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Na manhã desta quarta-feira, Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos, conquistando uma vitória significativa sobre Kamala Harris ao vencer nos principais estados-pêndulo e se tornando o primeiro republicano a triunfar no voto popular em mais de duas décadas. Com a posse prevista para janeiro de 2025, o retorno de Trump à Casa Branca levanta questões complexas sobre os impactos globais de sua liderança em áreas estratégicas como Ucrânia, Oriente Médio e China.
Os Estados Unidos permanecem como a potência mais influente no cenário internacional, embora o país enfrente desafios crescentes de rivais, como a China. A orientação política e as prioridades estratégicas de cada governo americano têm efeitos profundos em regiões ao redor do mundo, transformando alianças e redefinindo conflitos. Com Trump de volta ao comando, os hotspots geopolíticos tendem a experimentar mudanças significativas.
A eleição de Trump traz apreensão para Kiev. Embora já tenha se encontrado com Volodymyr Zelensky, o presidente eleito sinaliza a intenção de reduzir o apoio militar e econômico à Ucrânia, buscando redirecionar esses recursos para outras frentes. Sua abordagem ao conflito é controversa: Trump parece acreditar que sua relação com Vladimir Putin permitirá mediar uma solução rápida e pacífica. No entanto, a visão ucraniana de uma “paz justa” dificilmente coincide com a ideia de Trump, que possivelmente exigiria concessões significativas por parte de Kiev para garantir um cessar-fogo.
No Oriente Médio, Trump deverá retomar uma política de forte apoio a Israel, ecoando ações de seu primeiro mandato, como o ataque ao general iraniano Qasem Soleimani. Esse retorno ao governo americano representa uma nova fase de pressão sobre o Irã, enquanto Israel deve contar com respaldo mais enfático de seu maior aliado. A administração republicana não hesitaria em endossar ações assertivas por parte de Israel, o que pode reacender tensões e criar um ambiente mais volátil na região, reforçando alianças que impactam o equilíbrio de poder no Oriente Médio.
No leste asiático, a rivalidade com a China permanece o foco central da política externa de Trump. Durante seu primeiro mandato, ele intensificou a disputa comercial com Pequim, que continuou sob a administração Biden. Agora, a expectativa é de que o protecionismo econômico seja reforçado, com os Estados Unidos redirecionando ainda mais esforços para conter a expansão da influência chinesa. Essa postura impacta diretamente mercados globais e as relações comerciais americanas, marcando uma fase acentuada de competição estratégica e disputas tecnológicas.
A ampla base de apoio no Congresso e no Senado confere a Trump o
poder necessário para avançar suas políticas com impacto real. Sua eleição
sugere uma “maré de mudança” que não se limita aos EUA, afetando estruturas de
poder em várias regiões. As diretrizes de uma nova administração Trump
prometem, portanto, transformar o ambiente internacional, exigindo de aliados e
rivais ajustes rápidos e precisos. A partir de janeiro de 2025, resta ao mundo
observar de perto as primeiras movimentações do presidente republicano e
compreender o alcance de suas estratégias no tabuleiro global.
Felipe Vasconcelos - jovem prodígio na área de geopolítica, com ampla experiência em simulações de organismos internacionais (MUN’s) e cursos especializados para jovens.
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