNOS DO HUMOR A procrastinação pode ser um sintoma de depressão, que costuma deixar a pessoa sem energia ou motivação para realizar tarefas cotidianas.

ANSIEDADE A ansiedade pode impedir o desenrolar de uma tarefa por medo de fracassar ou não ficar perfeita.

TRANSTORNOS DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) A procrastinação é uma característica comum do TDAH, já que a pessoa pode ter dificuldade em manter o foco e a atenção em uma tarefa específica, como acontecia com a Karen.

BURNOUT Quando as pessoas estão exaustas e têm muitas tarefas a fazer, acabam procrastinando porque não sabem por onde começar. Outras vezes, por se sentirem sobrecarregadas e sem energia.

 

Buscando ajuda qualificada

Sabrina Amaral ressalta que a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) vem alcançando sucesso com procrastinadores. “Uma das coisas que trabalhamos na psicoterapia é ajudar o paciente identificar e desafiar pensamentos negativos, que podem levar à procrastinação, como não ser bom o suficiente ou acreditar que algo é muito difícil, e substituí-los por pensamentos mais positivos e realistas”.

Para a pedagoga Karen, a terapia a fez descobrir a raiz do problema em relação à procrastinação. “Aqueles traumas de infância, bullying e crenças limitantes, que meus pais e educadores escolares colocaram sobre minha formação, foram responsáveis em boa parte pelos pensamentos e atitudes procrastinadores. O processo terapêutico me ajudou a identificar e quebrar o vínculo que eu ainda tinha com essa parte do meu passado e hoje me sinto mais confiante”, explica.

Outro ponto destacado pela psicóloga Sabrina Amaral, é o quão importante é aprender a lidar com a ansiedade, descobrir os benefícios da respiração profunda e da meditação. “A prática da autocompaixão é maravilhosa para trabalhar a autocrítica quando procrastinamos, através dela, aprendemos a nos perdoar, a acalmar os pensamentos punitivos e termos uma fala interna mais gentil conosco mesmo.  Isso nos ajuda a construir uma visão mais realista ao perceber que todo mundo procrastina em algum momento e que isso não define quem somos em nossa totalidade.”, comenta.

Uma dica da psicóloga é, durante a execução de uma tarefa, dar uma pausa, se afastando por um curto período, o que pode ajudar a limpar a mente e reduzir a pressão. “Para sair do looping de pensamentos negativos, pare, respire profundamente por alguns minutos para ajudar a acalmar a mente. Depois disso encare a tarefa de frente, divida-a em pequenas partes para ficar mais fácil de você organizar no tempo e no espaço. E lembre-se de celebrar cada etapa cumprida” orienta a psicóloga.

Embora a procrastinação não possa ser evitada totalmente, conhecer os motivos pelos quais ela acontece e aprender a superar essas tendências pode ajudar. “A verdade é que não existe um “estado de espírito ideal” ou “o momento certo” para começar uma tarefas, especialmente aquelas mais chatinhas, isso é uma verdadeira ilusão. Ao invés de ficar esperando, busque ajuda: fale com um amigo, mentor, ou colega de trabalho que possa te ajudar a se motivar e ter uma perspectiva mais positiva. O importante é persistir!”, conclui Sabrina.

 


Sabrina Amaral - psicóloga especialista em neurociência do comportamento, bacharel em Psicologia pela Universidade Metodista de Piracicaba, pós-graduada em Gestão e Estratégia de Pessoas pela INPG Business School e em Terapia Cognitiva Comportamental pela PUC-PR, possui ainda formação em Neurociência do Comportamento Humano e Programação Neurolinguística, além de certificações internacionais pela Omni Hypnosis Training Center em Master Coaching e em Hipnose Clínica Avançada. Em mais de duas décadas de carreira treinou mais de 10 mil pessoas em cursos e palestras, é também a idealizadora da Epopéia Desenvolvimento Humano, que nasceu com propósito de gerar transformação positiva na vida das pessoas, embaixadora da Rede Mulher Empreendedora na cidade de Campinas (SP) e voluntária na Humanitarian Coaching Network.
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Efeitos dos Alimentos Ultraprocessados no Organismo: Entenda Porque são tão Perigosos

Os alimentos ultraprocessados são altamente irresistíveis, viciantes e de longa validade, porém nada nutritivos. 


Alimentos processados fazem parte da nossa rotina alimentar diária, mas será que realmente sabemos o que estamos consumindo? Os alimentos ultraprocessados são feitos com níveis variados de processamento industrial e contêm ingredientes que não costumam ser utilizados na culinária caseira, como conservantes, adoçantes artificiais e emulsificantes. Mas por que isso é um problema? 

Estudos têm mostrado que o consumo de alimentos ultraprocessados pode estar relacionado a diversos problemas de saúde, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e doenças neurodegenerativas. Esses alimentos geralmente possuem baixo teor de nutrientes e alta densidade energética, o que significa que têm um alto teor calórico em relação ao seu conteúdo nutricional.

 Os ingredientes utilizados na fabricação desses alimentos também podem ter efeitos prejudiciais à saúde. Conservantes, corantes, adoçantes artificiais e emulsificantes são alguns exemplos de aditivos químicos usados em alimentos ultraprocessados. Esses aditivos podem ter efeitos tóxicos no corpo humano, especialmente quando consumidos em quantidades excessivas. 

Os emulsificantes são compostos químicos encontrados em muitos alimentos ultraprocessados que melhoram a aparência e a textura dos alimentos e prolongam sua vida útil. Estudos têm mostrado uma relação clara entre a ingestão de emulsificantes e um risco acrescido de câncer em geral, câncer de mama e doenças cardiovasculares. Além disso, o adoçante aspartame é um dos aditivos mais polêmicos em alimentos ultraprocessados. Embora seja duzentas vezes mais doce que o açúcar e tenha sido anunciado como uma ótima alternativa de baixa caloria, surgiram dúvidas sobre seus possíveis efeitos nocivos. A OMS afirmou que o uso prolongado de adoçantes como o aspartame pode aumentar o risco de doenças crônicas, como diabetes e obesidade.

O médico nutrólogo, Dr. Ronan Araujo, explica que o consumo de alimentos industrializados traz uma sobra de energia calórica e pouca nutrição ao organismo. Consumir vários desses alimentos potencializa os efeitos ao corpo provocando inflamação e obesidade.  

A má alimentação também pode causar danos à saúde dos jovens, como deficiência de concentração, de aprendizado e de memória. A insuficiência de nutrientes pode provocar, ainda, alterações neurológicas na adolescência, acarretando doenças como: hipertensão, diabetes, alterações articulares e comportamentais.  

Mas como podemos evitar esses alimentos em nossa dieta? A resposta é simples: optando por alimentos frescos e pouco processados. Esses alimentos são ricos em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e fibras, e têm baixo teor de sódio, gordura e açúcar adicionados. 

“Ao escolher alimentos frescos e pouco processados, é importante também evitar adicionar muitos temperos, gorduras, açúcares e sal, que podem diminuir os benefícios nutricionais desses alimentos. É possível preparar alimentos frescos e pouco processados sem adicionar muito sal ou açúcar.” Orienta o Dr. Ronan Araujo.

 

Algumas dicas incluem: 

 – Use ervas e especiarias: Ervas e especiarias podem adicionar sabor e aroma aos alimentos sem a necessidade de sal ou açúcar. Experimente usar alho, cebola, gengibre, orégano, alecrim, tomilho, entre outros. 

 – Adicione suco de limão ou vinagre: O suco de limão fresco ou vinagre pode adicionar acidez aos alimentos sem a necessidade de sal, ou açúcar. Use em saladas, legumes grelhados ou peixe assado. 

 – Cozinhe com caldo de legumes: O caldo de legumes caseiro pode ser usado para cozinhar arroz, quinoa, sopas e ensopados, adicionando sabor e nutrientes sem a necessidade de sal. 

 – Use frutas em vez de açúcar: Frutas frescas ou congeladas podem ser usadas para adoçar sobremesas ou smoothies, reduzindo a necessidade de açúcar refinado. 

 – Experimente diferentes métodos de cozimento: Assar, grelhar, cozinhar a vapor e refogar são métodos de cozimento que podem adicionar sabor aos alimentos sem a necessidade de adicionar sal ou açúcar. 

Além disso, uma dieta rica em alimentos frescos e pouco processados pode trazer muitos benefícios à saúde, como redução do risco de doenças crônicas, melhora da saúde cardiovascular e controle do peso corporal. Um estudo realizado por cientistas do King's College, de Londres, comprovou que seguir uma dieta de alimentos ultraprocessados pode levar ao aumento de açúcar no sangue, níveis elevados de gordura e ganho de peso em apenas duas semanas. Em contrapartida, uma dieta rica em alimentos frescos ou pouco processados pode resultar na perda de peso. 

Além de tudo, vale prestar atenção aos rótulos dos alimentos e escolher aqueles com menos aditivos químicos. A leitura dos rótulos dos alimentos pode ser complexa, mas é importante prestar atenção às informações nutricionais, aos ingredientes e à lista de aditivos químicos. 

“É importante lembrar que a escolha de alimentos frescos e pouco processados deve ser uma escolha consciente, e não uma mudança temporária na dieta. A chave para uma alimentação saudável é a moderação e o equilíbrio. Não é necessário eliminar completamente os alimentos ultraprocessados da dieta, mas sim reduzir seu consumo e optar por alimentos frescos e pouco processados sempre que possível.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo. 

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


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